A boate estava lotada, a ultima vez que eu vi tanta gente assim foi quando falaram que o ator de Harry potter estava andando na rua, lá no Brasil.
Tinham pessoas de todos os tipos. Arrumadas, bagunçadas, de calsa, de vestido e tinha Ed e eu. Ele estava usando sua calça jeans velha com uma blusa social com as mangas dobradas, mostrando todo meu braço-gibi e aquele típico cabelo bagunçado, com um sorriso bobo no rosto. Lindo.
Logo depois de entrarmos fomos pegar uma mesa e esperar o show começar. Conversamos sobre tudo. Sobre como É morar em Londres, sobre como estar esperando a faculdade começar e como eu tenho medo de ir para lugares que eu não estou ambientada. Quando finalmente começou, os meninos entraram gritando e mesmo ninguém os conhecendo, todo mundo se levantou entrou na vibe deles. Provavelmente porque já era 1 da manhã e as cervejas estavam na promoção.
Dessa vez entraram no clima e tocaram apenas musicas animadas. Dançamos, pulamos e tudo que tínhamos direito até ninguém aguentar mais. Até esse ponto Ed já tinha tomado umas quatro doses de wisky e duas cervejas enquanto eu havia comido uma porção de batatas.
- Tá legal, garotão. Acho que de bebida já está ótimo para você. - disse, tirando a bebida que Ed havia comprado.
- Ah, meu amor. Deixa vaaaaaaai.
- Na. Vem, vamos sentar, comer alguma coisa e comprar um café para voce.
- Vai me comprar um hambúrguer com bacon?
- Voooou.
- OBAAAAAA.Tive que carregar o prato do Ed até à mesa porque ele não conseguia. Chegando lá os meninos já estavam sentados e comendo. Aparentemente conversando alegremente sobre a apresentação.
- Cara, acho melhor a gente tentar.
- Tentar o que, Hazza? - perguntei, sentando ao seu lado com Ed grudado em mim.
- Já ouviu falar no The x factor?
- Hã, serei zuada se disser que não?
- Sim. - responderam todos juntos.
- Ótimo, então eu conheço sim. Por favor né?!
- Nina, é um programa que cria uma espécie de competição entre as pessoas que cantam com diversas apresentações ao vivo e na casa dos jurados. Tudo isso para ver quem canta melhor e vai ganhar um contrato. - Respondeu Ed, após dar umas mordidas no seu lanche.
- É. E eles vão estar fazendo as audições aqui na cidade. Falei para gente tentar ir, mas eles não estão confiantes. - explicou hazza.
- Por que? Vocês cantam muito bem, tem uma harmonia e um espírito de palco muito bom. Acho que não tem nada a perder. - Disse enquanto pegava um pouco do lanche do Ed.
- Não é isso. É que no começo todo mundo que canta passa, mas chega no final e vai ficando cada vez mais complicado e as pessoas boas vão saindo do programa.
- Eu sei, Louis, é normal ter esse medo. Ninguém disse para vocês que reconhecimento ou fama vem fácil, porque não vem. É preciso trabalhar duro e ser bom no que faz. Se ficarem com medo de cada passo grande que forem dar não vão chegar a canto algum.
- Acho que deveriam ir e ver no que isso pode dar. Eu e a nina vamos com vocês.
- Sério? - perguntou niall.
- Mas é claro! Para isso que servem os amigos. Até porque apoio moral é importante.
- Bom, então acho que semana que vem temos uma grande apresentação pessoal. - disse liam. - acho que isso merece um brinde ou algum tipo de comemoração.
- Concordo. Todos para casa da ninaaaaa!
- Ata, parou zayn. Vou dar uma festa assim que vocês conseguirem uma vaga, ou até mesmo uma de despedida.
- Concordo. Até porque eu vou dormir lá hoje e quero silêncio.
- Ah deus. A princesa ruiva precisa do sonho de beleza dela! Vamos respeitar.
- Exatamente. Preciso. E não quero ninguém me atrapalhando.
- Hã, não lembro de te convidar para ficar. - brinquei.
- A gente vê isso mais tarde, amor.
- Então vamos para casa do Harry beber!
- Tá, adoraria, mas acho melhor eu levar o garoto fogoso aqui para casa. Melhor não dar mais bebida. De manhã eu passo lá, meninos.
- Estraga prazeres.
- MAS EU QUERIA IR.
- Vem Ed, vamos para casa? Te compro mc no meio do caminho.
- Ok.
- Sabe que vai deixar ele ainda mais gordo né?
- Cala a boca, Louis.Depois de arrastar esse menino pra casa e comprar comida ele se acalmou um pouco e foi ocupar meu sofá.
- Sabe, acho melhor eu ficar aqui hoje.
- Ah é? E porquê? Você parece bem melhor para voltar para casa.
- Na, acho que ainda estou bem alterado. Não queremos causar um acidente de trânsito desnecessário, certo? - Brincou, enquanto me puxava para seu lado.
- Não sei não.
- Como assim não sei não, garota?! Tá maluca?
- Tá, ok, brincadeira. - disse rindo, tentando me livrar das cosquinhas que ele tentava fazer. - Para com isso, garoto.
- Mas e aí? Quando você volta para faculdade?
- Acho que segunda. Tava na hora já.
- Tava mesmo, não aguento mais olhar para essa sua carinha linda.
- O sentimento é mútuo, meu caro. Mas sei lá, estava pensando em mudar o curso para medicina.
- Hm, então temos uma futura médica entre nós, pobres mortais.
- Eu disse que estava pensando, não que ia. É que eu amo psicologia, ou pelo menos a ideia que eu tenho sobre ela, mas medicina... Eu poderia ajudar tanto, poderia aprender tanto... E eu poderia ser psiquiatra.
- O que seu coração quer?
- Que coisa gay, Ed. Esse é o problema... Eu não sei. Preciso que alguém me diga o que fazer.
- Ninguém pode isso, Nina. É uma decisão só sua... Porquê você não tenta psicologia e se não se sentir bem, você muda. Já vai estar na faculdade mesmo...
- É... Acho mais sensato isso.
- E olha que eu to bêbado em.
- Cala a boca. - brinquei, empurrando seu ombro.
- Então, Netflix? - perguntou, com os braços ao meu redor, como se eu fosse apenas um pequeno urso de pelúcia.
- Netflix.Passamos o resto da noite deitados no sofá vendo todas as séries que conseguimos enquanto nossos olhos aguentaram. Depois de um bom tempo ele acabou capotando no sofá, então desliguei as coisas e o arrastei para cama comigo. Aquele cheiro típico dele, de cookie com um pouco de canela, estava impregnado na minha casa... E eu não ligava nem um pouco.
Por mais que eu não esteja acostumada com essa proximidade ou com todo esse contato... Por mais que eu não saiba sempre o que falar ou como agir, não consigo mais ver a minha vida sem ele, sem seu cheiro, sem seus moletons ou sem suas brincadeirinhas bobas. E isso não é bom. Isso nunca é bom, porque sempre que eu me aproximo de alguém e me apego, acabo fazendo alguma burrada. Alguma coisa idiota para afastar essa pessoa como ser estupida e me fechar.
Talvez não seja assim. Talvez ele não seja igual a maioria e não desista de mim. Não sei. Só sei que, mesmo o conhecendo em um espaço de tempo curto, não posso viver sem ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Cold coffee
RomanceEssa não é uma história real. Eu até poderia contar para vocês como é a minha vida amorosa, mas ia ser chato Pq eu faço papel de trouxa na história inteira e aparentemente as pessoas não gostam disso. Elas querem que as pessoas quebrem a cara mas de...