Casa - Capitulo III

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Sabe, ter que ter m mente que eu posso ter meus filhos ao meu lado durante apenas 15 anos é uma coisa assustadora. Porque além disso eu não sei como eu poderia ajuda-los a sair dessa. É uma coisa que eu nunca imaginei que fosse acontecer. Lutei muito para ter os meus filhos e não vou deixar que fiquem comigo durante tão pouco tempo. Eu não sobreviveria sem eles, não mesmo.

Não sei o que minha avó pretendia fazer, mas eu sabia que deveria ser o único modo dela sair da aldeia sem que fosse acusada de traição, assim como ela me explicou. Ela somente disse que precisaria de minha ajuda assim que saíssemos de lá.

Eu estava caminhando pelas ruas do local quando vi o Yuri vindo em minha direção.

— O que houve? – Perguntei quando ele chegou perto.

— A vovó. – Falou ele sem folego. – Acho que aconteceu algo contra ela.

Fomos rapidamente até o local onde minha avó foi encontrada. Cheguei perto dela que estava deitada no chão e o corpo dela estava frio. Como se estivesse sem vida. O coração não pulsava e a respiração não se ouvia. E o estranho era acontecer isso com ela logo depois dela ter contado coisas para a gente. E bem quando ela estava pensando em sair da cidade.

— Quem teria coragem de fazer isso com a minha avó? – Perguntei para a multidão que estava ao nosso redor.

— Ninguém ousaria fazer algo contra ela. – Falou um dos anciões.

— Ah não? – Falei olhando fundo para os olhos dele e vendo o que ele realmente era. – Uma pessoa que é capaz de matar o filho de uma anciã, não teria coragem de matar a própria anciã?

Todos se assustaram com minha afirmação.

— Vocês acham que não sei da verdade? Que meu pai descobriu o ótimo plano que vocês têm em exterminar toda a raça de lobos existentes na face da terra, e para que ele não fizesse algo que impedisse isso, por minha mãe ser uma, vocês o mataram. Acham ótimo isso não é., mas que tal eu mostrar para vocês o quão ótimo com a magia eu sou? – Falei pressionando uma mão contra a outra.

— Você acha que teria chances contra anciões, você pode saber muita coisa sobre magia, mas temos poderes de regentes. – Falou um deles – E, deixando bem claro, não fizemos nada contra ela. É estranho ela morrer justamente quando os netos bastardos aparecem na cidade.

Nesse momento eu não segurei mais o desejo que estava dentro de mim, e explodir de raiva. Apertei minha mão fazendo com que a garganta do homem se fechasse. Ele caiu de joelhos com as mãos na garganta, procurando ar para respirar. Foi então que um segundo homem avançou em minha direção. Ao olhar para ele, ele parou e não deu mais nenhum passo adiante, somente se afastou.

— Deixe-o ir embora. – Falou ele.

Eu soltei o homem que estava segurando no pescoço com sua magia e virei para o Yuri.

— Seus olhos – falou o Yuri olhando para mim. – Estão diferentes, verdes.

Peguei a vovó no colo e levei até a casa dela, iriamos sair dali e dar a ela um funeral decente, ela supostamente foi traída por seu próprio povo, assim como o meu pai. E não deixaria que ela ficasse ali depois de tudo que ela já tinha passado. Ela era igual a mamãe, ele era igual a mim.

— Eu não sei como vamos leva-la daqui. – Falei olhando para o Yuri.

Tinha no galpão da casa dela, em uma espécie de garagem, um trenó, ou algo parecido. Daqueles que aparecem em filmes sendo puxados por lobos. Ai, lobos.

— Acho que só tem um jeito de leva-la. – Falei olhando para o Yuri e ele olhando para o trenó.

— Se é por algo maior, eu farei isso, e outra, não quero me transformar em um animal permanentemente. Então que seja feito assim.

Amor Selvagem - O Herdeiro - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora