Estacionei o carro e olhei para o meu braço. Ainda estava enrolado com a atadura e não estava mais tão dolorido como pela manhã.
Ainda no carro, eu vi Alice e sua turma parados em frente à nossa casa. Suspirei algumas vezes, e profundamente. Assim que desci do carro, meus pais chegaram com o carro deles.
Alice, Zack, Jerry e Anny, estavam fumando e bebendo.Do lugar que eu estava, conseguia ouvir perfeitamente os passos ligeiros da minha mãe em direção à Alice e seus amigos revoltados.
- Por que você insiste em fazer essas coisas?- Letícia disse com um pouco de raiva na voz.- Entre Alice.- Fernando disse. Ela olhou para seus amigos.
- Não.- Ela disse.
Me aproximei deles.
- Veio prestigiar a briga?- Ela disparou contra mim.
- Não. Eu... É melhor deixar ela aí.- Disse para os meus pais.
- Você tem razão.- Fernando disse.
- Claro que tem. Ele sempre tem razão.
- Não vamos começar com isso de novo.- Letícia disse.- Se quiser ficar com seus amigos, tudo bem. De uma forma ou de outra, nós teremos que conversar.
- Depois.- Ela tomou o último gole da cerveja.
- Eu me pergunto todos os dias onde eu errei com você.- Minha mãe estava quase chorando.- Você acha isso tudo maravilhoso agora, mas as responsabilidades virão e você terá que arcar com elas. Não vai ter como fugir.
- Eu vou encontrar um jeito de fugir.- Eles entraram no carro e saíram em disparada. Todos bêbados.
- Eles estão todos bêbados. Podem sofrer um acidente.- Minha mãe disse.
Assim que ela terminou de falar, meu pai segurou a mão dela e os dois ficaram olhando o carro por um tempo.
- Vamos entrar?- Disse um pouco constragindo por aquela cena de afeto.Nick estava deitado no sofá. Sem camisa. Seu corpo era magrelo, assim como o meu.
- O que você fez de produtivo hoje?- Meu pai perguntou a ele.-- Nada.- Ele mostrou indiferença.-
Minha mãe entrou na cozinha e eu a segui, deixando Nick e Fernando "conversando".
- Como está o machucado filho?- Ainda não vi depois que você colocou a faixa.
- Não foi tão profundo. Mas é melhor você tirar amanhã, depois da escola.
- Você é a médica.- Nós rimos. O silêncio prevaleceu por alguns longos minutos. Ela preparava alguma coisa e eu estava olhando para a mesa.- Talvez eles estejam certos.
- Oi?!- Ela não estava entendendo.
- Alice e Nick. Acho que eles estão certos.- Ela sentou na cadeira a minha frente.- Fernando e você pegam muito leve comigo. Alice está certa quando disse que é um erro eu namorar várias meninas.
- Não ligue para ela.- Está vendo. Você continua pegando leve.- Olhei para o lado.- Ela disse o que eu fiz para ajudar Tiffany e Lewy a saírem da escola e vocês não fizeram nada. Por quê? Por que tratam eles diferente de mim?
- Nós não fazemos isso. Você apronta raríssimas vezes. Podemos relevar. Mas eles não, aprontam sempre. E sempre, é demais.
- Briguem comigo quando eu aprontar. Eu não quero ser odiado pelos meus irmãos. Vocês são a minha família. Tudo bem, eu tenho a Tiffany e o Lewy, mas eu quero ter eles como amigos. Por favor, por mais que seja uma coisa fútil, briguem comigo. Mas briguem para valer, da mesma forma que vocês fazem com eles.- Lágrimas saíram dos meus olhos.- Eu amo eles mãe e quero que eles me amem também.
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Me apaixonei por um Vampiro (História Gay)
VampirosKen Kern, com apenas dezessete anos, corpo magro contrastando com sua pele branca e cabelos negros, com olhos tão verdes que assemelham-se a esmeraldas, mergulha de cabeça num mundo completamente incomum. Vive com seus pais e irmãos mais novos, e te...