Um Novo Aliado - Capitulo VI

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Fazia três dias que que tudo tinha acontecido. O Maicon tinha saído da minha vida por uma coisa que eu não cometi, e estava sendo bastante difícil para aceitar tudo isso. Afinal, ele é a pessoa que amo, pai dos meus filhos. Muito estranho isso, mas é a verdade.

O Gabriel tinha ficado próximo a mim, por mais que eu não soubesse que tinha um primo, ficamos muito próximos, eu tinha uma família de verdade. Todos acreditaram em mim, confiaram em mim mesmo devido a tudo que tinha acontecido. Ninguém viu realmente o que aconteceu, mas nenhum deles desconfiaram de mim. Todos queriam vingança contra o Derek. Esse, eu mesmo iria matar.

Ele destruiu minha vida, destruiu o meu "casamento", porque era praticamente isso que eu e o Maicon tínhamos. Eu estava próximo aos meus 18 anos e segundo a minha avó, os meus poderes chegariam ao auge quando eu atingisse essa idade, seria o estopim para acesso há um poder maior.

Depois que fiquei sabendo dessa informação, eu fiquei me perguntando, sobre o Gabriel, o Primoral, namorado do Henry. Com apenas 17 anos ele já tem acesso a uma quantidade enorme de poder, pode ser praticamente considerado o mais poderoso Conjurador do século, então, como ele ficará após atingir os 18 anos? Sem falar do henry que também com 17 anos já foi capaz de trazer alguém de volta a vida, duas vezes. Se eles já eram tão poderosos, como ficariam ao atingir a idade propicia para isso?

Eu realmente estava sentido por tudo que tinha acontecido ultimamente, mas não iria ficar chorando as pitangas por alguém que não merecia mais, resolvi mudar, me rebelar. Claro que não iria tirar meu foco dos meus filhos, mas estava na hora de uma distração.

— Tem certeza que está bem? – Falou a Bea enquanto andávamos pela floresta.

— Estou, ele não acreditou em mim, na verdade nem quis ouvir nenhuma explicação. – Falei para ela.

— Isso é muito ruim, vocês são Soulmate um do outro, como fica essa ligação? – Perguntou ela.

— Deve ser quebrada, já que ele não confia. – Falei para ela – Mas é você, por onde andou esse tempo todo? – Perguntei tentando fugir do assunto.

— Eu fui atrás de algum grupo de vampiros que pudesse me explicar mais sobre minha espécie.

— O que você descobriu?

— Não muita coisa, tudo que eu já sabia. – Falou ela.

— Você é imortal? – Perguntei.

— Não necessariamente.

— Quando você fala isso não é coisa muito boa. – Falei para ela – O que tem de errado?

— Só me tornarei imortal se beber sangue de um Lycan. Mas completamente tudo!

— Serve o Maicon? Pode beber. – Falei.

— Credo Pietro, porque a rebeldia? – Perguntou ela.

— Não sei, só estou assim ultimamente, e se puder não falar o nome dele, eu agradeço.

— Tudo bem! – Falou ela – E as crianças, como estão?

— Com problemas, mas eu vou resolver isso. Primeiro irei precisar contatar o meu pai. – Falei para ele.

— Será complicado?

— Não tanto, minha avó vai precisar apenas de um Necromante, mas isso já temos. Essa parte será fácil, o difícil vai ser separar as duas almas deles. – Falei para ela.

— Tenho certeza que iremos conseguir, pois não pretendo mais ir embora. – Falou ela – Tem notícias do Daniel?

— Na verdade depois que ele se mudou não tenho mais notícias. – Falei para ela.

Fomos interrompidos por um Lycan que apareceu perdido na nossa frente, parecia assustado, pois se chocou contra meu corpo e caiu encolhido próximo a uma arvore.

— Cuidado. – Falou a Beatriz.

— Você não precisa de sangue de Lycan? – Falei me aproximando dele.

— Esse esta indefeso. – Falou ela – Com medo.

Realmente, ele estava amedrontado. Foi então que retirei minha camisa.

— Volta a forma humana e coloca isso da cintura para baixo. – Falei para ele.

Eu e a Bea nós viramos para não olharmos, mas como eu estou mudando, virei um pouco o pescoço. Foi então que eu vi, os olhos dele amedrontado e o corpo humano despido, foi então que o desejei, sim.

— Pode nos contar o que está acontecendo? – Perguntei para ele.

— Primeiro preciso ir para um lugar seguro. – Falou ele olhando ao redor.

Foi então que eu levei ele direto para minha casa. Minha mãe estava no trabalho e minha avó tratando de alguns problemas pessoais, o Yuri prestes a chegar da escola.

— Pode contar o que está acontecendo? – Perguntei a ele.

— Sou um ômega, estou fugindo de uma matilha que estava tentando me matar e acabei caindo nessa cidade, eu não posso mais continuar sendo ômega, não ter um alfa se não vou acabar sendo morto em breve. Só não conheço nada ninguém.

— Prazer, Pietro. Seu novo amigo! – Falei estendendo a mão para ele.

— Prazer, Joey. – Ele pegou na minha mão.

Foi então que nesse momento o Yuri chegou e olhou para ele, os olhos do Yuri ficaram vermelhos por segundos e os do Joey ficaram amarelos por alguns momentos.

— O que foi isso? – Perguntou a Bea.

— Não sei, mas parece que...

— Achei meu alfa! – Falou o Joey.

— Como assim? – Perguntou o Yuri.

— Sei que você é um alfa, e a muito tempo não estava sendo recebido por nenhum alfa, todos me rejeitavam, mas você, seus olhos brilharam, mostraram que você me aceita na sua matilha. – Falou ele.

— Ou seja. Ele é confiável. – Falei. – Nosso novo hospede. Seja bem-vindo.

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Amor Selvagem - O Herdeiro - Volume IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora