P.O.V Percy Jackson
Demoramos umas três horas para chegarmos na Vila Olímpica em Xanandu. Os garotos da casa da vida estavam visivelmente cansados, excluindo a garota dragão.
Confesso que quando Rhianna disse em minha mente que era uma draconiana, eu esperava que ela se tornasse uma dracaenae, como as mulheres dragão com quem lutei várias vezes, mas não, a garota resolve mostrar telepaticamente apenas para mim sua verdadeira forma, que é um imenso dragão cuspidor de fogo.
Depois de tantos anos presenciando seres da mitologia grega, romana e egípcia, não esperava me surpreender, mas a garota conseguiu. Depois ela disse que tinha algo importante para resolver e se afastou com o Júnior, filho de Carter. Eles passaram uma hora afastados, conversando dentro de uma redoma protetora que nem Emily podería quebrar sem danificar a mente da draconiana.
Nesse meio tempo tive que aguentar as filhas de Carter e Sadie tendo uma ataque de ciúmes egípcio, que resultou em muitos raios da morte, furacões e burros explosivos (nem queira saber) lançados inutilmente na redoma de vidro. Acho que as duas herdaram o temperamento, hum... Protetor possessivo de Sadie.
Enquanto caminhavamos, Nara e Kisha olhavam constantemente para Rhianna, de uma maneira nada amável. A princípio não entendi o porque disso, mas a garota não parecia se importar, então, quem sou eu pra fazer algo?
Ainda não entendi a relutância de Rhianna em não revelar sua origem para os Olimpianos. Hum... Os Olímpicos. Ela nos fez jurar pelo rio Estíge, o que foi bem constrangedor, pois eu nao sabia se o juramento valeria em outro planeta, mas quando jurei, os trovões soaram nos céus sem nuvens de Xanandu.
Para falar a verdade, eu ainda estava bem incomodado com toda a situação em que estava metido, e a chegada dos magos da Casa da Vida não ajudou nada a melhorar meu desconforto. O fato dos deuses egípcios estarem se movimentando e saberem sobre Xanandu não era nada bom. A situação estava tomando proporções gigantescas, e se os outros panteões divinos começassem a se mover...
Antes que eu pudesse continuar meus devaneios de Jackson, Pégasus pousou ao meu lado com Emily em seu dorso. Porém, eles estavam acompanhados. Minha caneta estava em minha mão antes que eu pudesse me controlar. Ao destampá-la, Contra-corrente cresceu até tornar-se uma lâmina de 90cm de bronze celestial. Júnior invocou sua Koshep do Maat, assim como Kisha e Nara fizeram com suas varinhas e cajados.
Ao lado de Pégasus, uma esfinge pousava em toda sua majestade. É sério, ela era linda. Pelo menos a parte de cima de seu corpo. A parte de baixo era um corpo de leão com asas, e sua parte superior... Bem, ela era uma mulher da cintura para cima, com lindos olhos verdes, cabelo castanho e um sorriso sedutor. E... Bem, seus seios estavam a mostra.
Eu estava desconfortável, mas Carter Júnior nem piscava, o que seria hilário não fosse o olhar mortal que sua prima Kisha lançava para ele.
Emily suspirou.
- Pessoal, esta é Alexis, a esfinge do Olimpo.
Na nossa versão da Terra as esfinges não tinham asas e muito menos corpos como centauros (nem seios a mostra. Graças a Zeus Annabeth ficou na Vila Olímpica), mas deixei para lá. Guardei Contra-corrente e Carter jogou sua espada para cima, fazendo-a sumir no Maat. Nara e Kisha não pareciam muito dispostas a guardar suas armas, assim como Júnior não estava disposto a deixar de olhar os seios da esfinge (o que, tenho que confessar, era bem difícil).
- Emily - disse Kisha, embora olhasse para Carter -, mande sua gata se vestir. Agora.
Alexis, a esfinge, rugiu indignada. Eu não estava gostando nem um pouco do rumo que a situação estava tomando.
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O legado dos deuses - Os Heróis do Olimpo, Crônicas dos Kane, Magnus Chase
FanfictionO Olimpo, maior reino do Maat, caiu. A legião de monstros servidores à Aliança Imortal era numerosa demais. Foram inúmeras as baixas no exército Olimpiano, muitos os que fugiram e maior ainda o número de traidores, que se juntaram ao inimigo. Só exi...