O outro lado da alma

Capítulo 13

-Feliz aniversário. - Travor disse animado.

-Você está aqui, não é muito confortante.

-Vai ficar assim comigo até quando? - Perguntou.

-Até eu te ver a sete palmos do chão. - Disse, sorrindo.

-Se você quer que eu peça desculpas, não vai rolar. - Parou em minha frente de braços cruzados.

-E se você quer que eu mude, também não vai rolar. - Disse e empurrei ele para o lado.

-Por que você tem que ser assim? -Perguntou.

-Assim? Assim como?

-Chata, insuportável, teimosa, mimada... linda. - Disse a última palavra como um sussurro.

-Não sei, talvez Saphire saiba. Por que não pergunta a ela? - Já estava irritada.

-Deixa eu ver se entendi. Você está com ciúmes? - Perguntou, erguendo uma sobrancelha.

-Ciúmes? - Ele assentiu. - De você?

-É o que me parece.

Aproximei-me dele.

-Saiba, que a única coisa que eu sinto por você, é pena. -Rosnei.

-Não é isso que parece quando você me beija. - Falou.

-Faz muito tempo desde a última vez.

-Eu resolvo isso então.

Poderia falar que ele me beijou, mas aquilo não foi um beijo. Foi uma necessidade, uma demonstração de saudade, foi tudo que eu precisava depois desses 4 meses. Mas não iria durar, não iria dar esse gostinho. Ensaiei minha melhor cara e o empurrei para longe.

-E agora? Feliz com minha cara? - Perguntei.

-Isso é pra me provar alguma coisa? - Rebateu.

-Que eu não caio mais nos seus truques.
******
Voltei sozinha para o internato, não iria aguentar mais um segundo ao lado daquele idiota.
Passei o dia inteiro imersa em meus pensamentos, pensamentos que só me levavam a uma pessoa. Travor.
Ele arranjou um jeito de me destruir, a escola inteira ainda acha que sou uma impostora.

-Eu quero ele morto. - Disse e chutei com tudo o banco do jardim.

Em meu quarto, peguei o celular e liguei para a única pessoa que eu podia confiar.

-Alô? - Falou.

-Oi, preciso da sua ajuda. - Disse.

-Sempre educada, senti sua falta little princess. - Podia sentir o sorriso em suas palavras.

-Agora não é hora pra isso, preciso que venha aqui.

-E onde seria ai?

-Internato Wellbrok.

-Chego ai em 15 minutos. - Disse e desligou.

15 minutos depois.

Estava no saguão de entrada. Senti duas mãos na minha cintura que me viraram bruscamente de encontro ao seu peito.
Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, senti seus lábios nos meus.

-Senti falta disso. - Ele disse ao pé de meu ouvido.

-Como te deixaram passar? - Perguntei.

-É o mínimo que eles têm que fazer por um aluno. - Disse ele, com seu meio sorriso.

-Aluno? Você se matriculou aqui? - Perguntei.

-Sim, queria que eu fizesse o que? - Rebateu.

-Você nunca muda, não é Matthew?

-Por você? Nem se eu quisesse. - Respondeu. -Mas vamos direto ao assunto, qual o problema?

-Preciso que me ajude. - Disse como um Sussuro.

-Seja mais específica. - Disse.

-Tem um garoto aqui, seu nome é Travor Droug. - Expliquei.

-Ta, idai? - Perguntou indiferente.

-Eu o quero morto.

Demorei mais cheguei, com um capítulo pequeno, mas cheguei. Sorry, pela demora. Estou com um bloqueio de criatividade para esse livro. Logo mais haverá explicações sobre o Matthew.

XOXO, Mari❤️