25 - Parte 2

359 24 0
                                    


Acordei em um sobressalto, estava ofegante e suando bastante. Passei a mão na testa e olhei para minha mão coberta de suor tentando me lembrar porque eu acordara assim. Então me lembrei do pesadelo que tive; da época do acidente de carro com a minha família e Rose, mas dessa vez o Christian também estava, e ele estava com vários hematomas e parecia morto. No pesadelo fiquei desesperada chamando pelo seu nome e foi quando me lembrei que deveria usar minha magia para traze-ló de volta, e assim o fiz. Coloquei as minhas mãos entre seu rosto e me permiti liberar a magia dentro de mim, o Espírito começou a fluir de mim para ele, e aos poucos Christian foi voltando a vida. Ele abriu os seus olhos e pude ver o azul gélido que eram eles e que estavam cheios de vida. E então o pesadelo havia acabado.
Aos poucos fui tranquilizando a minha respiração e passei a coberta no rosto tentando me livrar do suor. Já estava de noite para o mundo humano, e para o meu mundo significava que já era manhã. Levantei da cama e fui para o meu espaçoso banheiro para me lavar. Fui direto para a banheira liga-lá. Abrir a torneira e apanhei com as mãos um pouco de água e levei direto ao rosto para que eu me despertasse de uma vez. Logo tirei a camisola que estava e entrei na banheira me permitindo relaxar com o contato da água quente à minha pele.

(...)

Depois que eu saí do meu quarto fui direto para a ala de fornecedores. Eu nunca tinha ido até eles, pois eles sempre vinham até mim. Mas desta vez decidir que seria melhor ir até lá. Quando cheguei ao local nem precisei esperar, fui redirecionada para uma sala particular e lá estava o meu sangue fresco direto de um pescoço humano. Sentei perto do meu fornecedor e passei os dedos por a sua pele sentindo a sensação do sangue do garoto fluir dentro dele. Mostrei as minhas presas e mordi o seu pescoço rasgando-lhe a pele, ele soltou um gemido pelo prazer que as endorfinas lhe proporcionavam. Eu estava com muita fome, ontem não tinha me alimetado; Mas eu sabia que não podia ultrapassar, porque assim o mataria. Logo terminei de lhe sugar o sangue e limpei os meus lábios. Acenei com a cabeça em forma de agradecimento para o homem que levaria o garoto de volta aos seus aposentos e me encaminhei para fora da ala.
Hoje era o aniversário da Rose, os seus 19 anos. Eu sabia que ela não queria nada que significasse algum tipo de comemoração, mas mesmo assim eu iria fazer. Ontem mesmo eu a tinha dispensado das suas rondas e da sua proteção a mim, dizendo que ela deveria descansar. Cabeça dura do jeito que Rose é recusou de imediato, mas eu por fim a convenci. Desde ontem eu já estava planejando algo para ela, não iria deixar de forma alguma o aniversário da minha melhor amiga passar despercebido. Eu tinha entrado em contato com Janine Hathaway, e ela confirmou que estaria aqui hoje e disse que traria Abe Mazur consigo. Rose iria ficar bastante animada, pois já fazia alguns meses que ela não via os seus pais.

Além da escuridãoOnde histórias criam vida. Descubra agora