Dimitri Belikov
Desde quando a princesa - que agora é a Rainha - Vasilisa Dragomir, me salvou, trouxe a minha essência e a minha alma de volta, me curou com o seu poder - o Espírito - de um ser maléfico Strigoi para o meu eu, um dhampir, eu aprendi muita coisa, e antes que já valorizava tudo ao meu redor, passei a valorizar ainda mais a vida, e as pessoas que eram importantes pra mim. E a principal delas era a minha doce e sagaz Rose Hathaway, à minha destemida Roza. Que foi e continua sendo o meu milagre maior, ela me ajudou tanto a me adaptar novamente ao mundo, sempre me erguendo quando eu caia, enxugando as minhas lágrimas quando algumas delas derramaram. Ela me ensinara tanto, e que acima de tudo para eu continuar a amando e amando a mim mesmo, eu teria que me auto-perdoar, e assim eu fiz, por ela, por mim e por nós. Já fazia um ano e meio que eu tinha conhecido Rose, um ano e meio que eu estava perdidamente apaixonado, um ano e meio que eu estava a amando incontrolavelmente. Nós assumimos o nosso relacionamento para todos, alguns ficaram chocados e outros notaram como se já soubessem, e eu acho que já sabiam mesmo. Por causa do nosso compromisso com a Rainha - Lissa - quase não ficávamos juntos, algumas vezes ficávamos no mesmo período de plantão e em outras não. Alguns dias eu nem a via, muito dificilmente isso ocorria, mas mesmo assim.
Minha familia, principalmente minha avó Yeva, insistia em me dizer que quando eu encontrasse a pessoa certa, quando encontrasse alguém eu amasse e confiasse, e assim fosse correspondido, que demonstrasse o meu amor sempre permanecendo junto, e que por fim formasse uma família. Mesmo que fosse impossível que dhampir com dhampir terem filhos eu não deixava de pensar em ter uma família com Rose, sei que talvez ainda estivesse cedo, mas eu a amava tanto que queria que ela entendesse de todas as formas. Como só fazia alguns meses que estávamos morando na Corte, ainda estávamos alojados na ala de guardiões. Mas eu queria um lugar que fosse somente da Rose e meu, uma casa nossa . E eu já tinha conversado com Vasilisa, e sem dúvidas ela tinha concordado e pediu que eu escolhesse, - ela concordou em manter segredo - eu já tinha cuidado de tudo, quer dizer quase. Uma amiga minha da Rússia, a Natália estava aqui - na Corte- e eu iria pedir a ajuda dela para poder finalizar algumas coisas. Hoje ela viria aqui, e eu iria aproveitar enquanto Rose ainda estivesse com a Lissa, para conversar com ela.(...)
Tinha marcado com a Natália daqui a uma hora, eu tinha tomado um banho e estava deitado ao sofá do meu quarto lendo um dos meus livros preferidos de faroeste, mas uma leve batida à porta me fez assustar. Fechei o meu livro e me levantei, fui até a porta e a abrir. Natália estava parada sorrindo, ainda faltava muito para ela poder está aqui, mas pude notar que ela continuava como antes, sempre chegando adiantada.
- Dimka - como se não fosse possível o seu sorriso se abriu mais ainda e ela veio para me abraçar, ela era uma das poucas amigas em quem eu confiava e ainda mantinha contato, éramos amigos desde quando estudavamos na Academia da Rússia.
A abracei, e depois a soltei e dei uma boa olhada nela, sim, ela era bonita, mas não me atraia, não sentia nada por outra mulher que não fosse a minha Roza.- Você não está nada mal, hein? Até parece que os seus 1,8m de antes se multiplicou. - ela disse.
- E você - eu comecei a falar - continua sendo a mesma... Não sei, a mesma de sempre. Sério, parece que não mudou nada.
- Ah, fala sério. Mudei e muito. Pra melhor, é claro.
Comecei a sorrir e ela também não se segurou, pedi para que ela entrasse e a mandei sentar no sofá, me sentei em uma poltrona de frente pra ela. Começamos uma longa conversa sobre as nossas vidas, o que tínhamos feito quando não víamos um ao outro e quais eram os nossos planos para adiante, e por fim falei de Rose, e sobre como me sentia em relação a ela. Natália ficou muito impressionada, ela sempre me falava que não existia mulher alguma no mundo que fizesse o meu coração se amolecer, mas no entanto eu encontrei uma que fizesse.
- É por isso que te chamei aqui - disse - todos já sabem do nosso relacionamento, mas ainda não moramos juntos, como você percebe - gesticulei apontando para o quarto.
- E é claro que você precisa da minha ajuda para resolver alguma coisa, acertei? - perguntou ela estreitando os olhos e dando um meio sorriso.
Quando eu iria começar a falar ela me interrompeu - Bom, nem precisa responder à isso, eu já sei que é. Agora me diga o que eu preciso fazer.
- Bom, Nat, acho que se você deixasse eu falar, você saberia.
Eu contei a ela tudo o quê eu queria que ela fizesse, e ela concordou. E por fim, fiz um último pedido.
- Também quero que você encontre o anel mais bonito para mim dà à ela.
- Não venha me dizer que vai pedi-la em casamento e depois vocês irão fugir como fizeram aqueles guardiões que eu não lembro os nomes? - ela perguntou de olhos arregalados mas com um divertimento.
- Hã... fugir, não. Casamento também não, por agora. É um presente que quero dá a ela.
- ufa, ainda bem.
Conversamos um pouco a mais e depois ela disse que precisava ir embora porquê iria se encontrar com algumas amigas. A levei até a porta e abri, e tive um pequeno susto quando vi Rose com a mão levantada como se estivesse prestes a bater na porta. Espero que as coisas não se compliquem com ela pensando bobagens sobre eu está com uma mulher, mesmo sendo a minha amiga e que ela não sabia que ao menos fosse.
Rose tinha um largo sorriso no rosto mas logo se dissipou quando ela olhou para o lado e viu a Natália. Não precisei de um convite nem nada, logo me pronto fiquei a apresenta-las.
- Rose, essa é a Natália Merly, uma velha amiga minha. E essa - Eu disse me virando para Merly- essa é a Rosemarie, minha namorada.
Natália pelo jeito estava bastante contente em por fim conhecer a mulher que domou o meu coração.- Muito prazer, ouvir muito sobre você. - ela disse.
Rose se encontrava olhando pra mim com uma cara nada amigável e logo se voltou para a Moroi e disse.
- Ouviu sobre mim, hein? Ah, prazer também. Bom, eu nunca ouvi falar de você.
Uma tensão super desagradavel se suspendeu e eu sabia que era por causa da Natália, ela não esperou mais nem um minuto e veio me dá um abraço curto e um beijo na bochecha e se despediu da gente.
(...)
E então, Dimitri? - perguntou Rose enquanto abria uma das sacolas que ela trouxe - você nunca me falou sobre essa tal amiga.
- Conheço ela à alguns anos, ela mora na Rússia, em Novosibirsk. Veio para a Corte passar um tempo aqui.
- Rússia, hein? Um tempo aqui? Parece legal.
Me sentindo divertido com a maneira de Rose me deitei ao sofá e continuei lendo o meu livro, por um instante levantei as vistas da leitura e perguntei a ela.
- Roza? Não está com ciúmes, está? Se é porque ela...
- É bonita e atraente? - ela me cortou - é claro que não.
Bonita e atraente? Ela realmente estava incomodada com isso, não contive e comecei a gargalhar. Fechei o meu livro e olhei para Roza.
- Bom, eu só iria dizer que não precisava ter ciúmes porque estávamos conversando em meu quarto. Não é nada demais.
Por um instante achei que ela fosse explodir, os seus olhos estavam como fogos de artifícios, e o seu punho estava cerrado e quando ela o abriu várias migalhas de pão se espalharam ao chão, retirou o seu olhar de mim, limpou sua mão na calça jeans, e voltou a sua atenção à sacola.
É, ela realmente estava furiosa. E eu não queria de maneira alguma entrar em uma luta com ela agora, não mesmo.
_____________________________________
Não esqueçam de dá a estrelinha se estiverem gostando. Próximo capítulo irá sair em breve. Beijos vamps ;*
VOCÊ ESTÁ LENDO
Além da escuridão
FanfictieDepois de se passar o dia da coroação da nova Rainha do mundo Moroi, Vasilisa Dragomir, terá de enfrentar sucessivos problemas e obstáculos que poderá lhe tirar a Coroa e até mesmo a sua sanidade mental. Mas para todo problema há uma solução, e a s...