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-Lágrimas rolam no rosto quando perdemos algo ou alguém insubstituível.

Foi a primeira frase que me veio à cabeça assim que acordei no Hospital. Lembrava-me de tudo, embora preferisse viver no esquecimento, eu não acreditava naquilo. Não era possível.

Eu tinha de ser mais realista. Ninguém está imune à morte, pode acontecer a qualquer um. Mas nunca deixa de ser trágica. A morte veio e simplesmente, tirou a minha amiga de mim. Mais que uma amiga, uma irmã. A seguir à minha mãe era a pessoa que melhor me conhecia.

-Mas como é que isso aconteceu?

Ao ver o meu pai entrar no quarto, logo vi que a minha resposta estava a caminho.

-Estás bem? - pergunta o meu pai.

-Já estive melhor. - respondo.

-Ótimo! - diz ele - Ela foi assassinada. -diz ele.

-Porquê e por quem? - pergunto em estado de choque.

-Pensasse que foi uma tentativa de assalto que deu para o torto, porém há indícios de que ela foi brutalmente espancada. - diz ele.

-Assalto? Duvido muito. - digo.

-Também não acho, mas o detective acha que isso ter muito a ver com a ondas de assaltos pela cidade. - diz ele.

-Quero ir para casa. - digo.

-Daqui a pouco o médico vai passar para te dar alta. - diz ele.

-Muito obrigado pai. - digo.

-Só fiz o meu trabalho de pai. - diz ele saindo do quarto.

Fiquei ali a pensar nos outros factos relevantes a volta da morte da Teresa. Intrigava-me o facto de alguém tentar assaltar alguém e ainda assim, tirar a vida a essa pessoa. Tiram os nossos pertences e o que há de mais valioso em nós: a vida.

-E o quê que tu achas disso? - pergunto ao meu pai.

-Na minha opinião, foi um assalto que deu ao torto. - diz ele.

-Não creio. - digo.

-Porquê não? - pergunta ele.

-Custa acreditar que alguém assaltar ela e do nada resolveu matá-la. Parece-me algo pessoal. - digo.

-Talvez. - diz ele - Notaste algum comportamento estranho nela nos últimos tempos? -perguntou ele.

-Não sei se deve dizer-se que era um comportamento estranho, mas nas últimas semanas ela tem estado um pouco nervosa, durante essa semana ela disse-me que havia perdido o telefone. - digo.

-Interessante. - diz ele.

-Mais alguma coisa? - pergunto.

-Não por enquanto é tudo. - diz ele - Eu prometo que vou encontrar quem fez isso e fazê-lo pagar. - diz ele acrescentando.

-Assim espero. - digo.

Após isso o silêncio instalou-se, procurei relaxar.

Minutos depois eu já havia chegado em casa, fui para o meu quarto onde tentei descansar mas não dava em nada, eu não conseguia parar de pensar na Vanessa e na morte da Teresa, e pensando bem aquele momento não era ideal para pensar na Vanessa, pois passado é passado.

Levantei-me e fui para o computador, eu precisava esquecer, afinal de contas ainda havia um certo navio por apreender.
Comecei por pesquisar mais um pouco sobre a vida de Júlio Barradas. Descobri que ele tivera uma filha que segundo informações morreu, quando tinha 7 anos, mas a causa da morte não foi revelada. Sua mulher era uma forte apoiante de instituições de caridade e ainda tinham mais 3 filhos para além daqui que morreu.Até aquele momento não tinha encontrado nada de interessante. Há cada página que eu abria uma conhecimento novo acerca dele mas nada de relevante mas parecia que eu estava a traçar um perfil. Na página seguinte encontrei a publicações de um jornal que dizia: "Júlio Barradas, a beira do despedimento e da falência", não deixava de ser interessante e pensei logo que se ele estava a beira do despedimento e da falência isso quer dizer que aquela "mercadoria" era a última cartada iria render muito para ele r qualquer cuidado seria pouco e muito sinceramente eu ainda queria muito saber quem enviou o ficheiro para mim.

Ao que tudo indicava quem enviou aquilo queria que eu investigasse esse caso e que apanhasse o culpado disto. Mas mesmo assim eu ainda queria saber quem enviou o ficheiro.

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