Capitulo 28

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Acordei as 5 horas da manhã porque não consegui dormir por muito tempo, minha cama parecia errada. Depois de um tempo tentando pegar no sono desisti e andei até a cozinha, me lembrando que estava vazia. Coloquei um casaco por cima do pijama, calcei minha ugg e desci até a padaria.

Estava bem vazia para o horário e fazia muito frio. Comprei um pouco de pão, leite e algumas guloseimas para comer agora. Voltando para o apartamento preparei tudo e liguei a TV, acho que estava passando "o Diabo veste parada", deixei passando enquanto arrumava as coisas, só para ter mais barulho na casa e não ficar aquele silêncio horrendo.

Quando deu mais ou menos umas 7 horas o interfone tocou informando que, de acordo com o porteiro, tinha um menino ruivo com braços tatuados querendo subir. Depois de 5 minutos a campainha tocou e eu recebi um ed cheio de sacolas na mão e um sorriso lindo estampado no rosto.
- BOM DIA!
- Olá! Parece que alguém acordou feliz hoje, me deixa te ajudar com isso.
- Acordei sim, tudo isso é culpa sua. - ele disse enquanto caminhava para me dar um beijo.
- Pensei que você vinha mais tarde com os meninos.
- E perder a oportunidade de ficar aqui com você? Nem em um milhão de anos. Além do mais eu não consegui dormir por muito tempo.
- Eu também não... Parecia meio errado.
- Sei o que você quer dizer, me sinto da mesma forma... Aposto que você se sentiu assim porque minhas gorduras são melhores travesseiros do que os que você tem aqui.
- Bem provavel mesmo. Vem, deixa eu te mostrar a casa!

Depois de apresentar meu apartamento para o ed e guardar as comidas que ele havia comprado, caminhamos até a sala onde estava sua bolsa.
- Então, como eu sei que você gosta mais não tem resolvi trazer um dos meus x-box's para ficar aqui, assim temos algo para fazer.
- Não precisava de nada disso.
- Mas eu to fazendo por mim, não por você, sua convencida. - Ele revirou os olhos em tom de brincadeira.
- Vai ver a convencia quando eu tingir esse seu cabelo. - brinquei.
- Você não faria!
- Bem... - fingi pensar um pouco na ideia. - Não faria, é uma das coisas que eu amo em você.
- Sério? E o que você mais ama?
- Bem, seu cabelo e as suas tatuagens coloridas.
- Todo mundo gosta, menos minha família. Falam que eu pareço um gibi humano.
- Gosto disso.
- Você não tem nenhuma tatuagem?
- Não.
- Não tem vontade de fazer? - perguntou indignado.
- Não.
- Sério?
- Claro que não. Acabei de falar que eu acho lindo.
- Então você quer fazer?
- Bem, óbvio. O problema é que todas as vezes que eu escolho uma, acabo achando a ideia tosca e mudo.
- Mas é assim, somos feitos de fases, as tatuagens são para representar, não só o que você sente, mas também a fase que você estava. Vou te levar amanhã no tatuador. Tava querendo fazer uma também, a gente faz juntos.
- Não sei...
- Não tem essa, nós vamos. - ele sorriu igual criança quando ganha doce e me carregou para o sofa. - vamos ver um pouco de TV e conversar enquanto os meninos não chegam. - ele pegou o cobertor que estava perto e jogou em cima de nós, ligando a TV logo em seguida.

Ficamos assim por mais ou menos 3 horas até os meninos chegarem. Aparentemente ninguém conseguiu acordar antes das 9, a não ser o ed.
- Olha so que apartamento lindo.
- Esse lugar merece uma festa.
- Só que para ter uma festa aqui, hazza, precisamos terminar de colocar as coisas no lugar.
- Por que você tá usando esse verbo no plural?
- Porque vocês são os meus escravos e vão me ajudar com isso.
- Ata! Edward, controle sua namorada por favor?
- Claro que não.
- Os meus escravos são os seus escravos, ruivo. - vou ignorar o fato dele não ter corrigido o Harry sobre a questão de namorado/namorada, ignorando o frio que me deu na barriga.
- Onde você estava minha vida toda? - teddy perguntou enquanto me abraçava, fazendo o frio piorar ainda mais enquanto os meninos faziam cara de nojo.

