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Zheng Zasaki, era um homem muito forte porém de pequena estatura, seu corpo era traçado por veias salientes que alcançavam seu rosto e o pior de tudo eram suas cicatrizes, fruto de muitas lutas que havia tido e daí quem sabe quantos homens ele já havia matado, tinha um remorso de infância que o lembrava as surras que seu pai o deu e isso era algo que o havia deixado transtornado. Era chinês, estava em Angola porque fora contratado por um chefe da tráfico desse país e teria de trabalhar com Augusto que era mais um homem habilitado em armas do que em lutas de corpo à corpo ao contrário de Zheng.

Naquela noite, Augusto e Zheng foram ter com o seu chefe, só Augusto sabia quem na realidade era o seu chefe mas quanto a Zheng mantinha-se tudo em incógnitas, era pago para fazer e não questionar.

Ao entrarem num Galpão em meados do bairro doo São Paulo, avistaram o encandear de uma lâmpada ao fundo do mesmo, foram até lá e aí começou a conversa.

- Meus caros, foi-me furtado dados importantes sobre o próximo carregamento, e eu quero que vocês encontrem quem fez isso e que acabem que essa pessoa. - disse o chefe.

- Sim chefe. - respondeu Augusto enquanto Zheng limitou-se a um simples gesto de aprovação.

Zheng raramente falava e isso era o que mais chamava atenção nele a par da sua fascinante força.

- Para dar-vos um empurrãozinho, fiquei a saber que duas meninas foram vistas na área de onde foi-me furtado os dados, encontrem-nas. Entendido? - disse o chefe.

- Certo! - disse o Augusto enquanto o Zheng acenou que sim.

Os dois saíram dali e foram .direção ao carro onde o Augusto perguntou:

- Por onde começamos?

- Você sabe aonde fica o local do furto? - perguntou Zheng.

- Sei. - respondeu Augusto.

- Então vamos para lá. - disse Zheng.

- Está muito tarde, vamos amanhã a noite. - disse Augusto.

- Está bem. - disse Zheng.

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Ao acordar pela manhã, ainda que fosse eu precisasse descansar, ainda assim levantei e fui tomar banho para ir ao jogo de futebol.

Desci para tomar o pequeno-almoço e pedi boleia ao meu irmão mais velho Eduardo e ele aceitou dar-me boleia.

Então lembrei que havia deixado o meu telemóvel no quarto e voltei rapidamente para pegá-lo.

- Não demora porque estou com pressa. - disse o Eduardo.

- Nunca demoro, volto num abrir e fechar de olhos. - digo.

Ao entrar no meu quarto noto que havia uma mensagem de E-mail em meu computador sentei num instante para abri-lo mas estava demorando muito e eu precisava me apressar antes que o meu isso irmão resolvesse partir sem mim, então deixei o computador pra lá, veria o E-mail depois, peguei em meu telefone e foi ter com o meu irmão e juntos fomos ao jogo de futebol.

Vi uma mensagem do Carlos.

CARLOS: Onde estás? O jogo começa daqui a pouco.

MARCOS: Estou a caminho. Num instante estou aí.

CARLOS: Apressa-te!!!

A caminho do campo de futebol do Puniv, fiquei a contemplar Luanda, não que eu queria ser revolucionário, mas passado tanto tempo o Kinaxixe parecia o mesmo, nada mudara nos 15 de minha vida desde que lá morei à não ser um Shopping que há alguns anos atrás fora construído no lugar do antigo Mercado do Kinaxixe e lá era também um marco histórico de Angola, mas enfim nos tempos de hoje o Velho e Feio sucumbe perante o Novo e Belo.

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