DESTINY. || mitw [EM REVISÃO]

1.3

(N/A) quero agradecer aos comentários de vocês, sério, isso me motiva a continuar <3
Era só isso mesmo, então vamos lá!

  M I K H A E L  

Depois que descemos do palco, voltamos para nossos lugares.

— Mike...

— O que foi?

— O que tá acontecendo com o casalzinho ali? — perguntou e apontou para trás onde o Tarik e Maria estavam.

— Não sei. E pra ser sincero, não me importo. Agora vamos comer que eu to com fome. — sorri e voltamos a atenção para nossa mesa.

Ficamos conversando um pouco até que ela chama minha atenção novamente.

— A Maria foi embora.

— Foi nada, ela deve ter ido ao banheiro.

— A parte boa de ter estudado nas escolas que eu estudei, é que eu acabei aprendendo a ler lábios. — franzi o cenho — E ela disse que estava indo embora.

— Huh... Bem, o problema não é meu.

— Tem certeza que não quer ver o que aconteceu? — perguntou e eu virei para trás, e lá estava Tarik me encarando. Ketty sabia ler lábios e eu sabia ler o olhar do Tarik, aquele olhar dizia que precisava de mim, porém apenas virei-me para frente.

— Eu disse que faria você se divertir hoje, e vou cumprir com isso. — peguei em sua mão — Agora, por favor, vamos comer. — disse e ela riu.

Por mais que eu estivesse preocupado com o Tarik, eu não deixaria Ketty para ver o que estava acontecendo. Ele não fez isso por mim, então ele não tem direito de me pedir isso.

Eu já sofri de mais pelo Tarik, e acho que está na hora de seguir em frente, por mais que seja difícil.

T A R I K

Assim que saí da lanchonete, eu não sabia o que fazer. Fiquei parado em frente à porta, até que decidi ir embora para casa.

Eu queria correr pra falar com o Mike, mas não era justo com ele. Fiz ele passar por tanta coisa, pra no final eu decidir que eu gosto dele.

Desperdicei tanto tempo com esse orgulho estupido...

Minha casa era um pouco longe, mas eu não liguei para isso, afinal eu precisava mesmo espairecer. Quando cheguei, não havia ninguém em casa, o que era estranho, já que meu pai não saia a semanas.

Eu não gostava de cogitar a ideia de meu pai ter voltado a beber ou coisas do tipo. Eu estava preocupado, porém o que ocorreu anteriormente me preocupava mais.

Resolva isso antes que mais alguém se machuque.

E eu queria. Eu queria ligar para o Mike agora e dizer tudo o que eu sinto. Queria ligar pra ele e pedir desculpas por todas as coisas ridículas que eu falei para a Maria no dia da festa, pois eu estava errado.

Os beijos significariam muito pra mim, e eu seria capaz de gostar sim de alguém como ele. Sou tão capaz que fiz.

Eu me apaixonei pelo Mikhael Linnyker.

Pra ser sincero, eu não espero que o Mike me perdoe assim tão fácil, por mais que eu queira, eu sei que ele não vai.

Despertei-me de meus pensamentos quando a campainha tocou. Levantei-me do chão e atendi a porta.

— O que você tá fazendo aqui?

— Eu só queria ver se você está bem.

— Estou sim, muito obrigado. — quando fui fechar a porta, ele a empurrou — O que você quer Pedro?

— Eu queria ver se você estava bem.

— Você já viu, agora pode fazer o favor de ir embora?

— Não. — ele empurrou mais a porta e entrou, se jogando no sofá logo em seguida — Eu só saio daqui quando você me responder com sinceridade.

— Por que tá fazendo isso? E por que eu não estaria bem?

— Eu encontrei com a Maria e ela disse que vocês terminaram.

— Por que ela te diria isso?

— Por ela sabe que eu... Ahn, deixa pra lá. — encarei-o — Olha eu sei que talvez você me odeie, mas eu só quero te ver bem. Eu nunca fiz nada pra você e você sabe disso.

— Você transou com a mãe do Mike, cara.

— Sim, admito o meu erro, e de certa forma estou pagando, afinal seu amado amigo fez questão de espalhar pelo colégio inteiro. Não quero me vitimizar, mas todo mundo me zoou e tirou onda com a minha cara sem nem mesmo me perguntarem o por que se eu ter feito isso. Nem mesmo o Mike.

— E por que eu devo acreditar em você?

— Não deve. Mas eu estou sendo sincero.

— E por que você fez isso então? — perguntei e sentei-me ao seu lado.

— Vou te contar, mas espero que me ouça com o coração e não me julgue, por favor. — assenti e ele respirou fundo — Eu comecei a usar drogas há um tempo, não sei se te contaram, mas eu fiquei meio viciado. Eu fui demitido, meu dinheiro foi acabando e meus pais se recusavam a me ajudar, então arranjei outras formas de ganhar dinheiro, é uma delas foi... — ele fez uma pausa e fechou os olhos.

— Prostituição...?

— Sim. Olha, Tarik, eu não me orgulho disso, mas eu não sabia mais o que fazer. Eu precisava de ajuda, mas ninguém fazia...

— Onde a mãe do Mike se encaixa?

— Ela era uma das clientes. — olhei com espanto — A família do Mike tem muita grana, tanto que não sabem com o que gastar, e, bem, a mãe dele gastava com esse tipo de coisa. Ela me pagava por fora, então era mais lucro pra mim, então eu conseguia sustentar meu vicio. Mas o meu estado piorou. Um pouco antes de você chegar, eu estava muito mal, mas ninguém percebeu, por exceção dela. Ela começou a pagar um tratamento pra mim, e isso foi o que me ajudou.

— Eu não sei o que dizer Pedro...

— No dia que o Mike me viu com a mãe dele, eu não estava fazendo aquilo com ela. Ela apenas tinha ido ver como eu estava e tinha ido me levar meus últimos remédios, porém o Mike não me deixou explicar. Ele tirou suas próprias conclusões.

— Mas ainda sim você transou com ela.

— Eu não sabia que era a mãe dele até ela me dizer o sobrenome dela. E eu me arrependo disso, Tarik, acredite em mim, eu me arrependo de tudo. — uma lágrima caiu de seus olhos.

— Eu acredito em você. — sorri de canto e abracei-o. Em questão de segundos, nossos lábios estavam colados, até que ouvi um barulho de porta atrás de mim.

(N/A) NÃO ME MATEM!
Mais tarde tem mais duas ou três atts, então apenas aguardem <3
Beijineos :3