Rendidos de Amor 1

Capítulo 33 - Pietro Vargas

Agora eu tinha aquele papel tão precioso nas mãos, quase mandei plastificar para não perdê-lo por nada. Sentado no carro, olhava aquela letra e aquele número, tudo que precisava para mudar a minha história e a de Magda. Mas, agora tinha mais um problema nas mãos, queria entender o envolvimento que existira entre Robson e Vinícius, e porque ele tinha me ajudado, se era amigo dele. Mesmo com todas as dúvidas daria o primeiro passo para mudar a minha história.

Disquei os números e esperei que ela atendesse, ansioso por nossa conversa.

- Alô? - a voz feminina que eu conhecia atendeu.

- Jú? - perguntei.

- Ela mesma, quem gostaria?

- Aqui é Pietro Vargas - ouve um silêncio do outro lado da linha.

- O que você quer? Como conseguiu meu número?

- Digamos que temos negócios para tratar, tivemos uma noite e você recebeu algo por isso, estou disposto a pagar o dobro, triplo ou quanto você desejar. Cinco mil reais estaria bom?

- Não estou entendendo sua conversa.

- Jú, eu vou estar te esperando amanhã em minha casa, se você estiver disposta, o dinheiro estará lá.

- Quem você pensa que é?

- Pietro Vargas Albuquerque, e meu recado já foi dado - desliguei o celular, precisava que ela ficasse na dúvida, mas o valor  a atrairia, esperaria ela na noite seguinte e tinha certeza que ela viria.

Segui para casa e por um momento achei que tinha visto Magda na rua, isso que dava ficar pensando nela, me joguei na cama em casa e fiquei lembrando de cada detalhe que tivemos naquela cama.

As horas passaram depressa, a noite foi tranquila e na manhã seguinte, adiante uns contratos e visitei alguns projetos que estavam sendo realizados, precisava chegar em casa e aguardar por Jú.

Tomei banho, arrumei os dreads, vesti uma bermuda, coloquei uma camiseta branca, passei perfume sentei no sofá. Na cozinha, tinha deixado uma pizza e uma boa quantidade de cervejas e drinks disponíveis.

Ouvi duas batidas na porta e meu coração saltou, caminhei até a porta, escolhendo o melhor sorriso e aquele olhar que deixava as mulheres de queixo caído. Respirei e abri a porta, ela estava lá, como tinha na minha lembrança, uma linda ruiva com uma blusa branca, uma saia azul de cintura alta e um salto. Ela sorriu e deixei-a entrar. Agora ela estava em meu campo de batalha, e era minha vez de agir.

- Pietro Vargas - ela sorriu.

- Jú - sorri de volta.

- Então, acho que não vim aqui para nenhum joguinho - ela cruzou os braços.

- Vamos conversar um você, você poderia se sentar e ficar a vontade - apontei o sofá.

- Ah, não estou aqui de brincadeira - ela falou séria, se sentando.

- Aceita alguma bebida?

- Não - respondeu friamente, sem nenhuma animação.

- Dessa vez não terá nada - avisei zombeteiro.

Peguei dois copos e coloquei a bebida, ofereci um copo a ela, mas ela só bebeu depois de tocar o copo dela pelo meu. Sorri, sentando no braço do sofá.

- Falamos de cinco mil reais - ela falou, passando a língua na borda do copo.

- Dois mil e quinhentos reais agora - entreguei o pacote que estava na mesa - e o restante quando souber o que eu preciso - ela olhou o envelope, depois de conferir o valor, sorriu.