capítulo 11

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<p>Sedutora. Fatal. Uma personalidade forte, moderna.. se expressa muito bem e é super exigente. Sempre dizia que eu tinha o equilíbrio entre a audácia e a elegância (ou burrice), se não me engano isso era a descrição do perfume Yves Saint Lauren La Nuit de L’Homme, um dos que ela me deu de presente. Audacioso é todo aquele que não se intimida na presença de uma mulher muito linda, quanto a elegância  isso aí já fazia parte da minha débil tentativa de a seduzir a todo momento. Quando a gente é mais novo tenta impressionar a qualquer custo, afinal é como dizem: “sedução é a lenha que mantém o fogo da paixão acesa”, se for assim isso era o que eu sempre tentava. Praticar a sedução dia após dia é manter a paixão sempre renovada. Cliché? Também! Quanto a ela, essa sim manja de sedução e elegância.. rostinho oriental, lábios delicados, cabelos longos.. com ela aprendi algumas brincadeirinhas gostosas.. adorava me vendar na hora da transa. O seu toque provocava meus sentidos, seu perfume me fazia perder as referências.. Não faço ideia de que perfume ela usava, embora já tenha sentido sua fragrância em raros momentos, o que me provocou aquele sentido nostálgico da saudade de momentos tão inesquecíveis. Ela é uma mulher livre, sensível, segura em tudo o que faz. Insaciável! Quer sempre tudo e de todo jeito.. mas antigamente (pra minha frustração e desilusão amorosa) também queria todos. Eu não fui o único cara que se apaixonou por ela mulher. Charmosa e atraente, adorava deixar os homens extasiados por onde passava. Na verdade pelo que percebi nos poucos momentos em que estivemos juntos, o que fazia a cabeça dela era curtir o desejo alheio. Arrancava olhares famintos por onde passava, até mesmo de algumas mulheres, o que para ela era como um troféu. Ainda assim carregava a macula dos melhores amantes: extremamente ciumenta! Mas sempre ficava incrivelmente excitada quando achava ter percebido algum olhar feminino ou me via olhando alguns dos belos quadris que só teimavam em aparecer perante as minhas vistas durante a sua presença.. É engraçado, mas quando uma mulher percebe que provocou ciúmes em outra ela capricha, passa ainda mais provocante, quando está de salto alto então faz o tipo superior.. coisas que a gente acha que entende. Enfim. Não lembro onde ou como exatamente nos conhecemos, mas me lembro muito bem de uma das nossas últimas transas. Ela me convidou pra festa de aniversário da sobrinha. 5 anos, várias crianças, vários pais e várias mães obviamente. Pro meu azar (ou, na época  delírio) sempre tem aquela mamãe gostosa nessas festas, fazer o que né ! Nesta festa era a mãe da aniversariante. Prima de sei lá que grau dela e por fim solteira (é mal de família). Quando chegamos a festinha muitas outras pessoas chegaram ao mesmo tempo. Em meio às entregas de presentes aperto de mão de desconhecidos fui apresentado a gostosíssima mamãe que tinha um belo dum (rabo gostoso) sorriso receptivo. Como prima da mãe solteira assim que chegamos ela ajudou-a a fazer sala as visitas, o lugar era muito família, ar discreto e agradável, decorado com aquelas  frescurinhas pequeninas espalhadas por todas as estantes, coisas que toda criança gosta.. de quebrar! Fiquei ali no canto, meio sem jeito e totalmente deslocado já que era o único cara sem filho. Quando os padrinhos da aniversariante chegaram achei que seria meu alívio, mais gente pra ajudar, ao menos ela passaria a me fazer companhia, mas não foi bem assim. Os padrinhos se apossaram da aniversariante como sequestradores de um refém importante, a mãe começou a servir os convidados, a 'minha’ gostosa começou a tomar conta dos enfeites chatos de sala que um bando de pirralhos teimavam em tirar do lugar a todo momento. E eu.. bem, eu continuei sozinho pensando cá com meus humildes botões ‘o que diabos eu estou fazendo aqui?’. Foi nessa hora que a mamãe gostosíssima me ofereceu uma bebida. Me viu no canto e disse:
- O meu Deus, tadinho de você, isolado aí..
Fiz cara de cachorro sem dono e beicinho =P
- Quer um refri? 
Balancei a cabeça indicando que não me agradava...
- Vem cá que vou te dar uma coisa que vai te alegrar um pouco...
Ao ouvir essas palavras confesso que um filme (pornô) me passou pela cabeça! Ela me agarrou pelo braço e me levou pra cozinha. Lá começou a abrir e fechar todas as portas procurando alguma coisa que parecia importante.
- Ha não ta aqui... já sei onde eu coloquei, espera aqui...
Disse a mamãe gostosíssima com um copo na mão enquanto sumia por uma das portas perto da cozinha. 'Minha gostosa’ resolveu dar o ar de sua maravilhosa graça, com aquele ar típico de mulher ciumenta:
- Então ta gostando da festa?
- To!! Legal o que fizeram aqui... pequeno e aconchegante parece minha cama.
Respondi cinicamente.
- Pois presta atenção se não vai dormir só por um bom tempo.
Ameaçou se afastando quando sua prima gostosíssima apontou na porta do quarto me chamando:
- Vem cá!
Nos conhecemos a menos de meia hora e ela já pronunciava meu nome certinho, chamava por aquelas três primeiras letrinhas de um jeito que só de ouvir já excita.
- Encontrei!
Sorria bradando uma garrafa de um licor como se tivesse sacudindo um troféu! Ri meio sem graça pensando “vixe num vai dar em nada” mas fui logo  fechando a porta e sentando na cama pedindo pra ela abrir pra gente. Encheu o copo que estranhamente carregava consigo sempre (descobri depois da festa que ela era alcoólatra) tomou uma dose (um copo cheio) como se fosse pinga, me serviu, tomei o meu e.. e daí 'minha ciumenta' apareceu na porta dizendo:
- Rápido, tem um meninos brigando aqui, sai lá pra resolver!
Lê-se: desculpa esfarrapada! Foi sua prima sair do quarto ela já entrou batendo a porta atrás dela. Veio logo perguntando o que se passava, se ela tinha cara de trouxa, dizendo que homem é tudo safado, com o dedo na minha cara, pensei que ela fosse me bater e chegou bem perto e disse:
- Quie isso??
Levantei os ombros com ar de dúvida e cara de paisagem:
- Esse cheiro... você tava agarrando ela seu cafa?
Não daria pra argumentar. Com ela nunca dava. Numa discussão então, esquece. Fiz o que pude. Numa guerra a gente usa as armas que tem. Levantei com cara de bravo (até parece) encostei ela na parede e lasquei-lhe aquele beijo. Única maneira de fazê-la calar a boca.
- Que gosto doce é esse? Você tava beijando ela? Esse gosto doce é batom seu safado?
Ela me empurrou com raiva mesmo, tive que puxá-la comigo, caímos na cama e segurando seus braços dei-lhe outro beijo. Dessa vez minha tática fraca não deu certo.
- Não mente pra mim, vai ser a última coisa que vai fazer nessa vida!
Nem sei se estava mais excitado ou com mais medo dela fazer sei la o que. Sem poder falar nada, apontei pra garrafa de licor na cabeceira da cama enquanto ela gritava comigo. Eu dizia que tinha sido só um copo de licor, que era por isso o gosto e o cheiro podia ser do quarto e tal.. Ela não me deixava chegar perto. Parada na janela de costas pra mim, tentei mais uma vez amansar a fera. Era tudo ou nada (operação suicida). Mostrei a garrafa mandando-a sentir o cheiro e o gosto, a prova da minha verdade. Tomou da minha mão sem responder e me olhou com aquela cara de ódio. Não sei porque estranhamente aquele olhar me subiu a cabeça, aquilo mexeu comigo de um jeito que nunca em minha vida tomei alguém tão violentamente. De súbito tirei a garrafa das suas mãos, agarrando-a pela nuca e puxando pra mim. Mordi seu pescoço com tanto tesão que de cara já deixei uma marca. Apalpei sua bunda arrebitada e a as suas volumosas nádegas que tantas vezes admirei. Encostei ela com força contra a parede, beijando sua boca com gosto. Tropeçamos e caímos sobre uma poltrona que ficava ao lado de uma comoda velha. Ela estava sob o peso do meu corpo, de maneira que tudo que separava o contato pele a pele era sua calcinha e minha roupa. Entre nossos beijos, eu passava as mãos por suas coxas que ficavam vermelhas pelos apertões.. minhas mãos subiam por baixo do seu vestido solto e desciam arranhando seu corpo. Ao afastar um pouco meu corpo do dela notei que ela estava inteiramente molhada, me dando mostras de muito tesão, me impregnando com aquele perfume delicioso que apossou o quarto quando as coisas ficaram quentes. Beijava-me com a mesma fome. Me deliciava com o calor e a beleza do seu corpo, através de nossas roupas senti um calor diferente, o tesão do proibido com uma espécie de raiva misturada com que nível de excitação que eu jamais havia provado.. suspirando gostoso no meu ouvido ela abriu minha calça tão rápido quanto eu afastei sua calcinha pro lado.. E ali mesmo nos pegamos.. Em chama nos estávamos..  peguei-a pela cintura com tanta vontade que se fosse uma transa comum com certeza a teria machucado. Pulsando seu corpo contra o meu ela bagunçava meu cabelo arranhando minha nuca.. As mãos que normalmente passeavam em suas pernas acariciando agora apertavam com força, como se fossem bocas, como se pudessem sentir o gosto de cada centímetro do seu corpo, de cada gotícula do nosso suor, massageando seu ego.. Ela estava sentada no meu colo e eu mordendo os seus pequenos seios.. chupando-a como se dependesse do seu gosto pra continuar.. Ela recebia receptiva.. Levantei com ela no colo, tirando vantagem da sua estatura e do seu peso, apoiando-a na comoda ao lado do sofá que por sinal estava vazia.. Percebi que a altura da comoda não nos ajudaria, nos deixava numa posição desconfortável e desfavorável pra uma rapidinha.. Num jogo de corpo, trouxe novamente pra mim e sentado no cama segurei seus quadris e enquanto nos beijamos entusiasmados eu correspondia aos puxões que ela me dava com suas unhas cravadas nas minhas costas.. Nunca a vi tão suplicante por prazer.. Com minhas mãos em seus cabelos eu sentia o calor aumentar.. eu apertava sua nuca com mais e mais tesão e ela rebolava gemendo cada vez mais alto, enquanto minha respiração me dizia que eu estava a beira da morte! Por um momento acredito ter sentido o meu coração parar.. não tenho ideia de quanto tempo passamos assim e nem palavras pra narrar o quão maravilhoso foi aquele gozo.. No fim senti seu corpo de repente ficar gelado, não tínhamos mais forças pra continuar aquela briga. Ela desabara sobre mim e eu ainda estava abraçado nela. Venci suas resistências e como prova de triunfo nos beijamos apaixonadamente..  Embora tivesse que conviver com seus ciúmes, em nossos momentos de tranquilidade ela correspondia com cumplicidade e carinho, tal qual aqueles casais felizes, casados a 6, 8 anos.. Aprendi a admirar detalhes. Tudo o que eu falava, tudo o que dizia sobre o meu dia, ela acompanhava, todas as narrativas, com os olhos brilhantes, um interesse que eu nunca entendia. E aquilo me deixava tão intrigado que quando eu ia embora, mesmo quando não rolava nada no encontro anterior eu contava as horas pra voltar a vê-la.. Quando nos encontrávamos, eu não resistia olhar sua boca sem beijá-la.. Eu te amo.. eram palavras que nunca disse a ela, mesmo não me arrependendo de não as dizer a vontade me passava pela mente em todas as ocasiões, inclusive nos momentos mais íntimos, seja depois de discussões ou depois de noites de exaustão. Ela nunca foi só minha, eu nunca fui totalmente dela, mas por ela sentia um maravilhoso carinho. Acho que era essa atitude cúmplice dela, esse jeito dela de provocar meu juízo. Com ela tudo tinha uma dimensão diferente. Mesmo nosso caso não valendo nada, foi com ela que eu descobri que posso acreditar em finais felizes e todos aqueles blablablas..

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