- O que? - ele gritou, desesperadamente - Olha sem querer desrespeitar, nem desobedecer uma ordem, mas por que eu tenho que ficar aqui? Eu sou um policial, trabalho pra prender delinquentes ou coisas do tipo, não ser baba de uma garotinha.
- Olhe Thomas, você tem razão - A voz da Sr. Moore falou pelo outro lado do celular, ela parecia cansada - Mas temos um assunto de extrema importância que envolve essa garota.
- Eu sei, você já disse isso - ele exclamou - Me diga o assunto ou eu vou embora.
- Tudo bem - ele escutou um longo suspiro -, há um arquivo criptografado, muito importante, que estava com Jack Collins e quando ele sumiu creio que ele deixou esse arquivo para o único parente ainda vivo, a Sky.
- Um arquivo criptografado? - ele deu grito em forma de sussurro - Então você deveria falar isso com outros policiais, FBI... Não sei, mas não para mim!
- E-eu não posso - ela gaguejou - É um arquivo muito importante e eu o perdi, não posso contar.
- Então eu conto, simples - ele disse, agora mais calmo.
- NÃO - ela gritou e ele franziu o cenho - Por favor Thomas, só fique ai por mais uma semana, procure um arquivo criptografado em algum pendrive, celular, computador... Qualquer coisa, por favor.
- Eu não entendo o por que - ele suspirou - Mas tudo bem, só mais uma semana.
E desligou o celular sem esperar uma resposta, sentou-se na poltrona ao lado de sua cama e jogou o celular contra a cama. Ele estava irritado por ter que ficar lá, estava irritado por ela ter o beijado e estava irritado por ter gostado. Ele apoiou os cotovelos nos joelhos e cobriu o rosto com as mãos, não parava de pensar no beijo, de como ela beijava bem e em como gostaria de repetir. Mas não podia, não tinha uma razão por completo, mas sentia que era errado. O fato de ele ser um policial, treinado para prender pessoas como ela, era uma razão. Talvez não fosse errado, talvez ele devesse, talvez ele quisesse, e ele queria.
Ele levantou-se e abriu a porta, olhou para os lados e tudo estava silencioso, desceu a pequena escada no final do corredor, as paredes descascadas se destacavam e o mofo nos móveis fazia daquela casa ainda mais velha do que era, ele andou com passos certos e calmos, tentando não fazer barulho para não chamar atenção de Sky, não queria conversar. Ele chegou a sala, que estava vazia e andou em direção à outra divisão da casa, indo direto para a cozinha. Chegando lá se arrependeu. Todo seu esforço foi por nada, lá estava ela, sentada em uma das cadeiras altas em frente a bancada e de costas para ele, ela batia as mãos contra a bancada, fazendo um tipo de som e cantando.
I was stumbling, looking in the dark
(Eu estava tropeçando, olhando no escuro)
With an empty heart
(Com um coração vazio)
But you say you feel the same
(Mas você diz que sente a mesma coisa)
Could we ever be enough?
(Nós poderíamos ser o suficiente?)
Baby we could be enough
(Querido, nós poderíamos ser o suficiente)
Ele escutava ela cantar, não era a voz mais bonita que já havia escutado, mas era muito bonita. Ele se encostou a porta, ele pensou em voltar para o quarto e fugir dali, pensou em chama-la e conversar, pensou até no quanto seria bom beija-la novamente.
And it's alright
(E tudo bem)
Calling out for somebody to hold tonight
(Chamar alguém para abraçar essa noite)
When you're lost, you'll find a way
(Quando você estiver perdido, você vai achar um caminho)
I'll be your light
(Vou ser sua luz)
You'll never feel like you're alone
(Você nunca vai sentir que está sozinho)
I'll make this feel like home
(Vou fazer você se sentir em casa)
Ele estava mergulhado em pensamentos, focando apenas na voz dela e mal percebeu que ela estava virando. Quando ele ouviu um fino e curto grito, saiu dos pensamentos e olhou a garota, agora com a mão sobre o peito, onde está o coração, respirando fundo.
- Você não pode sair por ai assustando as pessoas - ela disse, com a respiração rápida -, sabia?
- É, e-eu sabia, mas... - ele tentou não gaguejar, falhando miseravelmente - Eu, hum, deveria voltar para meu quarto
- Ah, por favor - ele ia voltar para o quarto, mas quando ouviu a voz dela ficou e olhou para o rosto dela, a tempo de ver um revirar de olhos - Pare de agir como uma criança.
- O que? - ele exclamou.
- Pare de ser um idiota, pare de fingir que não aconteceu.
- Mas não podemos.
- Por que? - Ela gritou - Por que você é um policial e eu uma garota que foi pego com drogas em casa, com pai "foragido", ou melhor dizendo, uma "delinquente" ou por que você é, não sei, uns cinco anos mais velho?
- São quatro anos - ele disse - E sim, esses são ótimos motivos.
- Pare de ser um idiota.
- Não importa, não podemos, foi horrível - Ele disse, vendo-a recuar um passo, ele sabia o efeito de suas palavras, e viu também ela abrir levemente os lábios, mas logo se recompôs.
- Fique tranquilo - ela disse e deu de ombros, virou-se e chegou ao final da cozinha, ainda de costas para ele - Foi horrível para mim também.
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A gente shippa eles e eles ficam brigando, vou bater no Thomas ;-;
Bom, parece que tem um arquivo por ai. O que será que tem nele? Deve ser porno, sei lá.
Eu troquei o nome agora é "DON'T GIVE UP" (Não desista) e fiz uma nova capa e eu ameeeei essa capa, sério.
SHUahsuaHSUashUA oook, a música que ela estava cantando é Home do One Direction, isso mesmo a música nem saiu direito e ela ta cantando <3333 ESSA MÚSICA É MUITO LINDA, SÉRIO, ESCUTEM.
Então, acabou de sair e tem um cover da Kathleen Nguyen, os covers dela são perfeitos.
E eu coloquei a música ai para vocês ouvirem, podem imaginar também que a voz dela é a voz da Sky *u*
Isso não é totalmente um POV do Thomas, desculpem, mas mostra o jeito em que ele se sente sobre o beijo coisa e tal. :c
Ok, byeeeeee <3
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Don't give up //
AcciónTalvez, naquele dia, ele não estivesse lá para salvá-la, talvez ele não pudesse salvá-la. Talvez ela pudesse se salvar sozinha, talvez ela não quisesse ser salva. A vida é repleta de grandes talvezes.