Capítulo 16

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POV Ken

Minhas pálpebras se separaram, e eu voltei aos meus sentidos. Continuava sentado na cadeira, mas agora uma corda bem grossa, prendia meu corpo a ela. Forcei por alguns minutos a corda, tentando me soltar.

- Não gaste suas energias à toa. - Louis disse e apareceu à minha frente. - Eu as prendi bem.

- Eu não sei o que querem de mim, mas... Eu não tenho nada. O meu único erro foi tirar sua mãe daquele lugar.

- Esse seu único erro, foi o maior erro da sua vida. Acha mesmo que as coisas vão voltar a ser como antes em sua vida? Tudo mudou Ken.

- Você me levou àquele lugar. Você se passou por um menino triste e que tinha saudades da mãe. Eu fui um grande imbecil.

- Não se culpe por isso. - Todas as luzes estavam acesas e eu conseguia ver bem as coisas. - Bom... Pelo menos não tanto. - Ele deu um meio sorriso.

- Desde que momento as coisas viraram um jogo? - Eu de fato queria saber a verdade. Talvez sabendo de tudo, eu consiga somente odiá-lo.

- Quer mesmo saber? - Ele puxou outra cadeira, que estava ao seu lado, e sentou.

- Quero sim. Conhecendo como se sente a respeito disso, talvez eu possa enxergar que você não tem jeito. - Ele hesitou por alguns instantes, mas prosseguiu.

- Voltamos a essa cidade depois de muitos anos procurando por alguém capaz de dizer onde a chave estava. Com muito esforço, encontramos alguém capaz.

- Se refere àquela bruxa que mora com vocês?

- Ela mesma. Mas não pense que ela quis fazer tudo o que já fez por livre e espontânea vontade. Tivemos que chegar ao ponto fraco dela. Bruxos são bem resistentes a vampiros, mas nós não somos qualquer tipo de vampiro. Nós somos Os Primeiros. Os Primeiros vampiros criados nesse mundo. Todos os outros descendem de nós. - Ele levantou. - Chegamos aqui, e ficamos um tanto perdidos. Passamos quase uma semana para encontrar você. Sabe o vulto que você viu quando saiu àquela noite para dar uma volta? Era eu. Eu também fui até sua varanda. Fiquei analisando você por um tempo. Meu pai arrumou um emprego naquela escola uma semana antes de nós entrarmos lá. - Me lembrei das vezes que tive a sensação de estar sendo seguido. - O plano inicial era que Lanna ficasse com você, mas encontramos seus amigos naquela festa, e aquela era a melhor maneira de nos aproximarmos.

- Nada foi real mesmo? - Indaguei em tom quase inaudível.

- Você ficou estarrecido quando entrei na sala. Me olhou de um jeito que ninguém nunca me olhou. E de um jeito que um hétero jamais olharia para outro garoto. Vi ali, a oportunidade perfeita para sermos íntimos.

- Você ao menos é gay?

- Sou. - Ele sentou novamente.

- Pelo menos uma verdade.

- Levei você ao cemitério, porque um bruxo da sua linhagem prendeu minha mãe naquele lugar. E só um bruxo com o mesmo sangue, poderia libertá-la. Quando chegamos à tumba, e eu não a via. Somente você conseguia, e foi por isso que eu fiz com que você fosse à frente.

- Eu achei que você estivesse sofrendo Louis. Por que fez isso comigo?

- Não é nada pessoal, eu sei que você não tem culpa de ser a chave.

- Que chave? Do que você está falando?

- Daenerys vai explicar a você na hora certa. - Ele passou uma das mãos nos cabelos. - O seu sangue sobre o caixão, foi o que fez com que minha mãe, pudesse ter domínio sobre sua mente.

Me apaixonei por um Vampiro (História Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora