05

1.8K 120 1
                                    


Caroline

Quando acordei demorei alguns minutos para processar que estava na casa de Klaus, olhei para todos os lados e não o vi em nenhuma parte.
Pulei da cama o mais rápido que eu consegui e a ressaca me atingiu, eu deveria me lembrar de não beber tanto hoje.
Fui para o banheiro e resolvi que tomaria um banho já que ele não estava aqui. Após o banho me vesti rapidamente e percebi que havia deixado minha bolsa e sapatos no estúdio de Klaus, dobrei a camisa que usei dele na noite anterior e deixei em sua cama, provavelmente ele tinha alguém que cuidasse da limpeza, abri a porta e dei de cara com uma Rebeka com cara de poucos amigos.
- Já vai querida ? - ela diz ironicamente.
- Já sim, alguma objeção? - levantei uma sobrancelha em desafio.
- Você é bem atrevida para alguém que morre tão fácil.
- Não seja mal educada com a nossa visitante irmã. - diz Elijah parando ao nosso lado. - Desculpe-a Caroline, minha irmã anda um pouco ranzinza ultimamente. - ele diz com seu tom diplomático de sempre.
- Ultimamente ? - pergunto ironicamente. - Se não se importam eu já vou indo, só preciso pegar minha bolsa e sapatos no estúdio. Foi um prazer revê-lo Elijah. - Dizendo isso eu saio em direção ao estúdio, deixando uma Rebecca raivosa para trás.
Entro no estúdio e só então noto a tal de Camille sentada em uma poltrona.
- Hey - dou um aceno rápido, não estou afim de papo apesar de estar curiosa dela estar ali. Pego minha bolsa e acho meus sapatos perto do sofá, me sento ficando praticamente de frente para Camille e calço meus sapatos.
- Você passou a noite aqui ? - Olho pra ela com cara de tédio.
- Sim. E você ? Faz o que aqui ? - pergunto á olhando de cima a baixo.
- Sou psicóloga do Klaus. - Não contenho minha risada de deboche.
- Ele precisa mesmo. - dizendo isso eu vou embora.
Tento conter um sentimento que faz meu corpo todo formigar  quando imagino os dois juntos, mas não consigo evitar, eu estava com ciúmes.

-

Caminhando pelas ruas de New Orleans eu me sentia poderosa com meu vestido curto, batom vermelho e salto alto, eu me sentia outra pessoa, eu não era mais a garota de cidade pequena. Eu era uma mulher que não tinha cidade, não tinha destino planejado, eu só queria viver um dia de cada vez sem pensar no amanhã.

Os homens quebravam seus pescoços para me olhar e eu gostava. Eu amava ser desejada. E eu amava ainda mais o poder que isso me dava.
E foi assim que eu o vi.
Saindo de um carro na noite de NOLA, ele usava um terno sob medida muito elegante, eu o notei antes, mas ele também ficou estático quando me viu. Haviam dois homens de terno ao seu lado, provavelmente seguranças. Aqueles olhos me marcaram, e eu o queria.
Saindo do meu transe, eu continuei meu caminho e fui para o bar de Camille, precisava beber para começar a noite. Hoje foi um dia particularmente difícil, novamente Klaus não saiu da minha cabeça e isso me irritou, e mesmo assim aqui estou eu, no bar que eu sei que vou encontrá-lo, e eu faço isso por que sei que de algum jeito o que tem me mantido é ele, pois quando estou pensando nele eu esqueço dos problemas que me assombram. A dor se camufla por esse novo sentimento, o grande problema é que eu sei exatamente o que esperar da dor, já essa coisa que eu sinto por ele é algo novo, algo poderoso, e eu me sinto meio esquisita de me sentir dessa maneira por alguém como Klaus. Por que afinal eu tinha que estar querendo dar pro violão da estória mais uma vez? Eu deveria ter continuado em Mystic Falls, pelo menos lá eu teria meus amigos para me lembrar a grande estupidez que eu estou fazendo ao me aproximar do maldito e charmoso lobo mal.
- Eu quero a bebida mais forte que você tem aí. - digo para a famosa bartender/psicóloga Camille.
- Dia difícil ? - ela pergunta querendo ser amigável, pelo menos é o que eu acho.
- Ano difícil - digo enquanto viro duas doses que ela me serve seguidas.
- Você e Klaus...- interrompo.
- Não transamos, se é isso que você quer saber.
- Na verdade eu ia perguntar se vocês estão juntos, mas você foi bem solicita, obrigado.
- Você gosta dele. - eu afirmo e ela fica tensa. A pulguinha do ciúme causa o formigamento em meu corpo, eu ignoro.
- Não!
- Não foi uma pergunta. - eu arqueio uma sobrancelha em desafio. Ela se dá por vencida, bufa e sai de perto.
Não sei se fico feliz por saber que eu tenho uma concorrente, afinal eu não sou a única doida a querer o assassino de New Orleans.

Fico bebendo sozinha mais alguns minutos e sinto a presença de alguém sentando-se ao meu lado.
- Boa noite. - Ouço um sotaque, mas não é a voz e o sotaque que eu conheço. Termino de entornar o líquido que estava em meu copo, me preparo para dar um fora em quem quer que seja o entremetido que havia se sentado ao meu lado, afinal eu estava guardando o lugar para o meu novo híbrido favorito! Mudei de ideia quando vi quem se sentou ao meu lado, era o gato do carro, e de perto ele era ainda mais sexy.
- Boa noite - lanço-lhe o meu melhor sorriso e me arrependo de estar bebendo como uma alcoólatra.
- Me chamo Antony, queria saber se me dá o prazer de sua companhia para uma bebida. - Até dez querido, com olhos cor de avelã, sotaque e sorriso de derreter calcinha, eu iria agora mesmo pra um quarto com você. -Isso foi o que eu pensei, mas eu só respondi um "Claro" , para aparentar que sou uma pessoa normal, não uma maníaca por sexo com desconhecidos.
- Você ainda não se apresentou.
- Pois é, quem sabe até o fim da noite você mereça que eu te diga meu nome. - lanço-lhe meu olhar matador e dou um sorrisinho antes de continuar a beber meu drinck.

Papo vai e papo vem e já passavam das 03 da manhã, Klaus não havia ido ao bar hoje, fiquei um pouco decepcionada, ainda bem que Antony apareceu para me fazer companhia. Saímos junto com Camille que fechava o bar. Fiquei tentada a convidá-lo para uma noite sem compromisso, Antony era um perfeito cavalheiro, e tinha um ar misterioso, mas algo dentro de mim me dizia para esperar um pouco mais, algo me dizia que ele era perigoso, e eu resolvi escutar meu extinto de alto- preservação, mas ele conseguiu o direito de saber meu nome. Como despedida ele deu um beijo singelo e galante nas costas de minha mão.
- Espero ansioso para te ver novamente linda Caroline. - e assim ele se foi, e eu segui meu caminho para o hotel em que estava hospedada, me sentindo leve e animada.

The Klaroline Diaries FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora