Os galhos das árvores arranhavam seus braços, a cada passo que ela dava suas pernas fraquejavam e ela oscilava em cada respiração. Ela já havia perdido a conta de quantas vezes havia tropeçado, ela não funcionava sob pressão. As árvores atrapalhavam sua visão e ela tentava afastar os galhos a sua frente - havia muitos. Ela parou de correr e olhou para os lados, havia uma árvore a sua frente - maior do que as outras -,a única coisa que conseguiu fazer foi se esconder atrás da própria e tentar achar o outro lado do lago.
Ela encostou suas costas contra a árvore e respirou fundo, apertou mais forte a faca até, consequentemente, as pontas de seus dedos ficarem brancas. Sua visão estava embaçada e - infelizmente - não havia luz ali, apenas a escuridão. Ela piscou várias vezes tentando clarear a vista, a sua frente havia um caminho, pedras e folhas secas cobriam a grande extensão que levava até o outro lado do lago. Ela respirou fundo, suspirou e deu um passo a frente - decidida a continuar. Ela andou com passos firmes, mas tentando não fazer barulho e falhando miseravelmente, a cada passo um galho quebrava abaixo de seus pés. Um barulho, vindo de sua direita, a fez se virar completamente e ver um dos homens ali.
Ela soltou um suspiro tremulo e correu, o caminho a sua frente era longo, seria difícil ganhar a corrida com suas pequenas pernas. Ela sentia e ouvia ele correndo atrás dela, ela sabia que faltava pouco para ele a alcançar e sabia, também, que ele estava armado. O homem pulou e caiu em cima dela, fazendo-a cair para frente e soltar um pequeno grito, abafado pelas folhas. O homem segurou-a pelo ombro e puxou, fazendo-a ficar deitada com sua barriga para cima, ele sentou-se em cima dela, ou melhor, da barriga dela. Ela estava com os olhos fechados, seus pulsos presos pelas mãos do homem e a faca já não estava em suas mãos.
- Vamos lá, docinho - ele falou - Já pode abrir os olhos.
Ela balançou a cabeça - negando -, e o homem apertou mais seus pulsos, afundando as unhas em sua pele. Ela imediatamente abriu os olhos e viu o homem que, vendo melhor, era careca e um pouco mais alto que ela, ele usava roupas pretas e havia uma cicatriz enorme em seu rosto, que ia desde sua boca até o canto de seus olhos.
- Sabe, me disseram pra não te matar - ele soltou uma risada seca - Mas, bom, não me disseram nada sobre machucar você.
Ele segurou os pulsos com uma só mão e com a outra, colocou na cintura dela. Ela soltou um grito curto e começou a se debater, mas o homem não fazia nada além de rir e continuar subindo suas mãos.
- Você é bem bonita, puxou para sua mãe. Mas no conceito da burrice, você puxou para seu pai.
- Não fale dela.
- Eu conheci ela, mas isso não vem ao caso. Acho bom você saber que, mesmo que queira ou mesmo que consiga fugir, vai sempre ter alguém atrás de você. E não são só pessoas que você não confia, são pessoas que você confia. Mas sabe como é, eu posso facilitar as coisas - ele disse, rindo - Se você me der o arquivo do seu pai, eu prometo te matar rapidamente.
- Não sei do que você está falando - ela chorou.
Ela sentiu o homem se mexer sobre ela, ele se esticou e pegou alguma coisa. Ela tentou se levantar, mas o homem era mais forte que ela. O homem se posicionou sobre a barriga dela novamente, segurando a faca.
- Outra chance.
- Não sei do que você está falando - ela repetiu.
- Resposta errada - ele disse, ligeiramente irritado e fez um enorme corte na perna dela, logo a cima do joelho. Ela gritou e suspendeu a respiração por alguns instantes, quando voltou a respirar ele riu.
- Lembra que eu te falei que me disseram para não te matar? - ele sussurrou - Nunca fui fã de obedecer regras.
Ela viu ele jogar a faca para um lado e pegar a arma. Ele se deitou sobre ela, com a cabeça afastada poucos centímetros da cabeça da própria, com uma mão ele ainda segurava os pulsos dela e com a outra, ele segurava a arma.
Ele destravou a arma, ela fechou os olhos.
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44 votos é pouco, mas é mais do que eu pensei que teria, então <3
:)
Dia 31 de outubro de 2015, último show do 1D antes da pausa, não to bem
Mas mesmo assim acredito que eles vão voltar e tudo mais, entãooo ok
Byee
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Don't give up //
ActionTalvez, naquele dia, ele não estivesse lá para salvá-la, talvez ele não pudesse salvá-la. Talvez ela pudesse se salvar sozinha, talvez ela não quisesse ser salva. A vida é repleta de grandes talvezes.