Surpresa indesejada

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Gabyelly

Como eu havia previsto, não dormi nada, cheguei e casa eram três da manhã, tomei um banho e tentei descansar, mas meus pesadelos ficaram me atormentando a noite toda. Quando meu telefone tocou as oito da manhã e não tinha dormido nada, somando tudo foram duas horas de sono. Estendi a mão para pega-lo ao lado da cabeceira da cama.

-Bom dia marmota. Hora de acordar e se arrumar para irmos fazer umas comprinhas. – Anna, estava bem cedo para isso...

-Anna, esta super cedo para isso não acha? –Minha voz saiu grog de sono, limpei a garganta -E além do mais, não estou no clima.

-Vamooooos, você está precisando, vai ser bom. E nunca é cedo pra compras amiga –escutei a voz da Lize atrás da linha concordando com a irmã animada.

-Não sei não...

-Vamos, eu pago seu milk-shake preferido, sei que ontem foi complicado, mas nunca se nega um milk-shake nem compras, isso vai ser bom e você vai se distrair, podemos até xingar algumas pessoas nas ruas de Londres.

Ela tinha razão, acho que precisava disso, eu não podia ficar na minha cama para sempre, por mais que eu quisesse isso estava bem fora dos planos no momento. Suspirei, ela venceu.

-Tudo bem, vou me arrumar e encontro vocês em uma hora na praça de alimentação do center. –Escutei um gritinho de vitória do outro lado da linha, sabia que ela estava pulando de alegria.

-A gente se vê lá.

Desliguei o celular e joguei ele no criado-mudo ao lado da minha cama, encarei o teto branco do meu quarto, já me preparando. Onde eu fui me meter? Revirei os olhos e decidi levantar, caminhei preguiçosa até o banheiro liguei o chuveiro e me enfiei ali embaixo. A agua quente me fez acordar e a dor no meu corpo de uma noite mal dormida começou a diminuir. Sai da agua querendo ficar mais tempo, entrei no closet e peguei uma calça jeans preta e uma blusinha mangas longas qualquer, meu velho e confortável all star estava me esperando na prateleira, sequei o cabelo e usei maquiagem para cobrir as olheiras, apliquei máscara para cílios e sequei o cabelo, me vesti e desci as escadas do meu apartamento gigantesco para uma pessoa.

Na cozinha eu liguei a cafeteira e me encostei na bancada de mármore, meus dedos tocaram a arma que estava presa debaixo da bancada. Acho que se eu parasse para pensar minha casa era um arsenal completo. A cafeteira apitou e eu peguei minha caneca cheia, tomei tudo, peguei minhas chaves e sai de casa.

Pedro

Aquela filha da mãe destruiu o prédio todo, tive sorte por ter escapado sem nenhum arranhão. Cheguei em casa em casa com dor nas costas e pernas, tomei um banho e desci para o meu escritório, Luccas e Caio estavam em esperando sentados nas poltronas em frente minha mesa.

-O que vai fazer? Vamos embora na segunda-feira. Não podemos ficar em Londres. Já percebeu que está sendo observado. –Luccas disse como seu eu já não soubesse, é bem provável que a Cooper já saiba onde eu estou escondido. Tenho que ter ela em minhas mãos.

-Cooper sabia onde você estava noite passada e foi por pouco que ela não pegou a gente cara, essa menina é barra pesada.

-Eu sei, meu pai estava errado em relação a ela, disse que era um peixe pequeno, uma iniciante mimada. Ela tem contados assim como nós. Quero uma ficha dela nas minhas mãos em menos de cinco minutos, uma ficha completa. Entenderam?

-Sim, dude. –Os dois saíram da sala na mesma hora que meu telefone apitou em meu bolso.

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Destinos traçados(andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora