M I K H A E L
Segunda-feira. Colégio. Acordar cedo.
Essa vida não é pra mim.
A única coisa que me fez levantar foi pensar no Tarik, que atualmente é meu... Nada?
Eu fui idiota em dar uma última chance pro Tarik. Ele disse que faria tudo diferente, mas até agora nada aconteceu. Ele não me pediu em namoro ou algo parecido, o que é um pouco revoltante.
Talvez ele ainda esteja um pouco mal pelo que ocorreu com a Maria, ou apenas quer dar um tempo, afinal o relacionamento deles acabou a três dias atrás.
Estou sendo egoísta.
Mas quem se importa? Ele que pediu uma chance, então nada mais justo do que resolver as coisas rapidamente, não é?
Ou apenas estou com sono.
Ele ficou me mandando mensagens até uma hora da manhã, até eu desligar o meu celular e cair no sono.
Arrumei-me e fui para o ponto de ônibus, onde o Tarik já estava.
— Madrugou aí, foi?
— Não. Acabei de chegar.
— Então, tudo bem?
— É. Acho que sim.
— Comigo tá tudo bem também, obrigado por perguntar. — ele apenas sorriu. Eu iria xinga-lo, porém o ônibus chegou logo em seguida.
Ele não falou muito durante o caminho para o colégio. Na verdade ele também não falou nada durante as aulas. Eu pergunta, ele respondia, nada mais. Eu realmente não entendo esse menino. Deixei passar. Fiquei conversando com os meninos durante o intervalo, e na saída fui para o trabalho de carona com o Rafael, porém ele não se importou.
A noite chegou e nada de mensagens do Tarik. Pensei em ir até a casa dele e dar um soco em sua cara, porém apenas abri meu notebook e comecei a procurar por apartamentos pelas redondezas, já que eu queria me mudar logo.
— Mike?
— Oi, Batista. Entra.
— Você sabe que não precisa disso, né? — disse apontando para a tela do notebook. — Pode ficar aqui quanto tempo quiser.
— Eu sei. Mas eu preciso, sabe? Preciso de um espaço só meu, nada pessoal. — sorri.
— Tudo bem então. Ah, mais uma coisa... O que tá rolando com o Tarik?
— Como assim? — franzi o cenho.
— Ele tava estranho hoje... Pensei que vocês estavam se dando bem.
— E estávamos. Eu não sei qual o problema dele. — disse e o batista sentou-se ao meu lado. — Ele parecia tão resolvido esse final de semana, e hoje ele mal olhou pra mim. Eu não entendo.
— Eu provavelmente não devia falar isso, mas... Eu vi ele trocando mensagens com a Maria.
— Como?
— Ela senta na minha frente, dai pude ler o nome dele no celular dela, porém não consegui ver do que se tratava.
— Era só o que me faltava...
— Você tentou perguntar pra ele o que aconteceu?
— Mais ou menos...
— Tá vendo. — revirou os olhos. — Falta de comunicação sempre destrói relacionamentos.
— Você fala como se fosse experiente. — zombei.
— Quem tá dando conselhos aqui mesmo? Isso mesmo, eu. Mas é sério. Tenta falar com ele. Provavelmente tem algo grave acontecendo.
— É, vou dar um jeito.
— Não quero meu otp separado. — levantou-se.
— Seu o que? — ele riu e saiu do quarto.
Depois de ficar meia hora tentando descobrir o que era otp, continuei minha pesquisa por apartamentos.
Olhei para a janela e vi que já estava clareando.
Ok, provavelmente não irei ao colégio hoje.
Deitei-me e adormeci.
Acordei já eram dez horas da manhã. Aproveitando o fato de eu não ir ao colégio, fui para a cidade ver alguns apartamentos que eu havia pesquisado.
Era um pior que o outro, pareciam caixinhas de fósforos, e um mais caro que o outro, até que fui ver o ultimo, que era incrível. O preço estava um pouco fora do meu orçamento, mas nada que uma conversação não resolvesse.
Falei com o proprietário e logo fechamos negócio.
Passei o dia tão ocupado que mal tive tempo de pensar no o Tarik e na crise de babaquice dele.
Até que fui para meu trabalho.
Ele estava lá sentado na frente da lanchonete olhando para o chão. Assim que me aproximei, ele levantou-se.
— Eu preciso conversar com você.
— Precisa? Que bom. Pena que agora eu tenho que trabalhar.
— Mikhael, é sério.
— Também to falando sério, Tarik. Eu tenho que trabalhar. — entrei na lanchonete, porém, antes que eu pudesse entrar na sala dos funcionários, ele me puxou pelo braço.
— Meu pai quer me levar embora daqui.
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DESTINY. || mitw [EM REVISÃO]
FanficAs vezes o destino pode brincar com as pessoas; ainda mais quando você não faz nada a respeito.