Depois de buscarmos a força de vontade começamos tirar as coisas que estavam nas caixas e o que eu havia comprado antes da viagem. Lá pelas 2 horas resolvemos comer pizza com sorvete, claro que tivemos que comprar umas 20 já que o niall sozinho come 10.

A questão é que fomos terminar tudo bem tarde então os meninos ficaram por lá mesmo. A casa só tinha dois quartos então o Louis e o Zyan falaram que podiam ficar na sala. Pegamos a TV e ficamos vendo filme até que o ed pegou no sono, assim como niall que tinha ido para o quarto sem ninguém perceber.
- Ed, vem. Vamos para o quarto. - cochichei perto do seu ouvido, arrancando uns gemidos de gato, como forma de contestação.
- Vamos ficar aqui.
- Não, vem. Lá tem uma cama...
- Opa. - ele levantou em dois segundos e me pegou no colo como que estivesse acordado a horas.
- Agora você acorda né seu babaca?!
- Sempre estive. Não reclama que eu estou te poupando trabalho. - disse rindo para mim.
- Meu próprio escravo ruivo! - brinquei.

Ed me carregou até o quarto, me jogando na cama e deitando ao meu lado, esquecendo de apagar as luzes.
- Droga. - murmurou enquanto eu levantava e ligava as luzes de natal recem colocadas.
- Sabe, acho que você tinha razão quando disse que as coisas de natal deixam tudo mais confortável.
- Eu sempre tenho, ruivo. Mas talvez não seja a decoração e sim a pessoa.
- Hm. - ele fingiu pensar sobre os assunto, me medindo. - Na, acho que é a decoração mesmo. - bati no seu ombro enquanto ele me puxava para mais perto do seu abraço e mais dentro da nossa bolha que se fechava ignorando o mundo a fora, igualando nossos batimentos cardíacos como se fossem uma coisa só.

Depois de 15 minutos conversando e implicando um com o outro resolvi finalmente analisar seu braço colorido.
- Tem mais ou menos uma ideia de quantas tatuagens você tem?
- Parei de contar na décima para falar a verdade.
- Não sabia que você tinha um ursino tatuado. Um teddy. - disse, analisando sua tatuagem de urso no braço direito.
- Eu tenho um Pinguin também.
- Mas que menino fofo.
- Mas eu sou! Falando nisso, já liguei para agendar horário para você amanhã no estúdio do meu amigo.
- Sério? Mas eu nem sei o que fazer....
- Algo que te agrade? Ou que tenha marcado um momento da sua vida? Você pode simplesmente desenhar qualquer coisa que ache fofo ou legal, não precisa ter um significado filosófico.
- Eu sei, é que sei lá...
- Marquei um horário para mim também.
- Eu poderia escolher para você...
- Tudo bem, mas só se for uma ação mútua, assim eu escolho a sua também.
- Justo, só não quero parar com pinguim no braço. - brinquei.
- Não sei não, quem escolhe sou eu, a partir desse momento você não mais direitos sobre seu corpo.
- Ata, vai nessa.
- Amo quando você revira os olhos. Acho fofo você tentando ser brava.
- Sai pra lá, ruivo tingido!
- WHATTTT? Ah não, tingido não!

Ele aproveitou a nossa proximidade para me atacar com cosquinhas na barriga, tirando todo o meu ar. E foi nessa brincadeira de criança que passamos os resto da noite, até cansarmos e dormimos grudados. Com o cheio dele ocupando todo lugar do guardo, trazendo mais conforto para casa.

Cold coffeeOnde histórias criam vida. Descubra agora