Alexandria - Capitulo II

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Um mês tinha se passado e foi que então eu comecei a perceber algo de estranho com meus filhos. Eles estavam muito grandes para dois bebes de apenas um mês e isso estava me deixando com muito medo. Não sei porque, na verdade ninguém sabia o porquê de eles estarem crescendo em uma velocidade anormal. Minha mãe tinha me contado que somente existiria um lugar onde eu poderia obter respostas, e seria no último lugar onde meu pai esteve antes de morrer, na tribo do clã dele. Eu sabia que o Maicon não poderia ir até lá comigo, foi então que eu decidir ir junto com o Yuri.

Ele não era mais um Lycan então não teria como a gente sofrer um ataque de bruxos por causa do Yuri. Eu tinha deixado meus pequenos bebes com o pai e com a minha mãe, seria uma viagem de apenas dois dias, um de ida e o outro de volta, queria apenas respostas e nada mais. Eu nunca tinha me dado bem com meus avos devido eles julgarem errado o casamento do meu pai com minha mãe e creio que eles não aprovariam de forma alguma a minha criação com o Maicon, mas se eu quisesse obter respostas teria que ser com eles e eu faria de tudo para ter essas respostas e ver se algo está acontecendo de errado com os meus filhos.

Não demorou muito para eu e o Yuri chegarmos no território deles e logo fomos recebidos com desconfiança.

— Quem são vocês? – Perguntou um homem que nos interceptou na entrada da tribo.

Quando se fala em tribo, muitas das pessoas pensam em um local atrasado, completamente sem tecnologia, morando em ocas e tudo mais, mas deixa eu explicar. Eu chamo de tribo por ser várias pessoas de uma cultura reunidas em um lugar, os outros chamaria de colônia, que seria o nome correto para isso.

— Eu sou o Pietro e gostaria de falar com minha avó. – Falei para ele.

— Querido, temos muitas senhoras aqui e poderia ser mais específico? – Falou ele com tom arrogante.

— Fabiana.

Assim que eu falei o moço só faltou se engasgar com a própria saliva, me olhou dos pés a cabeça como se eu fosse um vírus que necessitaria ser exterminado rapidamente.

— Creio que você não é bem vindo aqui, mesmo sendo neto de uma anciã. – Falou o cara pegando no meu braço com força.

Não sei porque, mas o Yuri tentou me defender de um jeito estranho, ele grunhiu e quis morder o braço do homem. Não entendia o jeito que ele estava agindo. Quando eu iria fazer algo a respeito, quando me deu vontade de usar a magia e colocar o cara para dormir...

— Solte ele Evandro! – Falou uma moça de no máximo uns 50 anos, pelo menos aparentemente.

— Minha senhora, esse garoto se diz ser o....

— Meu neto. – Falou ela – Ele não se diz ser, ele é. Deixe-o entrar.

— Mas ele traiu toda a nossa linhagem. – Falou o homem.

— Vai ir contra uma ordem minha? – Falou ela.

O homem não falou mais nada e apenas soltou meu braço.

— Me sigam garotos. – Falou ela entrando colônia adentro.

Durante todo o caminho até uma das casas, ninguém falou nada. Eu nunca tinha visto meus avós e não sei como ela tinha tanta certeza de que eu e o Yuri éramos netos dela, já que ela nunca tinha nos vistos também. Sei que foi na colônia que o meu pai veio em ajuda quando descobriu que o Yuri seria um Lycans, mas durante a viagem ele foi morto justamente pelos Lycans.

Chegamos numa casa e ela abriu a porta.

— Entrem. – Falou ela.

Fomos direto para a sala de estar, e ela nos orientou a sentarmos no sofá.

Amor Selvagem - O Herdeiro - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora