POV Ken
Meu caminhar estava lento, por conta da fraqueza que dominava meu corpo. Passei muitas horas sem comer ou beber água. Daenerys e Tiffany me deixaram, e assim que consegui, saí do círculo em que estava preso. A escada era pequena, mas me cansou de uma forma que eu nunca imaginei ser possível. Com esforço sobre-humano, abri a grande e pesada porta de aço, que fechava a caldeira.
Não sabia que a escola tinha um lugar assim. Andei cambaleante, e segurava a parede para não cair. Subi a escada com o pouco mais de pressa. Não tinha ideia de que horas eram, mas com certeza, já era bem tarde.
Finalmente cheguei ao andar que fica a sala da diretoria da escola. Segui em silêncio pelo corredor. Não tinha ninguém. Cheguei até o portão de saída, e demorei a encontrar a fechadura para abri-lo.
Do lado de fora, tudo estava mais calmo ainda. Ainda não tinha visto a cidade, essa hora da noite. Nenhum carro, ou ser andava por ali além de mim. Parei no estacionamento, e me odiei por não ter nenhum celular comigo. Minha casa ficava uns dez minutos a pés da escola. Toda essa caminhada seria demais para o meu estado.
Mas eu não tinha opção. Comecei a andar, e à medida que fazia isso, tentava ter mais forças para continuar.
♠ ♦ ♠
Faltava bem menos para chegar a minha casa. Umas cinco casas, acho. A pouca claridade da rua, em outras circunstâncias, me deixaria com um pouco de medo. Fui me aproximando e senti meu corpo esfriar.
Um pequeno sorriso de felicidade nasceu em mim quando bati à porta. Ainda sentia meu pescoço dolorido depois que Louis o quebrou. Bati mais uma vez, e forcei a porta, mas ela não abriu. Dei socos mais fortes, e encostei minha testa na porta. Senti meus olhos fecharem, quando a porta se abriu. Senti meu corpo ir para frente, e se não fosse por meu pai me segurar do lado de dentro, eu cairia de frente, com o rosto no chão.
— Pai! — Disse em um pequeno sussurro, e fechei os olhos.
POV Lewy
Não passei mais mal durante a noite. Minha mãe conseguiu dormir depois que constatou que eu estava em boas condições. Minha temperatura voltou ao normal, e com relutância, eu apaguei por algumas horas. Não foi o suficiente para me deixar com total disposição, mas tive que levantar cedo. Nós tivemos que levantar cedo para ir atrás da bruxa que Trevis nos falou.
Minha mãe entrou antes de mim no banheiro, e eu abri a pequena mochila que trouxe com algumas roupas. Tirei de dentro dela, uma calça preta, uma camisa branca, e uma jaqueta preta. Lindsey saiu pronta do banheiro. Usava uma calça branca, e uma blusa clara, um pouco folgada ao corpo.
Entrei no banho, e não demorei muito. Assim como ela, saí vestido e pronto para ir a qualquer lugar. Quando voltei ao quarto, minha mãe falava ao telefone com alguém. Eu não a escutava, já que ela estava na varanda. Sentei na cama, e a observava fazer gestos com a mão, e sinais de concordância com a cabeça.
Havia um copo com água em cima da escrivaninha do quarto. Eu me sinto completamente inútil, por não conseguir manejar magia. Fitei a água dentro do copo por muito tempo, e uma molécula, não muito grande, começou a flutuar. Um largo sorriso nasceu em mim.
— Ken já está em... — A voz da minha mãe entrou no quarto, mas eu não a olhei. Estava feliz demais por conseguir fazer aquilo. — Você já sabe. — Ela disse, e eu fiz a molécula voltar para seu lugar.
— Meus poderes voltaram. — Falei a olhando.
— Ken já apareceu. — Ela informou.
— Ele está bem?
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Me apaixonei por um Vampiro (História Gay)
VampireKen Kern, com apenas dezessete anos, corpo magro contrastando com sua pele branca e cabelos negros, com olhos tão verdes que assemelham-se a esmeraldas, mergulha de cabeça num mundo completamente incomum. Vive com seus pais e irmãos mais novos, e te...