Capítulo 1 - Pietro Vargas

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Sete meses atrás...

Eu não ia para aquela festa, mas sexta-feira com feriado só combinava com uma boa saída com os amigos, bebidas e mulheres.

O final da tarde já estava se aproximando, Mateus e Jorge, meus companheiros de festas depois que Tiago casou, já estavam lá aos beijos, eu já tinha beijado algumas, mas precisava de algo mais.

Estava sentado na beira da piscina, passava os olhos por todas as mulheres, identificava as assanhadas e as santinhas, mas queria uma daquelas que enlouquece e mexe com a minha imaginação.

Senti alguém sentar ao meu lado. Virei curioso e meus olhos encontraram com aquela paisagem de mulher, ela era branca, com os cabelos loiros soltos, os lábios finos e um sorriso encantador. Olhei todo o conjunto e tive certeza que a queria naquela noite.

- Em que posso ajudá-la? – perguntei sugestivo com um sorriso desses que as mulheres entendem o nosso recado.

- Estou precisando apenas de uma companhia para conversar.

- Acabou de encontrar – me aproximei um pouco mais – Pietro Vargas – sorri.

- Rafaela.

Conversamos um pouco na beira da piscina, a noite começou a dar as caras e resolvemos vestir nossa roupa e marcamos de nos encontrar no Bar do hotel, um pouco longe de toda a festa.

Cheguei mais cedo e fiquei sentado olhando o movimento, estava respondendo a um e-mail de Tiago, quando o perfume à base de madeira chamou minha atenção, virei rapidamente e encontrei com Rafaela que estava em pé, esperando meu convite para sentar. Apontei e ela sentou.

- Demorei muito? – ela arrumou todo o cabelo sobre o ombro direito.

- O suficiente para eu resolver alguns assuntos.

Naquela mesa, tomamos alguns drinks e ela me contou de todos os dramas familiares e pessoais. Mas, a cada hora tinha mais certeza que poderia fazê-la esquecer de tudo aquilo, estava esperando o momento certo e não queria de jeito nenhum levá-la dali completamente bêbada.

Ela já estava entrando no estado das risadas sem motivo, isso não era um bom sinal, se continuasse iria perder toda a diversão daquela noite. Assim que ela tentou levar o copo de bebida a boca, impedi pousando meu dedo indicador sobre seus lábios finos e ela me olhou com uma cara de reprovação.

- Acho que já chega – comentei da melhor forma, não queria perdê-la naquela noite.

- Mas, eu nem comecei a me divertir.

- Podemos nos divertir e aproveitar a noite melhor em outro lugar – falei sugestivo, tentando não afastá-la.

Ela sorriu e mordeu os lábios, era o que precisava como resposta. Chamei o garçom, paguei as bebidas, encontrei com Mateus e Jorge só para avisar que estava indo me divertir com aquele lindo brinquedo novo. Antes que me entenda mal, não em refiro a Rafaela como brinquedo por querer aprontar com ela, mas porque sabe a emoção de uma criança quando ela passa os olhos em uma vitrine e cisma com um brinquedo e quando ganha só quer brincar, é desse tipo de brinquedo que me refiro.

Onde eu estava... Ah, então descemos para o estacionamento, precisava pegar meu carro. Rafaela era o tipo de mulher séria, mas o que uma bebida não fazia, ela segurava minhas costas, beijava meus pescoço e sussurrava palavras ao meu ouvido, me deixando louco, até o local onde meu carro estava já tinha esquecido.

Agarrei-a pela cintura e a encostei na parede, seus lábios se curvaram para mim e colei o meu ao dela, um beijo quente, enquanto que minha mão percorria suas curvas e descia em busca da baia do vestido dela, poderíamos fazer tudo naquele lugar, porque naquele momento minha cabeça só pedia uma coisa.

Rendidos de Amor 1Onde histórias criam vida. Descubra agora