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M I K H A E L  

- Muito obrigada pela noite agradável, senhor Linnyker.

- Por nada, senhora... Não vale, seu sobrenome é muito difícil. - ri e segundos depois ela fez uma cara séria. - O que foi? Eu prometo que vou treinar como pronunciar seu sobrenome. - brinquei e ela sorriu.

- Não, não é isso...

- O que é então?

- Eu acho que você devia ir ver o Tarik. - antes que eu abrisse a boca para retrucar, ela falou - Não adianta dizer que você não se importa, porque você faz. Tá na cara que você ainda gosta dele, Mike. Não acha que devia dar uma última chance a isso?

- Mas... Tem certeza?

- Eu sou sua melhor amiga e, por mais que eu goste de você e odeie admitir isso, você deve tentar de novo com o Tarik. Coisas boas não vem facilmente, você tem que correr atrás delas.

- Você sabe que eu te amo, né?

- Claro, afinal tem como não me amar? - fez cara de metida e eu a abracei.

- Você é a melhor pessoa que eu já tive o prazer de conhecer.

- É, eu também sei disso. Agora vai atrás do seu boy, corre. - revirei os olhos, deixei um beijo em sua testa e fui.

Eu sabia que talvez na fosse certo eu ir atrás do Tarik, já que quem causou tudo isso foi ele, mas como a Ketty disse, coisas boas não vem tão facilmente.

Era um pouco insensível da minha parte ficar feliz com o término dos dois, se eles terminaram claro, mas ele já me fez sofrer tanto que eu nem me importo com isso agora.

Eu não sei o motivo da briga deles ou por que eles poderiam ter terminado. Talvez fosse por minha causa ou talvez fosse culpa da Maria. Eu não gosto dela mesmo, então qualquer um dos dois motivos estavam bom pra mim.

Durante o caminho, fiquei me questionando o motivo disso tudo acontecer. Quer dizer, se é ou era pra nós ficarmos juntos no final, por que aconteceram todas essas coisas? Por que fomos impedidos tantas vezes? Talvez eu esteja me iludindo em relação a isso, mas eu quero acreditar que o Tarik tenha percebido isso que há entre nós.

Às vezes eu exagero, eu sei, vejo coisas muito além e isso é um defeito horrível, afinal vejo esperança onde não há nada. Mas tantas coisas horríveis aconteceram comigo nesse meio tempo que, de longe, o Tarik foi o que me salvou.

Cheguei em frente à sua casa e fiquei parado apenas observando a única casa da rua que estava na escuridão. Perguntei-me se ele não estaria ali. Talvez ele tenha saído com seu pai, talvez tenha ido até a casa do Batista, eu não sei.

Caminhei até a entrada e percebi que a porta estava aberta. Empurrei-a para ver se havia alguém ali. Quando ela se abriu, pude sentir meu coração acelerar.

Porém, não era da mesma maneira de antes. Não era por ver Tarik e perceber o quão apaixonado por ele eu estava.

Era por raiva.

Raiva e magoa.

Ele estava ali, com os lábios colados naquele que contribuiu com a minha destruição.

Ele estava com o Pedro.

Ele me olhou e, antes que pudesse falar algo, eu bati a porta e saí correndo.

Meus olhos estavam cheios d'água, por mais que eu não devesse, senti uma terrível vontade de chorar.

Mais uma vez eu me enganei em relação ao Tarik e isso era o que mais doía. Eu tinha esperança que dessa vez fosse diferente, mas obviamente estava errado.

Tarik me destruiu mais que qualquer um.

[...]

Quando cheguei em casa, olhei-me no espelho e vi o quão horrível eu estava. Rosto inchado e olhos vermelhos de tanto chorar.

Fui para o banheiro, joguei água fria em meu rosto e decidi fazer algo que talvez eu me arrependa depois.

(N/A) desculpem-me pelo capítulo bosta, não estou num dos meus melhores dias, mas eu tinha que att, então aqui está.
xx all the love

DESTINY. || mitw [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora