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Klaus

- KLAUS!...SAIA DA MINHA FRENTE. - ouço os gritos de Antony querendo quebrar minha segurança, um dos vampiros entra afobado em meu estúdio.
- Senhor, há um homem chamado Antony insistindo muito para vê-lo.
- Deixe-o entrar. - digo deixando o pincel que estava usando de lado.
- O que você fez com ela ? - ele entra na sala rosnando suas palavras.
- Bom te ver amigo. Quando você diz ela á quem se refere ? - digo sentando-me calmamente.
- Caroline, ela sumiu. - encaro-o por alguns minutos.
- Não vejo Caroline á mais de uma semana.
- Ela sumiu. Recebi uma mensagem do celular dela pedindo socorro. Se ela não está com você, então deve estar em perigo.


Caroline

Abro meus olhos com muita dificuldade, estou tonta. Tudo está de ponta a cabeça, demoro alguns segundos para entender que eu é que estou de cabeça para baixo amarrada ao teto, minhas mãos estão presas nas minhas costas, olho paro o chão e tem dois crocodilos me encarando, de imediato me assusto e tento me soltar, mas as cordas estão banhadas em verbena, percebo que tenho vários machucados pelo corpo com grampos em cada lado impedindo que eles cicatrizem, meu sangue pinga no chão fazendo uma poça, me pergunto como eles fizeram isso comigo sem que eu percebesse. Escuto passos e procuro de onde vem, um homem loiro e com muitas tatuagens e piercing aparece.
- Quem é você ? - pergunto com o resto de voz que me sobra, minha garganta está seca e eu me sinto muito fraca.
- Isso não interessa. - ele diz enquanto acaricia os crocodilos como se fossem de estimação, oferece pedaços de frango e carne para os animais e fica vendo-os comer.
- Por que está fazendo isso comigo ? - ele me olha e me ignora. - Eu nunca te vi na vida, por que está fazendo isso comigo ? - digo exasperada e tonta, minha cabeça não para de girar e doer, imagino que seja por causa do sangue que deva estar todo concentrado nessa área.
- Eu só cumpro ordens, agora cala a boca, sua voz me irrita.
- Me solta por favor. - começo a implorar choramingando. Ele bufa irritado.
- Eu não mandei você calar a boca ? - ele pega um balde e joga todo o líquido dentro dele em mim, grito de dor, o líquido é verbena, minha pele fica em carne viva e eu choro desesperada. - Agora fica calada. - Ele me larga sozinha com os bichos novamente, e a dor é tanta que me sinto desfalecer, e tudo escurece.

Klaus

Após meia hora procurando em todos os possíveis lugares que Caroline poderia ter sido levada, nos encontramos um galpão de uma antiga fábrica têxtil, mas pelo estado do local alguém avia chego antes. Corpos sem coração estavam pelo chão, entramos no galpão e encontramos um rapaz loiro decapitado e dois crocodilos amarrados no canto, eu sentia o cheiro de Caroline, era o sangue dela pelo chão, mas nem sinal da presença dela. Meu coração pulsava alucinado, desesperado. O que poderia ter acontecido com a minha garota?

Caroline

Minha cabeça explodia, abri os olhos lentamente e tentei me levantar inutilmente, meu corpo parecia pesar uma tonelada.
- Acho melhor ficar quieta, você está muito fraca. - uma imagem desfocada aparece em frente ao meu rosto, forço minha visão estreitando os olhos e a pessoa começa a ganhar foco.
- Elijah ? - eu sei que foi eu que falei, mas minha voz sai esganiçada, nem parece ser a minha voz.
- Sim, eu trouxe uma bolsa de sangue para você. - ele me ajuda a sentar e me entrega a bolsa. - Eu consegui tirar os grampos que impediam  você de cicatrizar, eu nunca havia visto nada parecido, eles pareciam ir se alargando mais e mais. Você tem ideia de quem pode estar por trás disso ? - fico o encarando-o por minutos sem dizer nada, olho para o local onde estou, parece um flat, estou no meio de uma cama enorme com lençóis vermelhos de cetim, e pelas janelas vejo que já anoiteceu.
- Eu não sei....- suspiro - da última vez que me atacaram foi por causa do seu irmão, provavelmente dessa vez é pelo mesmo motivo.
- Você deve estar certa, Niklaus tem muitos inimigos e eles já devem saber da ligação entre vocês. - o encaro um pouco zonza ainda, queria protestar e dizer que não tenho nada com o irmão dele, mas estava cansada demais para discutir.
- Já anoiteceu ? Eu dormi por quanto tempo ?
- Na verdade já está quase amanhecendo. - ele anda até a janela e põe as mãos nos bolsos do terno impecável.
- Por que me ajudou Elijah ? - digo fraca, sai como um sussurro, encosto minha cabeça na cabeceira da cama sentindo meus olhos pesados.
- Eu não queria ajudá-la. Eu fui com a intenção de matá-la para me vingar de meu irmão. - eu suspiro cansada e o vejo se aproximando da cama, olho em seus olhos.
- E por que não o fez ? - pisco exausta.
- Por que você não parou de chamar por ele durante o sono. Você o ama e eu não quero tirar a única mulher que foi capaz de amá-lo, não quero destruí-lo mais ainda. - balanço a cabeça e tento balbuciar um obrigado - Durma Caroline. - eu fecho os olhos e o obedeço de imediato.

Klaus

Já faz quase dois dias que não tenho notícias de Caroline e isso está me matando aos poucos.
Pinto com raiva mais um quadro com o intuito de relaxar e pensar em algo, tenho homens pela cidade toda á sua procura, Antony também está ajudando nas buscas e isso me irrita, essa preocupação dele com ela, não faz sentido para mim, é como se existisse algo entre eles e isso me faz ferver de raiva.
Quebro mais um quadro ao meio o jogando com raiva no chão. Suspiro e passo a mão no cabelo respirando fundo.
- O que ouve irmão ? - viro-me e vejo Elijah parado próximo à porta com uma mão no bolso e um sorriso presunçoso no rosto. É claro que ele estava adorando aquela situação.
- O que você quer Elijah? Rir de mim? Pode começar enquanto é tempo. - digo me servindo de um copo de uísque.
- Por que faria isso irmão ?
- Por que eu fiz com que Hayley fosse amaldiçoada e matei todas as mulheres que você amou um dia. Pensei que esse fosse o momento de você pelo menos ter o gostinho de uma revanche. - digo e entorno o líquido que queima a minha garganta.
- AAH querido irmão, estou tendo essa satisfação por dois dias. - ele me lança um sorriso irónico e eu avanço em cima dele.
- O que fez com ela ? - rosno enquanto aperto o seu pescoço.
- Veja você mesmo, ela está em seu quarto. - Solto-o e saio em disparada para meu quarto. Encontro-a dormindo serena em minha cama, me ajoelho ao seu lado e acaricio o seu rosto, sinto lágrimas escorrerem pelo meus olhos, um alívio domina o meu peito, ela está ali, a salvo.
Suspiro pesadamente, parece que retirarão uma faca de meu peito e agora eu posso respirar melhor.

The Klaroline Diaries FINALIZADAOnde histórias criam vida. Descubra agora