Capítulo 25

403 24 0
                                    

Lissa Dragomir

Quando eu achava que nada de mais louco pudesse acontecer desde que por um acaso virei a Rainha do mundo Moroi para salvar a minha melhor amiga de ser sentenciada à morte por um crime que ela não cometeu, aí bem, a minha magia desaparece e nesse intervalo louco de tempo aparece um cara do nada - um usuário do Espírito - e diz que todos os usuários a perdem por um tempo para depois voltar mais forte e que eu precisaria usar uma pedra, não qualquer pedra, mas uma pedra mágica que foi criada e manuseada pelos primeiros usuários do Espírito. A Fluorita.
Como a Rose diz: "coisas loucas e anormais nos definem, nos perseguem"; E depois de tantas coisas anormais acontecerem e estarem acontecendo eu não duvidava mais nem um pouco disso. Já tinha se passado um mês desde que o Harry Benson havia sido encontrado nas redondezas da Corte e que tivera a conversa comigo sobre o Espírito. Ele ainda continuava por aqui, dei a ele um quarto na ala de visitantes Moroi, ainda não sabia se ele iria embora ou se continuaria; Mas eu torcia para que ele permanecesse; pois estava me ajudando bastante com assuntos relacionados ao Espírito que eu mesma ainda desconhecia. Até agora.
Ele também me contou muito ao seu respeito, Benson sempre teve conhecimentos sobre o Espírito, desde muito pequeno já sabia sobre a respeito da sua magia. Segundo ele, o seu pai também era um usuário, o que o tornava raro, pois nunca ouvir casos em que na mesma família pudessem ter outros com esta mesma magia.
Depois de vários assuntos comentados ele me mostrou a Fluorita, e por Deus, era uma pedra linda, em um maranhado de cores: branco, púrpura, vermelho e azul. E o mais surpreendente era que mesmo antes de tocá-la, eu podia sentir a magia fluindo. E quando a toquei foi uma das melhores sensações que já sentir desde as inúmeras vezes que já utilizei da minha magia, eu conseguia sentir uma força sobrenatural, mas era uma força pura e doce, carregada de paz e me surtia uma vontade de fazer tudo a minha volta se florescer. Senti-me completa, como se de alguma forma estivesse faltando algo a mais dentro de mim; e de fato estava, essa sensação de magia viva fluindo por todo o meu corpo e as minhas entranhas.
Quando abri os meus olhos encontrei um Benson com um sorriso enorme, como se ele fosse capaz de sentir o quê eu estava sentindo naquele momento.

- Me diga. - sua voz soou entusiasmada- É  incrível não é mesmo?

- Se é incrível? - perguntei atônita - É simplesmente maravilhoso. Eu me sinto diferente, me sinto...

- Completa. - completou Benson. - Também me sentir assim quando a toquei pela primeira vez.

- Isso é surpreendente. - falei afinal.

Desde o dia em que toquei a Fluorita pela primeira vez me senti cada vez mais perto da minha magia; uma vez ou outra eu conseguia ver a aura das pessoas, e algumas pequenas fisgadas vindo do Espírito. Eu sabia que ela logo iria voltar de uma vez.

Eu estava extremamente feliz, porque hoje seria o dia em quê a Jill retornaria uma vez depois que eu já tinha resolvido a questão sobre o Quórum, Jillian já poderia voltar para a Corte sem precisar nos preocupar com o quê poderia acontecer de ruim.

Terminara de me arrumar quando alguém bateu na porta, olhando mais uma vez para o meu reflexo no espelho decido  abri-la. Deparo-me com Christian com um punho fechado prestes a bater novamente à porta, ele desce devagar o seu braço ao lado do seu corpo e sorri para mim graciosamente, ele me envolve com os braços e beija suavemente os meus lábios.

- Uau - sibilou - Você está como um anjo.

Eu ri. - Obrigada, e você não está nada mal. - eu digo - fica charmoso em ternos.

Rapidamente levo minhas mãos à sua gravata ajeitando-a, o que eu imagino que ele tenha deixado propositadamente desarrumada. - Só deve aprender a usar corretamente uma gravata. Apenas isso. - digo dando um selinho em seus lábios.

- Eu a deixo desse jeito apenas com o intuito de você ajeitá-la. - ele respondeu. - Eu gosto disso. Agora vamos, parece que a chave de cadeia já está novamente em terra sagrada.

(...)

Recebi um aviso de que a Jill estava na minha sala aguardando por mim, me sentia extremamente ansiosa por revê-la, meu coração estava um misto de sentimentos: saudades, confusão, alegria, preocupação. A única coisa que eu queria era poder proteger a minha irmã da mesma forma que a Rose me protegia, eu precisava cuidar dela, porque ela era a única família que me restara.
Christian segurava em minha mão em uma tentativa de me manter calma, estávamos atravessando o longo corredor que dava para minha sala, apressei os passos e em questão de segundos já me encontrava no recinto. E lá estava ela, a minha irmã caçula com os seus costumeiros olhos arregalados e os seus cabelos esvoaçados.

- Hey Lissa. - ela disse saltitando em minha direção.

Antes mesmo de eu poder responder ela já estava com os seus longínquos braços ao meu redor, me prendendo em um abraço caloroso e repleto de afeto.

- Hey Jill. - disse eu.

Além da escuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora