Fuga

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Oi genteeeeee, espero que vocês gostem desse capitulo porque deu trabalho e particularmente eu gostei bastante. Aliás votem se gostarem e comentem, quero saber a opinião de vocês hoje.

É isso, boa leitura sz.  


Gabyelly

-Então termine anjo. –Tentei disparar, juro que tentei.

Meu coração batia rápido e com força, meu cérebro mandava eu apertar o gatilho, mas eu não respondia, meu corpo estava fora de controle, tentei de novo, não aconteceu nada. Soltei a arma no chão, o barulho pareceu ecoar na minha cabeça, Pedro ergueu as sobrancelhas.

-Não posso.

-O que está fazendo?! –Meu pai perguntou atrás de mim.

-Não é assim...

-É só matar esse idiota. Mate-o agora! –Estreitei os olhos.

Não conseguia fazer isso, senti meu corpo amolecer e cai de joelhos. O que ele fez comigo? Pedro me olhava boquiaberto, eu não tinha palavras para descrever isso. Estava tão surpresa quanto ele, porem um lado meu sabia que não faria isso mesmo com uma arma assim. Senti lagrimas brotarem dos meus olhos, mordi a língua com força para não as deixas cair.

-Vamos embora daqui. –Me levantei.

-Não, ou você mata ele ou eu mato. –Meu pai se abaixou e pegou a arma.

-Você não cansa de matar? Usa isso como desculpa para aplacar o que essa família fez com a nossa, mas deixa eu te contar uma coisa, isso –Apontei para o Pedro. –Não muda nada, mata-lo não vai te fazer melhor que ele. Minha mãe tinha razão, somos pessoas frias e calculistas, ela nunca aprovou isso, então pode ir em frente. Prenda ele, mas por favor... não o mate. –Entreguei o telefone a ele. Acho que preferia que o Pedro fosse para a cadeia, mas não queria ele morto.

Meu pai abaixou a arma e arrancou o telefone das minhas mãos, enquanto ele fazia a ligação eu fui até o meu quarto, troquei de roupa e limpei o sangue das minhas mãos onde o vidro havia cortado.

Me encarei no espelho. Eu deveria estar feliz com isso, acabei de chegar no ponto que eu queria, me preparei para isso a minha vida toda, me preparei para pega-los e agora eu estava um passo à frente do assassino da minha família, mas isso não me fazia feliz, não sentia como se fosse vingança. Talvez porque Pedro não tem nada a ver com o assassinato aquele dia.... ou talvez eu não conseguia fazer mal a ele porque talvez eu fosse infantil. Nada que aconteceu nesses dias foram de verdade, nada dos beijos ou dos sorrisos, nada aconteceu de verdade.

Sai do quarto bem a tempo para ver o FBI algema-lo. Seus olhos encontraram os meus e ele sorriu, meu sangue gelou e eu engoli em seco, algo naquele sorriso me dizia que não tinha acabado, não chegou ao fim.

-Então agente, bom trabalho. –Anna apareceu sorridente.

Tentei sorrir, mas eu estava tão cansada que a única coisa que conseguir fazer foi encostar na parede e deslizar até o chão. Coloquei as mãos na cabeça e senti as lagrimas caírem.

-Amiga. –Ela se abaixou na minha frente e tocou meus braços. –Está tudo bem agora... não está? –Ela me perguntou, balancei a cabeça e deixei meus soluços invadirem a casa silenciosa.

-Preciso descansar. –Anna afirmou com a cabeça.

-Quer fazer o que?

-Tirar férias, bem longe daqui. –Quando terminei de falar meu pai entrou, Anelize veio logo atrás dele.

Destinos traçados(andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora