POV SKY
Era como se eu estivesse andando por um penhasco, um passo errado e eu entraria em colapso. Me sentia cansada e, acima de tudo, irritada. Não me sinto irritada por ter acabado de levar uma facada, por atirar em um homem ou por tudo o que aconteceu hoje, me sinto irritada, simplesmente, por não saber o por que disso estar acontecendo. Eu amo ter tudo sobre o controle, do mesmo jeito que consigo fazer tudo sozinha - e isso não é uma coisa que eu admito todos os dias -, pelo menos se eu soubesse o que está acontecendo eu poderia ajudar.
Thomas me trouxe até um pequeno hotel que tinha no final da cidade - foi o lugar mais perto de uma cama que ele conseguiu, havia perdido seu celular e não tinha como ligar para ninguém. Logo que chegamos, ele me sentou sobre uma enorme mesa de madeira que havia lá e saiu, não faço a mínima ideia de onde ele foi, o que me irrita ainda mais. Olho em volta, decadente, a tinta das paredes descascavam, o cheiro de mofo rodeava todo o lugar, uma minúscula janela ao lado da cama de casal e uma... Cama de casal? Tento procurar outra cama, com o cenho franzido continuo olhando em volta, nenhuma outra cama por ali.
Passos são audíveis e a maçaneta da porta roda, Thomas entra segurando algumas coisas que parecem ser vodka - por que diabos ele está com uma garrafa de vodka? -, e um pequeno rolo que não consigo distinguir do que seja. Ele agacha na minha frente e me encara, apontando para o corte, aceno com a cabeça e ele coloca vodka em um pedaço de pano, passando no corte. Fecho os olhos automaticamente e um gemido de dor sai por entre meus lábios.
- Cama de casal? - pergunto, ainda com os olhos fechados, ao mesmo tempo que ele pergunta "Como conseguiu isso?", abro os olhos e o encaro.
- Esse era o único quarto sobrando - ele para de passar o pano e pega o rolo, que agora percebo ser de linha - Você pode ficar na cama se quiser, eu fico no chão.
- Não - falo rapidamente e depois vejo o quanto desesperada eu pareço, limpo a garganta - Quer dizer, não precisa, tem bastante espaço ali, certo?
- Certo - ele sorri e depois faz uma careta - Isso vai doer, vou ter que costurar.
- Você vai ter que fazer o que? - exclamo, mas ele começa a costurar, solto um pequeno guincho.
- Já estou acabando - ele diz, concentrado - Sua vez de responder, como conseguiu isso?
- O corte? - ele abana a cabeça em concordância - Um homem me encontrou na floresta, mandou eu entregar o pendrive para ele, mas eu nem sei onde diabos esse pendrive está. Começou a falar um monte de coisas sem nexo e depois apontou uma arma pra mim, consegui dar um chute no rosto dele.
- Você deu um chute no rosto dele? - ele ri.
- Sim - digo animada - Parece que não sou mais a donzela em perigo, já consigo dar chutes.
- Não, você não é - ele começa a enrolar alguma coisa na minha perna, mas nem presto atenção.
- Bom, donzela eu nunca fui - franzo o cenho - E ainda estou em perigo.
- Você não está em perigo.
- Claro que estou - exclamo e ele levanta, olho para minha perna e ele já havia acabado - A qualquer momento alguém pode entrar por aquela porta e nos matar.
- Por isso estou aqui, para proteger você.
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Estou completamente insatisfeita com as minhas duas histórias :C
Não sei se isso é por que eu estou com um enorme bloqueio de criatividade ou por que está uma bosta mesmo.
Não sei se apago e começo a escrevê-las novamente ou se deixo do jeito que está, mas se eu apagá-las só vou colocá-las aqui quando estiverem prontas - o que vai demorar um pouco.
Eu sou a pessoa mais complicada do mundo, eu tenho milhares e milhares de ideias para novas histórias mas nenhuma ideia para as minhas.
:C
Isso é bem triste
Mas tudo bem
C:
Byeeeee
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Don't give up //
ActionTalvez, naquele dia, ele não estivesse lá para salvá-la, talvez ele não pudesse salvá-la. Talvez ela pudesse se salvar sozinha, talvez ela não quisesse ser salva. A vida é repleta de grandes talvezes.