Depois do incidente com Charlie e de quase o ter matado, Caroline me contou que ele estava bem, que ela o induziu a limpar-se e que esquecesse o ocorrido, também comentou que se ele estivesse usando algo com verbena (tipo o colar que Patch me dera para me proteger de Damon e Elena) ou a ingerido, nós não conseguiríamos hipotiza-lo. Agradeci a ela pelo o apoio e por estar disposta a me ajudar nesse processo, mas pedi para ficar sozinha. Eu não estava em condições de pensar nisso no momento. Todos os meus amigos, inclusive Patch, bateram a minha porta, querendo saber como eu estava. Não deixei com que ninguém entrasse, queria e precisava ficar sozinha. Ficar comigo mesma até conseguir me encontrar por definitivo.
No primeiro dia em que fiquei isolada em meu quarto, deixei apenas que Patch entrasse, queria conversar com ele urgentemente. E ele apareceu, vestindo uma camiseta de banda e calças jeans surradas. Seu cabelo começava a crescer novamente, chegando na altura das orelhas. Fios negros, ondulados e rebeldes como sempre. Deu passos cautelosos em minha direção, fitando meu rosto sem nem piscar.
–Oi. - Sussurrei enquanto ele se sentava ao meu lado na cama. Eu estava tão perdida, que nem mesmo havia colocado uma roupa decente ou sequer penteados os cabelos. Patch tinha que lidar com uma recém criada de pijamas, cabelos bagunçados e com oscilações de humor.
–Como você está hoje? - Ele pegou minha mão e a deixou em cima de sua perna. Seus olhos escuros me observavam de tal forma, que tive a impressão que ele estava com medo que eu cometesse alguma loucura.
–Vou ficar bem, não se preocupe. - Murmuro, olhando para nossas mãos entrelaçadas. Patch usa sua mão livre e ergue o meu rosto com o dedo indicador, seu olhar, como sempre, me fazia sentir transparente.
–Você não se alimenta ha um dia inteiro. - Disse ele, sua voz beirando a acusação.
–Se me trouxerem batatas fritas eu juro que como! - Brinquei, tentando suavizar o clima tenso que pairava ao nosso redor.
Patch não achou graça, seu rosto estava grave. Depois de um tempo, sinto que algumas lágrimas começaram a rolar pelo o meu rosto. Eu nem tinha percebido até Patch começar a secá-las com a ponta de seu polegar. Solto um suspiro pesado, inpacaz de fitá-lo com dignidade, decido que olhar pela a janela seria menos humilhante.
–Estou preocupado com você. - Diz ele. Sua voz ressoa bem fundo, no meu coração.
–Não se preocupe.
–Nao me preocupar? Nora, você está me excluindo da sua vida, eu mal a vejo direito e quando nos vemos, você é incapaz de me olhar nos olhos! - Solta ele. Me levanto da cama abruptamente, agora encarando o seu rosto bronzeado.
–Como você queria que eu estivesse? Saltitando feliz por aí? Bebendo o sangue de um e de outro sem me importar com nada? - Bufo alto, sentindo a raiva e a dorzinha ridícula da garganta me incomodar. Ponho as mãos na cintura. - Nunca mais vou ser a Nora de antes. Nunca.
Patch levanta-se também, tira as minhas mãos da cintura e me puxa pra ele de um jeito brusco. Seu rosto está a pouquíssimos centímetros do meu. Sinto o seu calor como sempre foi, só que agora as sensações ficaram mais intensas.
–Você sempre será a minha Nora, o meu anjo.
Minha raiva é substituída, novamente, por um choro convulsivo.
–Eu sou uma vampira agora. - Afirmo, um nó começou a se formar em minha garganta.
–Você ainda é a minha Nora, a minha namorada. Nada mudou aqui dentro
- Murmura ele, pondo minha mão sobre o seu peito.
Acabo abrindo um sorriso pequeno.
–Você ainda me ama então? - Pergunto, minha voz vacilou.
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Entre Suas Asas
FanfictionPatch não é o tipo de garoto que se apresenta pra família, que pensa em estudar e ter um bom emprego no futuro. Patch não é o cara "mauricinho", e que chama atenção à primeira vista por ser educado e gentil, muito pelo o contrário. Mas no...