DESTINY. || mitw [EM REVISÃO]

2.0

- Até que um dia!

- O que?

- Por que você demorou tanto, Tarik?

- Eu já disse. Estava resolvendo algumas coisas.

- E por que eu não posso saber? - fechei a cara. - A Maria veio aqui entregar algo pra você, e depois a Ketty me manda mensagens suspeitas por engano...

- Calma, Mike. Você vai saber logo. - revirei os olhos. - Agora vai tomar banho e colocar sua melhor roupa. Nós vamos sair.

- Posso saber pra onde ou vai me levar até lá com uma venda?

- Acertou.

- Você só pode estar...

- Eu to zoando, Mike. - me cortou. - Agora vai. Ainda tenho umas coisas pra fazer.

- Mereço... - murmurei.

Fiquei xingando o Tarik e as meninas em minha mente, afinal, odeio esse tipo de coisa. Por mais que não admita às vezes, sou muito curioso. Passei o dia inteiro tentando saber o que era e, quando achei que havia terminado, ele me vem com essa.

Eu não consigo pensar em nada sobre o que possa ser.

[...]

- Então, senhora mistério, onde iremos?

- Ao cinema.

- O que...? Tanto mistério pra um cinema?

- Olha, saiu o novo filme do Star Wars... - fiquei encarando-o. - Se não quiser ir, tudo bem.

- Tanto faz. - revirei os olhos.

Pegamos algumas coisas e saímos.

Eu realmente não entendo a necessidade daquele drama todo. Alguma coisa ele deve ter aprontado e está tentando concertar, só não sei onde a Maria e a Ketlin se encaixavam.

Chegamos lá e acabamos encontrando o pessoal do colégio.

- Huh, olá para o casalzinho. - Tarik murmurou algo para o Rafael e não pude entender direito.

- Bom, vamos? - perguntou Felps.

- Espera, você sabia que eles estariam aqui?

- Eu chamei eles...

- Certo. - olhei ao redor. - Não chamou o Batista e a Ketty?

- Bem, chamei, mas aparentemente o Batista não quis... Quanto a Ketty, ela disse que estaria ocupada com algumas coisas. - franzi o cenho. Aquilo era muito estranho.

Embora eu seja apaixonado por Star Wars, não consegui prestar atenção no filme.

Minha cabeça estava doendo e eu não aguentava mais ficar ali. Apenas queria ir embora e dormir.

- Podemos ir embora?

- Por que, amor? - fez careta.

- Só não estou me sentindo bem.

- Tudo bem. Deixa só eu fazer uma ligação... - antes que eu pudesse falar algo, ele saiu me deixando sozinho no local. - Bom, vamos? - sorriu e eu o acompanhei.

O caminho para casa foi silencioso. Ele olhava para o celular e para a estrada.

- Chega.

- O que? - perguntou ainda olhando para frente.

- Você tem agido estranho desde que acordamos. E eu não gosto disso.

- Mike... - estacionou o carro.

- Sem desculpas, Tarik. Eu to cansado, minha cabeça dói. Eu passei o dia inteiro tentando descobrir o que você aprontou, mas não consegui... Tanto faz. Não vai me dizer?

- Vamos subir?

- Você ouviu alguma coisa do que eu disse?

- Tem como você subir? - disse num tom mais grave. Bufei e subi.

Assim que entrei no nosso apartamento, tentei acender a luz, porém, por algum motivo, ela não acendeu.

- Mas o que... Tanto faz. Vem, Mike. - pegou em minha mão e me guiou até o quarto.

Quando ele abriu a porta, o quarto estava repleto de velas acesas.

- O que é isso, Tarik? - ri sem graça.

- Bem... - foi até a cama e pegou uma caixinha. O segui até o meio do quarto. - Nós estamos, ahn... Juntos, a algum tempo, certo? - assenti. - Mas nunca tornamos isso oficial, até porque quase não tivemos a oportunidade... Enfim. - ajoelhou-se e pude sentir meu coração parar.