Mãos manchadas por morte

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Gabyelly

Acordei com uma dor aguda no pescoço, parecia que eu tinha sido suspensa em uma corda no último andar de um prédio alto pelo pescoço. Minha visão estava borrada, minhas mãos estavam amarradas em uma cadeira de ferro assim como meus tornozelos.

Era uma sala escura, o cheiro de mofo fazia meus olhos lacrimejarem e o nariz coçar. Tentei me mover, mas as amarras só me apertaram mais, puxei os pulsos para cima e ganhei uma dor horrível, meus pulsos queimavam e eu senti meu sangue escorrer. A corda tinha cerol. Olhei em volta, mas não tinha nenhuma janela, só uma porta. Merda. A porta se abriu com um barulho de metal amassado, Pedro.

-Vejam só quem acordou, dormiu bem, docinho? –Ele sorriu para mim, debochado, retribui sorrindo da mesma forma. –Bom, vamos fazer um acordo, você me fala quem entregou minha localização aquela noite e eu deixo você sair desse porão horrível.

-Não faço acordos com babacas assassinos, meu bem.  –Encarei ele e inclinei a cabeça para observar seu rosto, ele estreitou os olhos e me deu um tapa no rosto. Gargalhei fria. –Jura? Uau um tapa.

-VAMOS VER SE VAI RIR VAIDIA! –Ele fez um sinal e um segurança entrou com uma maleta nas mãos. Ele abriu-a e tirou uma adaga prateada de lá, meus olhos seguiam suas mãos que giravam a faca na minha frente. –Não vai falar? Anda Cooper, não quero machucar você, não agora, claro.

-Vá a merda. –Ele arranhou minhas pernas e foi afundando os cortes, não derrubei nem uma lagrima se quer, não gritei, não me mexi. Eu estava pagando por ter deixado aquilo acontecer com minha mãe. Mordi meu lábio e soltei o ar que eu estava prendendo e não tinha percebido. Ele me cortava e me dava tapas no rosto fazendo o mesmo arder muito, fechei os olhos "mantenha a calma, ele não vai fazer isso para sempre, vai acabar com ele, mantenha a calma. " Tentei mandar ele se ferrar de novo, mas minha garganta estava áspera e doía.

-Você não vai falar mesmo, não é? Vai ter que ficar aqui por mais tempo. Vamos ver quanto tempo consegue ficar sem comer. Pode ficar aí para sempre se quiser. –Com isso ele se mandou porta à fora me deixando sozinha.

Pedro

Sai do porão fedorento e fui até a cozinha, lavei minhas mãos e peguei um copo d'agua, Luccas e Caio entraram na cozinha perguntando como tinha sido e se eu tinha conseguido alguma coisa com a vadia lá em baixo. Fiz que não com a cabeça e fui para meu escritório. Peguei meu telefone e disquei o número do Cooper. Está na hora de avisar o papai onde sua preciosa agente foi parar.

*Telefonema on

Cooper: Alô?

Pedro: Olá agente.

Cooper: Cadê ela Lookwod? Onde a escondeu?

Pedro: Vamos por partes papai.

Cooper: O que você quer? Dinheiro?

Pedro: Ah não, tenho dinheiro suficiente e sua princesa vale muito mais. Quero fazer um acordo.

Cooper: Qual acordo Lookwod?

Pedro: Bom, vai funcionar assim, vou levar sua preciosa agente qualificada para minha casa na Califórnia comigo, não vou matá-la nem machuca-la, ela ficará viva e você não irá atrás de mim, vai deixar eu terminar o que tenho para fazer e quando tudo acabar te entrego ela são e salva.

Cooper: Como vou saber se não vai mata ela?

Pedro: Primeiro, pare de tentar localizar esse telefone porque você não vai sair do lugar. Segundo, você não tem muita escolha então, um conselho de assassino para assassino, aceite a proposta e eu lhe dou minha palavra.

Destinos traçados(andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora