Louis e eu seguimos todo o percurso até a minha casa em silêncio. Minhas mãos ainda estavam tremendo. Meus pensamentos ainda estavam sendo ocupados pela cena que eu vi na casa do Trevis.
- Você tem certeza que está bem?- Ele me perguntou assim que parei em frente a minha casa.- Estou. Na verdade não, mas eu só preciso de uma boa noite de sono. Obrigado pela preocupação.
- Não foi nada. Você é meu amigo, e amigos ajudam um ao outro.
- De qualquer, obrigado e desculpa pela cena que eu fiz.
- Vamos esquecer isso.- Saí do carro.- Até amanhã na escola.- Ele disse e saiu.
Ainda podia sentir minhas mãos frias, mas apressei os passos e entrei em casa.
Acendi a luz da sala e segui para o andar de cima.
Entrei no meu quarto e acendi a luz também.Entrei no banho para tentar esquecer o ocorrido. Me sequei e deitei. Estava exausto por conta do noite que tive.
Não demorou muito e logo consegui dormir.Minha casa estava deserta. Sem móveis e sem ninguém além de mim. Começei a vasculhar o local com o olhar, em busca de algo que pudesse me explicar o que se passava ali.
De repente vi um vulto passar no andar de cima. Estremeci um pouco, mas ainda assim tive coragem para subir e procurar.
Quando cheguei no andar de cima, o vulto pareceu entrar no meu quarto. Andei um pouco desconfiado e com medo, mas ainda assim, prossegui.
Abri a porta devagar e vi uma pessoa de preto e capuz sentada na cadeira da minha escrivaninha. Meu coração pareceu parar por alguns segundos. Era a morte.
Dei um grito bem alto e de repente acordei. Felizmente era um sonho.
Sentei de uma vez na cama e olhei para a cadeira da escrivaninha, e lá estava ela, a morte. Novamente voltei a gritar e mais uma vez senti que era um sonho.Me mexi na cama e acordei. Dessa vez acordei de verdade, não era um sonho. Olhei as horas e já passava das quatro da manhã. Desde que cheguei da festa não paro de pensar no ocorrido.
Ainda com medo, olhei para a cadeira da escrivaninha, e felizmente não havia nada lá. Suspirei de alívio por de fato ter sido um sonho.
Quando me deitei novamente e olhei para a porta, vi ela. A menina que morreu na festa.
- Não!- Gritei alto. Minha pulsação acelerou. Mesmo eu tendo gritando, ela continou lá me olhando.- Sai daqui!- Gritei mais uma vez.- Sai daqui!Assim que gritei pela última vez, meu pai e minha mãe entraram no meu quarto. A menina não estava mais lá. Estava tremendo.
- O que aconteceu?- Minha mãe perguntou sentando na cama.- Foi só um pesadelo.- Dizer a verdade não adiantaria, meus pais nunca acreditariam que estou vendo uma pessoa que já morreu. Na verdade nem eu estou acreditando.
- Tem certeza que está tudo bem?- Meu pai perguntou.- Você está pálido.
- Foi um terrível pesadelo. Só isso.
- Você vai ficar bem?- Letícia perguntou.
- Acho que sim. Só foi muito ruim mesmo. Foi tão real.- Nick entrou no meu quarto com uma cara de sono.
- O que está havendo aqui?- Ele perguntou.- Eu ouvi gritos.
- Foi só seu irmão que teve um pesadelo. Nada demais. Pode voltar a dormir querido.- Nossa mãe falou.
- Pesadelo? Você está bem?- Ele perguntou entrando mais no quarto.
- Vou ficar.
- Se você quiser eu posso dormir com você.
- Não precisa.
- Tudo bem.- Meus pais e eles começaram a se encaminhar para a saída.- Acho que eu vou querer.- Disse mudando de ideia. Eles pararam.
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Me apaixonei por um Vampiro (História Gay)
VampireKen Kern, com apenas dezessete anos, corpo magro contrastando com sua pele branca e cabelos negros, com olhos tão verdes que assemelham-se a esmeraldas, mergulha de cabeça num mundo completamente incomum. Vive com seus pais e irmãos mais novos, e te...