Amor Selvagem - O Herdeiro - Volume III

Alcateia - Capitulo XVII

Eu acho que essa pergunta não merecia uma resposta com palavras, porque era mais do que obvio que eu aceitaria ele em minha vida depois do que ele já provou para mim, que está disposto a me proteger a aos meus filhos. Eu não respondi à pergunta, apenas agarrei no pescoço dele e o puxei para dentro da agua. Caímos juntos e mergulhamos, me afastei e esperei ele emergir.

Ele pôr fim emergiu ao meu lado.

— Isso seria um não? – Perguntou ele.

Apenas me aproximei dele e o beijei. Talvez isso fosse a resposta que ele estava esperando.

— Achou que eu diria não? – Perguntei para ele – Agora você é somente meu e de mais ninguém.

— Você foi o meu primeiro. – Falou ele.

— E era para você ser o meu primeiro e único. – Falei para ele. – Será que terá a chance de termos um filho somente nosso?

— Em casos assim isso só acontece uma vez. – Respondeu ele – Mas já tenho duas crianças lindas e isso é o que importa.

Depois de um tempo na agua, saímos e fomos embora.

Uma semana tinha se passado e tinha chegado a grande hora. Estávamos todos indo em direção a Arquínia, para o templo onde estaria escondido o feitiço que seria usado para nos levarmos ao mundo dos mortos. Seria uma longa caminhada, mas estavam todos ali.

Eu, Joey, Yuri, Gabriel, Henry, minha avó, Scarlett, Yan e o David. Todos a caminho de uma batalha que não sabíamos que iriamos ganhar. E eu estava com o pensamento na mente que talvez pelo menos um de nós não voltaríamos de lá, e isso era o que me deixava mais assustado.

Eu tinha tido uma visão, via o Joey sendo morto para defender a minha filha, e eu não podia fazer nada disso. Eu não pude ver os rostos dos assassinos, mas parecia ser um homem e uma mulher, o que me levava a crê que era o Maicon e a garota com que ele estava agora. Mais uma pessoa que eu gosto que seria arrancada de mim pelas mãos do Maicon, pelas mãos dos Lycans, uma raça que poucos se salvam com inocência.

Estávamos desprotegidos, o escudo que os impediam de nos encontrar, tinha sido feito apenas para a casa do henry onde estávamos, agora nós estávamos nadando, em movimento e a qualquer momento poderíamos ser achados. E isso não seria uma boa opção, mas acontecesse o que acontecer, eu estava preparado para isso, estava.

Não faltava muito para entramos em Arquínia, logo chegamos ao local onde o portal teria que ser aberto e entrarmos até lá.

— Só tem um problema. – Falou o Henry.

— E qual seria? – Perguntei.

— Assim que o henry abrir o portal, seremos localizados e o portal se tornara permanente, pois as bruxas que estão com o Maicon não são tão fracas assim, o que deixará o portal apto para a entrada deles. – Falou o Gabriel.

— Então será aqui que nos separaremos. – Falei para eles.

— Como assim? – Perguntou o Yuri.

— Eu ficarei para dar tempo a vocês de preparar o feitiço e entrarem no mundo dos mortos, achem as almas deles e as separem, assim será mais fácil.

— Mas você pode ser morto. – Falou o henry.

— O Maicon disse que para pegar as crianças, passara por cima de qualquer um, até mesmo de você. – Falou o Yuri.

— Não se preocupe irmão. Pode ter certeza que antes mesmo de me matar, vingarei minha mãe, nossa mãe.

Eu me aproximei da Scar e do Yan que olhavam para mim com lagrimas nos olhos, como se estivessem pressentindo algo, ou até mesmo sabiam de algo.