conto 8

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Não sei qual das noites que passamos juntos eu começo a descrever. As vezes quando a gente termina com alguém se pergunta por que? E ao menos dessa vez comigo não foi diferente. No caso com a Ruiva eu ficava imaginando porque tudo havia acabado, mas sempre recordava que o culpado era simplesmente eu. 

Não tive escolha senão deixá-la, pois não dou certo como apaixonado. Na verdade eu já estava muito envolvido, o que era pra ser uma coisa casual se tornou um relacionamento. Já conhecia suas irmãs, padastro, mãe, irmão, cachorro, filho! Eu já não sabia no que ia dar, achava que ia me magoar. Mas cada um com o seu trauma né! 

Num dia de loucura resolvi acabar com tudo. Mas no começo tinha sido ótimo, como sempre tem que ser! Nós começamos a ficar em janeiro, na semana do meu aniversário, primeira semana do ano, depois um longo período sem contato. No ensino médio, quando estudávamos juntos, tivemos um pequeno caso. E depois de tanto tempo eu a reencontrei. Ou foi ela que me encontrou. Não sei direito. 

Ela já havia se casado, já havia separado e estava solteira à algum tempo. Morando na casa dos pais com seu filho. Eu.. bem, eu estava como sempre. Em casos mal resolvidos e inacabados. 

Em um certo fim de semana, sem muito humor pra sair, a encontrei online, começamos a conversar e combinamos de nos encontrar. Bem, sinceramente eu fiquei curioso e um pouco inseguro também, já que fazia muito tempo que eu não a via. Fiquei imaginando “como será que ela está agora?”… 

Estava linda! Ela não estava diferente de quando a vi pela última vez, pra falar a verdade estava até melhor, mais mulher! Baixinha manhosa com um jeitinho sacana e perturbador.. Estava de casaco e jeans, simples assim! Ela carregava um monte de dvds, nós fomos pra minha casa e não assistimos nem o primeiro filme, diga-se de passagem por atitude toda dela. 

Nossos encontros continuaram até meu acesso de idiotice nos separar. Já fazia um tempo que não transávamos e eu já estava ficando completamente louco e não pensava em outra mulher senão nela. Numa noite durante a aula a saudade e a vontade simplesmente me fizeram procurá-la, afinal dessa vontade ela também compartilhava. Trocamos algumas mensagem pelo celular e ela aceitou me receber. Ainda não sei porque eu achei que ela estaria sozinha em casa. Foi uma pena. Todos estavam em casa. Mesmo assim, devido ao costume que todos já tinham comigo ela me convidou pra dormir lá e eu lógico aceitei. Se ela não convidasse eu me convidaria. 

Não era muito tarde e a mãe dela já tinha ido dormir quando resolvemos ir deitar. Era uma noite quente. No quarto, ela disse que iria tomar um banho antes de dormir, pra relaxar depois do longo dia de trabalho. O filho dela já estava dormindo, no berço ao lado da cama. Vesti uma bermuda que carrego comigo sempre na mochila e deitei. O combinado era apenas pra dormir. Matar a saudade, sei lá, nada demais. Mas quem é que aguenta? 

Uma mulher exuberante, com um corpo magnifico.. Aqueles olhos castanhos, com aquela boca rosada, a pela gostosa que contrastava com a minha.. os cabelos Ruivos harmonizavam com todo resto do corpo de uma maneira que transparecia calor evidente, vivacidade.. O jeito como ela mordia seus lábios carnudos e me olhava me deixa tão louco aponto de algumas vezes querer agarrá-la e quase perder cabeça no meio da rua ou qualquer lugar que a gente estivesse. Seu rosto corava todas as vezes que eu a provocava. 

Sempre que estávamos longe eu não conseguia imaginar ela sem ser abraçada ou agarrada em mim. Era meu número. Nos encaixávamos de todas as formas possíveis e imagináveis, não importa se era no carro, na sala, no meu quarto, no dela ou no motel. Era prazer na certa! Ela dizia que o que a excitava era o meu jeito safado de olhar. Que meu jeito de falar a deixava louca. Ela ficava perfeita usando minha camisa, ou qualquer coisa que eu pudesse ter o prazer de tirar só pra poder nos saciar.. 

Nessa noite a luz do quarto estava apagada e a cortina da janela fechada e a meia luz criava um aspecto gostoso que alimentaria a fantasia de qualquer pessoa. Mesmo com pouca luz dava pra admirar suas curvas maravilhosas onde eu adorava me perder. Ela usava um shortinho curto e uma camisa de alcinhas pra dormir.. Um baby doll singelo, simples, mas pra mim era altamente provocante e instigante!!

