Sky nunca teve medo de morrer, nunca teve medo que tudo acabasse. Quando dizemos que vamos morrer imaginamos daqui uma eternidade, imaginamos nós velhinhos com uma vida completa, rodeada de pessoas para contar e recontar a história de sua vida, de filhos para netos. Imaginamos uma vida significativa, com grandes feitos. Nunca imaginamos que, por mais assustador que seja, podemos morrer hoje. Sky passou anos se perguntando o por que das pessoas acreditarem em alguma vida após a morte, ela nunca acreditou nisso.
Mas ali, com uma arma apontada para si, entendeu que as pessoas acreditam por não aguentarem não acreditar. Não aguentam acreditar que tudo vai acabar, que tudo o que fez ou viveu foi em vão. Não conseguem acreditar que tudo irá se apagar. Naquele momento, ela quis acreditar também.
Sabia que iria morrer, mas não seria hoje.
Ela abriu os olhos, as mãos ásperas do homem apertava violentamente seus pulsos, ela sentia a arma fria em sua pele e o sorriso no rosto do homem. Ela não tinha como sair dali e não sabia o por que do homem ainda não ter a matado, talvez ele só gostasse de ver o medo no olhar dela. De repente, um barulho ecoou por toda a floresta, ela sabia que era um tiro e, por isso, fechou automaticamente os olhos. Ela esperou sentir alguma coisa, como uma dor alucinante, mas a única coisa que sentia era o peso do homem sobre suas barriga e as mãos do homem que, por causa do barulho, havia soltado os pulsos dela. Ela abriu os olhos novamente, vendo o homem olhar para os lados e percebeu que não havia sido ele que atirou. Seu coração apertou, só esperava que nada tivesse acontecido com Thomas. Aproveitando o momento de distração do homem, ela se inclinou para frente e tentou usar toda sua força para dar uma cabeçada no homem. Ele caiu para trás, surpreendido. Sky virou para o lado, pegando a arma que ele havia derrubado.
- Você não vai atirar em mim - ele riu - Você é muito fraca para isso.
Infelizmente, era verdade. Mas antes que o homem conseguisse fazer qualquer coisa ela se virou para ele, dando um chute em seu rosto. O homem caiu para trás, com os olhos fechados e ela franziu o cenho, para alguém tão forte ele foi derrubado muito fácil.
Ela virou-se para onde o barulho tinha vindo e começou a caminhar, sua perna doía por causa do grande corte. Ela andava rapidamente, com certa dificuldade, sua mão segurava fortemente a arma - como se passasse segurança. A escuridão a abraçava, a única coisa que iluminava era as estrelas. Sua visão estava desfocada e turva, seus olhos cheiros de lágrimas. Ela ouviu vozes e rapidamente se escondeu atrás de uma árvore, com uma mão ela segurava a arma e com a outra ela se apoiava na árvore, vendo tudo o que acontecia ali.
- Você está aqui pelo mesmo motivo que eu - o homem que estava com uma grande arma disse - Só me dê o pendrive.
- Que pendrive? - Thomas estava tenso, havia uma distância consideravelmente grande entre ele e o homem.
- Não se faça de desentendido - ele riu - Aquela garotinha já deve ter te falado, ela confia na polícia, tão ingênua, mal ela sabe que até eles estão metidos nisso. Qual o nome dela mesmo? Sky?
- Não importa - Thomas disse entre dentes.
- Na verdade, importa - ele riu ainda mais alto - Sabe, meu parceiro já deve ter achado ela. Eu escutei um grito quando estava te seguindo. Espero que ele a traga viva, adoraria me divertir com ela.
Thomas não esperou nem um segundo e deu um soco no rosto do homem, ele cambaleou um pouco para trás - ainda com o sorriso no rosto. Thomas tentou dar outro, mas o homem era mais rápido e, infelizmente, mais forte. O homem distribuiu vários socos no rosto de Thomas, fazendo-o recuar até bater com suas costas contra a árvore. Quando Thomas caiu no chão, Sky automaticamente deu um passo para frente, soltando um "não" alto o suficiente para todos ali escutarem. O homem se virou calmamente, seu nariz sangrava mas ele ainda tinha um sorriso irônico no rosto. Ele levantou as mãos em sinal de rendição, gargalhando.
- Meu Deus, ela tem uma arma - ele exclamou, rindo - Você não vai atirar em mim
- Por que todos ficam dizendo isso? - exclamou.
Ela fechou os olhos e, com as mãos trêmulas, apertou o gatilho.
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Meu Deus, eu apaguei o capítulo 11 sem querer :c Fiquei desesperada.
Tive que escreve-lo de novo, acontece a mesma coisa, só que com palavras diferentes ;-;
Eu fiz uma nova capa, eu amo fazer capas shaushuahsuahsuas me digam qual está melhor: essa ou a que estava? oooooobg
Byeeeeeeeeeeee
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Don't give up //
AcciónTalvez, naquele dia, ele não estivesse lá para salvá-la, talvez ele não pudesse salvá-la. Talvez ela pudesse se salvar sozinha, talvez ela não quisesse ser salva. A vida é repleta de grandes talvezes.