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-E aí? O que disse o chefe? - pergunta o Augusto angustiado.

-Mandou te matar. - diz o Zheng rindo.

-É sério mesmo? - perguntou o Augusto cheio de medo.

-Não, estava apenas brincando. - diz o Zheng.

-Que alívio! - diz o Augusto.

-Temos outra coisa por fazer. - diz o Zheng.

-O quê? - pergunta o Augusto.

-Caçar polícias. - diz o Zheng.

-Porquê? - pergunta o Augusto.

-Parece que ele anda metendo o nariz aonde não deve. - diz o Zheng.

-Então vamos logo atrás dele. - diz o Augusto.

-Não é um polícia qualquer. - diz o Zheng.

-Quem é? - pergunta o Augusto.

-Miguel Duarte, Comissário da Polícia. - diz o Zheng.

Augusto olhou para Zheng de relance e seus olhos automaticamente encheram-se de raiva, e depois disse:

-Vamos matá-lo de forma categórica e dolorosa. - diz o Augusto em tom de raiva.

-O que ele tem a ver contigo? - pergunta o Zheng.

-Foi ele quem me colocou na cadeia há 10 anos atrás e pior que isso… ele matou o meu antigo parceiro. - diz o Augusto.

-Augusto, no nosso ramo de trabalho devemos deixar a emoção de lado, e aliás, nós não temos ordem para o matar apenas dar um susto nele. - diz o Zheng.

-Mas porquê? - pergunta o Augusto cheio de raiva e ódio.

-Não sei, são ordens do chefe. - diz o Zheng.

Augusto assentiu com a cabeça e tanto ele como Zheng traçaram um plano para capturar e dar uma lição ao seu próximo alvo.

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Os pequenos detalhes abrem caminho aos grandes momentos. Era assim que eu caracterizava a minha mudança repentina de destino ao optar por ir falar com a Yolanda. Eu não queria mais andar às voltas e continuar no mesmo lugar, eu queria avançar sem nunca olhar para atrás e ainda sim lembrar que deixei coisas por fazer. Se eu queria a verdade e nada mais que a verdade eu tinha de falar com a Yolanda e encosta-lá a parede para ver a reacção dela e aí sim eu iria agir com maior precisão, iria tocar na ferida.

Fui até a fundação de caridade que ela havia fundado há já 4 anos. Por vezes o lobo tem corpo de coelho. Sem hesitação fui até ao balcão de atendimento e falei com a secretária. Ela sequer deu-se ao trabalho de perguntar quem eu era e o que queria, melhor dizendo ela nem olhou para mim e só disse:

-Pode entrar porque a Sra. Yolanda está no escritório dela.

Até parecia que ela já sabia quem eu era e o que estava fazendo ali.

Ao entrar no escritório senti um cheiro forte de perfume feminino, exagerado, pensei.

Yolanda estava sentada em sua poltrona virada para a janela, imaginava eu no que ela estaria pensando mas era impossível adivinhar.

-Parece que chegou a hora. - diz a Yolanda assim que fechei a porta.

Fiquei confuso mas não perdi as rédeas e disse:

-Vim falar sobre a sua filha que você entregou para outros pais.

-Eu sei quem você é e também sei o que quer de mim. - diz ela.

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