Ela deitou ao meu lado e eu a abracei. A sensação do seu corpo gelado que havia acabado de sair do banho no meu que estava fervendo foi intensa.. Estávamos de conchinha como de costume, mas dessa vez era diferente.. O cheiro inesquecível do seu corpo me excitava de tal maneira que ali abraçado com ela comecei a beijar sua nuca.. mordê-la suavemente do jeito que eu sei que ela gosta. A atitude de cumplicidade dos nossos corpos era totalmente sincronizada. Eu a apertava e ela se empinava contra mim.. Eu mordia e ela se contraía. O mistério dos meus dedos deslizando no seu corpo como marés, aos poucos foi lhe tirando o sossego.. Ela se virou e nos beijamos intensamente.. Suas coxas grossas se enrolavam nas minhas como serpentes tentando dar um nó imaginário. Quando percebi eu já estava sem nada. No silêncio da noite tudo que escutávamos era nossos suspiros.. Sentia uma taquicardia suave, temendo que alguém nos ouvisse. Todo o contato, fazia aquele fogo aumentar de tanta vontade.

- Você quer só sentir?

Ela sussurrou no meu ouvido, talvez de propósito pois sabia que me provocaria arrepios.. Não queria perder tempo com palavras e a minha voz quase não saia pelo receio de que alguém nos ouvisse.. 

- Não.. Eu quero mais.. Quero você.. 

Minha voz saiu suspirosa. Naquela noite eu entrei em contradição e me deixei levar pela vontade, corri atrás de tudo o que eu fugia. Só por uma noite.. eu me perdi pra nela me encontrar. 

Retirei-lhe toda roupa.. seus beijos quentes me consumiam.. Ela ficou sobre mim,  mexendo devagar.. Eu me contorcia, queria mais, ir mais forte, mais rápido, mas não podia fazer barulho.. minhas mãos apertavam com força seu corpo maravilhoso, macio e perfumado mostrando o quanto eu a desejava. Ela continuou me prendendo e cavalgando devagar, controlando tudo, já que sabia o quanto eu sou exagerado. Em certo ponto não aguentei me segurar mais, puxei ela pra mim abraçando ela pelo meio e deixando ela empinada pra dar mais espaço aos meus movimentos. Comecei bem mas o exagero do tesão e o atrito dos nossos corpos me fez fazer barulho, ela acabou batendo a cabeça na parede parede essa que separa o quarto dela e dos seus pais. Ela me fez parar. Deitou novamente e ali de ladinho, nua e empinada pra mim continuamos, abraçados, suspirando baixo, sussurrando como amantes, nos provando e provocando. Nos embalamos noite a dentro num sexo safado e silencioso.. Pedidos de prazer aos sussurros.. Gemidos abafados e suspiros que nos incriminavam . Acho que todo mundo nos escutou mas só ela sabia o que realmente acontecia. Repetimos a dose quantas vezes conseguimos durante aquela mesma noite. Ao amanhecer ouvi o barulho do portão e percebi que estávamos quase sós, não fosse o filho dela, que ainda dormia. 

Ouvir o barulho do portão foi como ouvir um tiro de largada! Ela dormia com a cabeça no meu peito, nua, me envolvia com suas pernas.. maravilhosa! A acordei aos beijos pra continuar a maratona a que tínhamos nos rendido. Pus ela deitada na cama e segurei suas pernas contra meu peito. Havia sido uma noite farta mas eu ainda não estava saciado. Segurei sua cintura perfeita e vi ela se agarrar no cobertor.. Seus joelhos estavam dobrados e eu apertava ela contra mim, aumentando a velocidade e a força fazendo ela gemer alto o que me deixava completamente descontrolado! Me deitei e ela sobre mim me beijava e me atiçava, quando nossos corpos já cansados nos levavam a tremenda loucura.. minhas mãos se fixaram nas suas nádegas abundantes e faziam ela subir e descer com toda força que ainda me restava pra satisfazer o nosso tesão.. nossos corpos estavam presos num abraço sólido e pulsante de braços e pernas, agitando sem descanso.. sem vergonha de mostrar o prazer em si.. enfim o orgasmo eminente chegou! 

Quando me dei conta percebi que já estava atrasado e que ainda tinha que ir em casa antes de sair pro trabalho. Haviámos passado a noite quase toda em claro, mas tinha sido por um bom motivo.. É uma pena que tenha sido nossa última noite. 

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