capítulo 12

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Sagitariana. Alguns meses mais velha, tecnicamente tem a mesma idade que eu. O nosso primeiro contato físico: no aniversário do meu antigo patrão. Desci, entreguei algumas cervejas pros meus amigos, dei uma despistada e fui à casa dela. Ela estava só. Quando nós estávamos namorando (época recente) ela estava com os cabelos curtos. Pretos. Eu adorava passar minha mão entre seus cabelos, segurando sua nuca e trazendo-a pra mim, pra mais um dos nossos beijos. Mas nesse primeiro contato ela estava loira. Então loira, ela abriu a porta. Estava só. Os olhos levemente vermelhos. 
-Xii bebeu demais? - falei
-Não.. tô com dor de cabeça...
-Desculpa... devo ter te acordado..
-É...mas não tava dormindo... tava só descansando o corpo... fecha a porta, tá frio...
Era uma noite chuvosa e ventava muito. Embora ela não estivesse dormindo, já estava pronta pra isso. Usava um shortinho clarinho e uma camisa de alcinhas no mesmo tom, acredito que sem nada por baixo (posso estar errado). De qualquer maneira, a ideia de não ter mais nada por baixo do seu baby doll atraia meu olhar de uma forma tão evidente que ao fixar meus olhos no seu corpo me senti tirando toda a sua roupa.. e claro isso foi evidente pra ela também.
Não me lembro a que pé a nossa conversa estava. Lembro que rimos. Ela foi pro quarto e deitou. Sentei ao seu lado.
-Achei que seus olhos fossem verdes...
-Não... só são castanhos claros... dependendo da luz parece que muda um pouco...
-Estão vermelhos… tomou alguma coisa?
-Tomei, mas nem é a dor de cabeça que me incomoda...
-Sou eu?
-Não... você não me incomoda, é só que to um pouco cansada  e vou levantar sair cedo amanhã, tinha que está dormindo já...
-Foi mal, to te atrapalhando...
Me desculpava pateticamente, mas lógico, querendo ficar.
-Não, ta não, é que não to conseguindo dormir, não sei o que é...
Falou rindo pra mim... seu sorriso tem uma espécie de charme inexplicável...
-Quer uma massagem? De repente melhora, vou começar por baixo.. quando estiver mais em cima você vai estar tão relaxada que não vai perceber que ainda to aqui.
Comecei a massagear suar panturrilhas sem nem ao menos esperar que ela respondesse. Fiz devagar... admirando o seu corpo todo. Deitada virada pra mim, ela fechou os olhos quando comecei a massagem (massagem meia boca), cheio de boas vontades. Ao apertar um pouco mais sua panturrilha ela deu um leve gemido, não sei se de dor, mas foi tão gostoso que o dessirier aumentou de forma exponencial...
Pedi que virasse de costas. Ela virou. Ficou com aquela bunda arrebitada pro meu lado e eu babando como um coiote faminto, querendo dar o bote.
-Nossa, acho que agora não vou conseguir me concentrar na massagem…
Rindo ela me perguntou:
-Por quê? Tem alguma coisa errada aí?
-Com certeza não, ta tudo muito... perfeita! esse é o problema.
Respondi enquanto ia subindo, massageando suas coxas...
-Problema?
Perguntou pondo o cabelo de lado, deixando sua nuca à mostra... isso sempre foi fatal. Deixar a nuca à mostra me enfeitiça...
Minhas mãos subiam levemente por suas costas, apertando devagar, cheguei aos ombros.. nitidamente, vi ela se arrepiar.
-Nossa.. isso é massagem?
Me debrucei e beijei suas costas, subindo pro seu pescoço, enquanto ela se ajeitava na cama de forma que ficou com o rosto virado pro meu... olhei nos seus olhos, ela sorriu… cheguei perto da sua orelha e perguntei:
-Não ta bom?
Não respondeu. De novo me deu aquele seu sorrisinho charmoso. 
-É melhor você ir, minha prima pode estar chegando, acho que ela quer ficar com você.. se ela nos ver aqui assim, não vai ser legal.
-Então .. boa noite!
Respondi me afastando, olhando pra ela a meia luz.
Não rolou nada além disso, mas tive a sensação que se acontecesse qualquer coisa, se acontecesse ao menos um beijo eu não esqueceria, saberia de cor o gosto, o cheiro, o toque. E assim aconteceu. Depois de algum tempo, no fim de uma noite de aula cansativa, ofereci uma carona despretensiosa e ela aceitou. Conversamos no caminho sobre qualquer coisa. Sempre que eu puxava assunto sentia ela sem muito interesse. Demorei a entender qual era a dela. Parecia distante, talvez cansada. Quando chegamos na frente da sua casa eu dei alguma cantada boba. Daquelas que só nós homens somos capazes de dar e que, não sei se por interesse real, carência ou conveniência, ela caiu. Me convidou pra entrar e voltamos a conversar amenidades. Em um certo momento me aproximei na tentativa de um beijo. Ela me fitava com seus belos olhos castanhos. Sorriu. Mexeu na bolsa e pegou uma balinha. Não podia ter aqueles lábios rosados tão perto e perder a oportunidade de prova-los. 
Numa nova tentativa, cheguei mais perto, segurei em seu braço de maneira delicada, puxando-a pra mim.. e dei um beijo demorado.. seus lábios pareciam ter mel.. ela se afastou um pouco.. Por um momento, pode parecer exagero, mas me senti embriagado, não sei explicar. De qualquer maneira não foi o suficiente pra perder os detalhes daquele momento.
- Eu imaginava que seu beijo era gostoso, mas não pensei que teria gosto de menta.
Rimos. Aquela loirinha tinha um beijo inebriante, embora disfarçado pelo sabor de menta, o seu beijo é único... Tão único quanto a maciez dos seus lábios quentes. Linda, ex-modelo, jeitinho de orgulhosa, do tipo que não desce fácil do salto.. mas também com um jeitinho de garota doce e delicada.. deliciosa!
Depois de tantas idas e vindas, tantos desencontros, resolvi fazer algo diferente, um novo rumo pra mim. Uma nova abordagem nos meus relacionamentos. Sempre que alguém falava de namoro eu dizia:
- Ela não sabe o que quer!
A verdade é que isso vai deixando qualquer mulher insegura, pressionada, como se a decisão de dar um rumo no relacionamento dependesse unicamente dela. Tudo truque psicológico falho da cafa (coisas que a gente aprende ao longo da vida). Eu tinha muitos rolos e romances inacabados. Não conseguia imaginar simplesmente começar a namorar de uma hora pra outra. Seriam muitas explicações a dar. Erros que não teria mesmo como eu consertar. Quando realmente decidi por algo sério, podia ser ela ou outra, mas fui terminando todos os casinhos, sem iludir nenhuma ficante, sem promessas de voltas, desvencilhei pra não voltar. Nesse período ela estava tão próxima de mim que não era mais uma opção. Ela estava sendo a única! Sorte (ou azar) do destino ou do acaso, não sei. Exatamente no dia do meu aniversário fiz aquele pedido sem jeito, mas singelo. Sem nenhuma formalidade, mas sincero. Ali. No meio da rua. Só eu e ela abraçados. O pedido veio como um sussurro. Brotou do fundo da garganta, mas veio do coração. Ela hesitou. Eu repeti. Olhei em seus olhos e disse:
- É verdade. Eu quero namorar com você! Você me aceita como seu namorado? 
Numa resposta dúbia ela disse sim. Era real. Infelizmente ela não teve tanto tempo quanto eu pra pensar ou planejar. Aquela altura eu já tinha certeza do que queria. Não parei pra pensar se ela também tinha. Quase forcei um sim. Que no calor, na vontade, na emoção surgiu como uma certeza. Momentânea. 
Na nossa última noite juntos, nossos beijos eram os mais profundos de todos os já havíamos nos dado. Me chamou pra dormir na sua casa. Obvio que aceitei sem pensar. Era sempre assim quando se tratava dela. Eu acho que quase me anulava. Cheguei bem tarde em sua casa. Por volta das onze da noite. Estava de baby doll, como aquele do nosso primeiro contato. Não conversamos. Acho que atrapalhei seu sono. Eu não durmo de bermuda ou camisa. E a verdade é que não estava nem um pouco a fim de dormir. Ela deitou. Tirei a camisa e deitei ao lado dela, solicito de prazer. Não recusou, mas também não correspondeu. Eu não soube como reagir, então fiquei ali. Abraçado algum tempo. Ao contrário da noite do nosso primeiro contato essa era uma noite quente. Daquelas que o lençol incomoda. Imagina só alguém abraçado. Levantei. Fui até a geladeira, tomei uma água. Ela permanecia indistinta. Não perguntei. Resolvi: Não vou incomodar! Pensei comigo. Passei a noite toda tentando dar investidas na minha própria namorada. Que não resistia, mas também não correspondia. Noite quente, de semana, dia cansativo. Acho que ela só quer dormir. A noite toda inundado de desejo e pensamentos. Não dormi direito. Não tanto pelos pensamentos ou pelo desejo, mas pela bermuda. De fato, não consigo dormir direito. Fiquei de cueca. Adormeci. Leve e tranquilo. Acordei assustado pela música do despertador do seu celular. Levantei, tirei da tomada e desliguei. Ela abriu os olhinhos castanhos e espreguiçou.. Passou as mãos pelos cabelos, agora curtos e negros.. Como ela conseguia acordar tão linda? Pensei. Ela levantou. Eu deitei. Morto de sono, corpo cansado que, mesmo sem ainda não ter feito nada, passou a noite toda desperto, esperando desejoso. De volta ao quarto ela deitou de bruços ao meu lado. Automaticamente, minhas mãos procuraram seu corpo. Minha boca passeava pelas suas costas.. sua nuca.. enfim ambos acordados.. Eu solicito.. ela a espera.. Minhas mãos ao encontrar os prazeres que durante a noite toda procuram, estavam impacientes.. Eu a trouxe pra mim encontrando espaço para mais.. Não haviam mais roupas e a minha sensibilidade estava aumentada. Não sei se foi por passar a noite a esperar ou se foi realmente o momento que me deixou assim, mas a cada gesto, cada beijo, cada toque, eu parecia que iria explodir de prazer! Em seus braços, acariciei seus cabelos negros.. nossos corpos se encaixaram perfeitamente, como sempre, sem dificuldade.. De tanto desejo eu não me controlei, não pensei ou calculei nenhum movimento.. puxava ela pra mim, como se a minha vida dependesse do seu prazer.. Ao perceber que não resistiria mais me afastei do seu corpo querendo mais.. tentei me segurar, mas foi mais forte.. Mais forte do que eu seria capaz de segurar.. explodi! Ela ainda estava deitada, eu ajoelhei aos seus pés. Mesmo sabendo que seu toque sempre me transmitiu tanto prazer, eu não previa que aquela vez, a última delas, seria tão intensa quanto rápida. Eu não me contive. Queria mais. Debruçado sobre ela eu beijava sua barriga, acariciando seus maravilhosos seios. Minha boca pedia por ela. Desci devagar. Na tentativa falha de prolongar mais aquele momento. Seu gosto quente perturbava minha mente. Como podia ser isso? Tão gostoso? Tão intenso? Não me parecia real. Mas era.. ela sentou no meu colo.. me abraçou forte e enfiei minhas mãos por baixo da sua camisa de alcinhas, indo em direção aos seus seios soltos sob o baby doll leve fazendo caricias e apertando na intensidade que o prazer do momento me permitia. Numa sintonia fugaz, com toda vontade que eu podia, eu me entreguei novamente. Sem resistir. Só sentir. Só prazer. Ela me faz sentir seus seios em meu rosto.. apertei seu corpo contra o meu.. ela me beijou no rosto e mesmo percebendo que eu ainda queria mais quando eu quis lhe beijar a boca ela sinalizou, mostrando que naquela hora, não iria mais rolar. Levantou arrumando as alças e me deixando entorpecido.. boquiaberto. Sem pronunciar uma palavra.. Tomei um banho, me vesti. Ela se arrumou pra ir trabalhar. Nos despedimos da mesma maneira como eu havia chegado na noite anterior. Sem muitas meiguices. Apenas o velho beijo de despedida de sempre. Ao estava fora do normal. E não se tratava do meu prazer aflorado ou da minha sensibilidade a sua presença. Na mesma semana ela decidiu: Não vamos levar isso a diante. Concordei. Breves 15 dias de namoro. Não sei por quanto tempo antes nós levamos aquilo como um rolo. Muito tempo. Só isso. Não era mesmo a primeira vez que ela me dava um fora e que terminava. Só era a primeira vez que seria definitiva. Embora quando eu a veja ainda me sinta atraído e ainda estremeça ao receber um dos seus abraços que encaixam seu corpo gostoso perfeitamente no meu, nem de longe me permito pensar em tê-la de volta. Não poderia ou não deveria.. tanto faz.

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