✨ happy new year ✨
Minha mãe não se contentou com sorvetes depois da consulta, ela simplesmente ligou pro meu pai e o mandou - realmente mandou, isso gerou uma discussão de dez minutos com direito a "mulher, você não manda em mim" vindos do meu pai - cozinhar meu prato preferido. Na verdade, meu prato preferido não era nada de mais, era só risoto de frango.
Depois de quase 20 minutos dos dois brigando que nem dois adolescentes, meu pai se deu por vencido e fomos finalmente para casa.
A noite foi chamada de Noite da Comemoração. Eu ainda não estava entendendo o porquê de tudo aquilo.
Sim, a lista ter diminuído é algo bom, mas ainda tinham cerca de uma dúzia de pessoas na minha frente. Porém eu deixei que eles comemorassem, meus pais mereciam isso.
Na maioria das vezes, eu sinto que eu só acredito nos médicos e confio cegamente - no sentido literal - nesse transplante por eles.
Meus pais tentam de tudo e fazem de tudo por mim desde que eu fui diagnosticado. Eles merecem essa alegria e essa comemoração.
Depois de toda essa festa improvisada, eu decidi dormir. No outro dia eu e Zayn tínhamos uma grade de ensaios e algumas provas iriam começar.
Não tem nada que eu odeie mais do que provas, é um absurdo. Pra que raios eu preciso provar todo mês alguma coisa? É cada uma que o governo inventa, como se eu precisasse saber trigonometria pra entrar no céu ou no inferno.
Se bem que eu não duvido nada que o capeta não faça as pessoas estudarem matemática pra entrar lá dentro, porque sinceramente, matemática não deve ser coisa de Deus.
Certo, divaguei aqui novamente.
Eu estava sentado em algum lugar do jardim da escola, esperando um dos meninos.
Meu pai tinha me dado uma carona dessa vez e eu sempre chegava mais cedo quando ele me trazia, já que ele encarnava o personagem de Speed Racer pra dirigir.
Como eu não era nem um pouco popular, eu não tinha muita coisa pra fazer além de ficar pensando.
Minha vida costumava ser muito parada antigamente, os pontos altos do meu dia era estudar braille no meu quarto. E agora aqui estou eu, sou o principal de um musical, tenho amigos incríveis, uma lista de espera diminuindo e Harry Styles.
Eu ainda estou realmente confuso com minha "relação" com Harry, se é que eu posso chamar assim.
O que nós éramos?
Claramente não éramos só amigos, mas também não éramos namorados.
Não éramos só ficantes, já que ambos nos gostávamos.
Eu vou dar um nó na minha mente de tanto pensar nisso.
Sério, eu penso tanto nisso que alguma hora meu cérebro vai sair pelo meu nariz, me bater e voltar pra dentro pela orelha.
Certo, eu sou uma pessoa estranha.
Continuei sentado ali esperando algum dos meninos dar o ar de suas graças e comecei a relembrar algumas falas do teatro, já que eu estava ali sem nada pra fazer, vou ensaiar pelo menos.
Eu estava no meio do primeiro diálogo da Wendy e do Peter quando ouvi passos se aproximando de mim.
- E ai molecote. - Ouvi Niall gritar e em seguida o senti se jogar em mim.
- Ai caralho, Niall! - Gritei. - Você quer me deixar aleijado?
- Pelo amor da Coruja Celestial, Tomlinson, que mal humor. - Niall disse saindo de cima de mim e rindo.
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behind blue eyes • larry
Fanfiction✔ CONCLUÍDA ✔ E há quem diga que o que define seu destino não são suas condições e sim, suas decisões. Mas Louis Tomlinson conseguia discordar plenamente desta frase: era solitário, não possuía amigos e além disso, era um garoto cego desde os oito a...