O legado dos deuses - Os Heróis do Olimpo, Crônicas dos Kane, Magnus Chase

Capítulo 22 - A missão

P.O.V Nico

Pelo que eu entendi da explicação de Pug, hoje é sexta feira aqui em Tsurani. E como faz calor nesse lugar infernal. Quase sentia saudades de casa, seja lá onde ela fosse.

A grande verdade é que os Percy Jackson e os heróis do Olimpo tinham um lugar no reino dos deuses, além de poderem visitar livremente os domínios de seus pais divinos, como era o caso de Percy, que sempre visitava o reino de Poseidon, só para ficar reclamando depois que Tritão fazia de tudo para irrita-lo.

Eu, por outro lado, continuava sem encontrar um lugar onde me sentisse totalmente aceito. Pensei ter encontrado esse lugar quando Will Solace e eu começamos a namorar, mas quando meu pai arrumou briga com o Conselho Olimpiano para que eu também ganhasse imortalidade como Percy, Jason e os outros, alegando que meu papel foi muito mais importante que os feitos do treinador Hedge, Will surtou, brigamos muito e acabamos terminando.

Então, assim que me tornei imortal, meu pai me chamou para ser seu lugar-tenente, braço direito no seu reino. Então, várias coisas aconteceram.

Primeiro, como o juramento dos três grandes não terem mais filhos acabou, meu pai e seus irmãos tiveram outros filhos semideuses. Isso seria legal, se não tivesse inflamado o gênio da minha madrasta. A situação tornou-se insuportável, então abdiquei do meu posto e voltei ao acampamento.

Como uma década tinha passado desde o término do meu namoro com Will, retornei ao Acampamento Meio Sangue, morando no chalé de Hades com dois irmãos e uma irmã. Tive uns bons meses ao lado deles, como conselheiro do chalé. Então, Perséfone foi raptada pelo Titã Crios, que conseguiu escapar do Tártaro.

Eu e meus dois irmãos fomos encarregados de resgatá-la. Não estávamos muito empolgados com a ideia, mas nosso pai veio pessoalmente "pedir" que aceitássemos a missão. Assim, partimos. Depois de um casal de ciclopes, um bando de harpias e outros monstros aleatórios, encontramos Crios.

Eu sei que não sou um Percy, nem um Jason, mas achei que daria conta do titã. E realmente, deu certo, mas a um preço muito grande... Meus irmãos morreram na batalha. E aquilo acabou comigo.

Soltei Perséfone, e aquilo mudou nossa relação. Ela me levou de volta para o acampamento, e antes de ir embora disse que eu teria um lar no submundo. Isso foi bom, por que Tassa, minha irmã, não me perdoou pela morte dos garotos. Acabei deixando o acampamento e vivendo por aí, vagando, até que meu pai me chamou e disse que meu posto ainda estava vago.

Aceitei voltar, e realmente Perséfone me tratou melhor, quase como filho, mas eu não me sentia bem desde a morte dos garotos. Então, o Olimpo caiu e todo esse rolo começou.

E agora, estou nesse mundo estranho, cheio de criaturas esquisitas, sem saber como voltar para casa. Foi quando uma ideia me ocorreu. Será que, se eu viajasse nas sombras, conseguiria chegar ao mundo inferior daqui e pedir ajuda ao deus da morte do mundo de Pug?

Pelo que entendi da história da menina dragão, os deuses da terra dele eram, em excencia, herdeiros dos Cavaleiros de Dragão do mundo natal dela. Mas como eles ascenderam à divindade, ela não sabia dizer. Pug disse que já tinha visitado o submundo, ao lado de seu amigo Thomas, mas negou-se a falar do assunto. A única coisa que disse, é que, para chegar ao Salões dos Mortos, na Cidade dos Deuses Mortos, preciso encontrar as crias de Draken-Korin, os homens tigre.

- Mas eles não são nada amigáveis com humanos - tinha dito o mago. - Tem certeza de que não quer esperar Thomas chegar? Ele pode convocar ajuda para levá-los lá.

- Agradeço Pug - respondi a ele. - Mas semideuses tem problemas em ficar parados sem nada para fazer. Uma missão como está irá me ajudar a manter o foco e não enlouquecer.

O mago considerou por um tempo, então assentiu com a cabeça.

- Creio que entendo... Então, já que é uma missão, irei com você.

E antes que eu pudesse abrir minha boca para rejeitar a oferta, Jason surgiu não sei de onde.

- Uma missão? Ótimo! Estou enlouquecendo aqui... Quando partirmos? Hum... E pra onde?

- Para a Cidade dos Deuses Mortos - respondeu Pug.

- Ah... Bem, é melhor que ficar aqui sem fazer nada. Vou avisar a Piper e o pessoal e já volto.

E correu para avisar o pessoal da minha missão solo e secreta, que agora era tudo menos solo e secreta. Por Hades, eu podia usar ferro estígio em magos?

- Anime-se - disse Pug. - Você será o primeiro humano extraterrestre a conhecer os mistérios dos deuses do meu mundo.

- Certo - resmunguei. - E quem é o deus que visitaremos?

Pug retesou-se, e seu rosto assumiu uma expressão que eu poderia jurar que era medo.

- Deus não, mestre dos mortos, deusa. Você está prestes a conhecer os domínios de Lims-Kragma, a deusa da morte.

---------- ### ----------

Fala galera!

Agradeço a todos que estão acompanhando a fanfic.

A ideia de escrever essa fic era colocar no papel todas as alternativas que minha mente maluca criava para as maravilhosas histórias que eu lia nesses livros mágicos. E ao mesmo tempo, recomendar as sagas da literatura fantástica que muitos ainda não conhecem.

Para os que não sabem, Pug, Mara e os seres e deuses de Tsurani são parte do magnífico universo da saga "Mago", do escritor Raimond E. Fest. É uma quadriologia muito loka, com criaturas conhecidas como elfos, anões e dragões, mas que traz seres criados exclusivamente por Raimond, como os Valherus, os Sacerdotes Panthatianos e os Mestres e Lords do Medo.

Super recomendo essa série, tenho certeza que não se arrependerão de ler (pelo menos assim penso, rs).

Mas é aí, o que estão achando da fic? Não deixem de comentar, dando sua opinião!!!

Abraços,

Rodrigo Zan