conto 7

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Depois que eu saí a primeira vez com a mulher do pastor, a gente passou a teclar muita sacanagem no face. Ela gosta de me provocar. Diz que adorou aquela noite, fala com um jeitinho particularmente seu e muito safado. E toda vez que ela começa com sacanagem eu apenas respondo com reticências:

- … 

As reticências servem como combustível pra ela! Eu não consigo falar coisas tão explícitas, mas ela começa a se empolgar e logo logo vai a sugerindo que a gente se encontre de novo. 

Certa vez ela abriu a Cam e ficou pelada só pra ver minha reação! Eu estava sozinho em casa e gostei da brincadeira. Ela viu que tinha me deixado doido e insistiu pra sair comigo outra vez. Eu resisti. Disse que não tinha mais carro e não tinha como. Mas na verdade eu sei que ela é casada e que sair com ela pode me deixar em maus lençóis. 

Nossa primeira vez foi algo casual. Foi numa noite em que cheguei cedo da faculdade e resolvi visitar alguns amigos. Nessa noite não encontrei ninguém em casa. Por mera coincidência, ao passar de carro na rua vi aquela mulher linda, andando sozinha.. diminuí pra dar um oi ao passar por ela. Nós não nos conhecíamos. Mas ela reagiu bem. 

- Boa noite.. Aceita uma carona? É meio perigoso pra uma mulher andar desacompanhada à uma hora dessas.. 

Eu disse. 

- Boa noite mesmo. Aliás a noite está uma maravilha pra fazer caminhada.. E o perigo é aceitar carona de desconhecidos… 

Trovejava aquela noite e a rua estava realmente deserta. Então tentei algo ousado. Passei por ela e parei na esquina logo à frente. Desci do meu carro e fui em sua direção. Estendi a mão dizendo: 

- Muito prazer. Meu nome é TH. E agora não sou tão desconhecido que você não possa aceitar uma simples carona INOCENTE. 

Ela sorriu. Me olhou nos olhos e pensou um pouco antes de pegar na minha mão e se apresentar. 

- Por que não? Minha casa é longe e esse salto está mesmo me mantando. Acompanhei a moça até o carro, abri a porta, ela entrou e fomos pra sua casa. Ela estava de salto e usava um vestido longo pouco abaixo do joelho, com uma meia calça quase invisível, da cor da sua pele clara e um echarpe pra se proteger do frio, o que a deixava com uma aparência bem respeitável. Sua roupa era discreta, sem decotes, mas valorizava seu busto de certo modo avantajado. Ela tinha belos seios, proporcionais ao desenho do seu corpo. Não precisei tirar-lhe a roupa pra ter certeza. 

No caminho a gente conversou sobre coisas amenas. Ela tem um ótimo senso de humor o que faz com que a conversa flua numa boa. 

-De onde você vem à essa hora? 

-Estou vindo do culto. 

-E volta sempre sozinha, seu marido não à acompanha? 

Só depois que ela já estava no carro foi que percebi no seu dedo a aliança, o que me deixou em dúvida se eu dava sequência naquele episódio ou não. Dirigia devagar pra aproveitar a conversa. Percebi que ela levantou discretamente o vestido mostrando seu joelho, ato realmente inocente à olhos destreinados, mas foi o suficiente pra eu seguir em frente. 

- Meu marido é o pastor, mas ele viajou. Hoje o culto não foi tão bom sem ele e resolvi sair mais cedo. Ser acompanhada por essas crentizinhas me deixa maluca, só sabem fofocar. Além do mais vai chover e quero aproveitar esse friozinho na minha cama. 

Enquanto conversávamos ela me indicava o caminho. A essa altura a gente havia falado um pouco de muita coisa e já estava na sua rua. 

- É uma pena que seu marido tenha viajado, aproveitar sozinha não é a melhor das escolhas.. 

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