Analisei as minhas possibilidades de sair dali viva, e elas não eram das mais animadoras. Estava sozinha com dois psicopatas que achavam que eu sabia onde estava a cura. Ok, até aí tudo bem, mas onde está a cura? Eu não fazia a miníma ideia.
Tentei me manter calma.
Não consegui.
Minhas mãos estavam suando muito apesar do friozinho do ínicio da noite.
–Nos convide para entrar- falou Damon com a voz suave.
–Me solta antes- eu disse tentando transparecer coragem apesar de estar morrendo de medo. Elena revirou os olhos e gesticulou para que Damon me liberasse de seu aperto de aço.
Dei uma olhada discreta para dentro da casa. Se eu conseguisse distrair eles, talvez fosse capaz de entrar antes que fosse pega. Ele me soltou, porém permaneci parada onde estava. Pigarreei e tirei alguns fios de cabelo que saíram de debaixo da toalha e haviam grudado na minha testa.
–Eu sei o que vocês querem comigo- comecei, a voz firme escondendo a tremedeira interior.
Elena se apoiou na cerca de madeira há anos pintada de branco da varanda. Estava olhando para as unhas e um sorrisinho sinistro repuxava o canto de seus lábios. Ela me olhou e o sorriso desapareceu.
–Prossiga- murmurou de um jeito entediado.
–Eu não sei onde está- confessei, dando lenha para a pequena esperança que havia dentro de mim que dizia que esta informação seria o suficiente para que me liberassem.
Damon moveu-se rapidamente até onde estava Elena, seus olhos super azuis analisavam cada movimento meu. Ele ergueu as sobrancelhas e curvou os lábios para baixo.
–Você está mentindo- rosnou. Dei um passo para trás, sentindo toda a frágil faxada de coragem que havia contruido ruindo diante de mim.
–Eu...meu pai não me disse nada, não sei onde está a Cura, eu juro.- Falei, tremendo dos pés à cabeça. Meu peito subia e descia violentamente.- Me deixem!
Elena arrancou um pedaço de madeira da cerca e ficou girando-a habilidosamente na mão esquerda enquanto me fitava. Olhei novamente para a porta aberta, o terror tomando conta do meu corpo e expulsando o bom senso. No segundo após a minha vacilante olhadela de desespero para a porta, Damon havia se postado diante dela com os braços cruzados.
–Por favor, me deixem ir- eu praticamente implorava.
–Sua voz me deixa com dor de cabeça.- Murmurou a Gilbert.
Fitei Damon, minha última esperança.
–Por favor, Damon- ele não parecia tão indiferente quanto ao que acontecia, por isso ele era minha última tentativa. Ao menos, parecia mais estável e racional que Elena.
–Precisamos da Cura, Nora. Nos conte onde está, e tudo ficará bem com você e sua família.
Meus olhos estavam arregalados, pisquei veementemente para evitar que as lágrimas saíssem.
Ergui os ombros pateticamente.
–Eu. Não. Sei.- minhas palavras soando cansadas.- Já falei! Não vão conseguir nada comigo!
–Talvez Patch pense diferente- disse Damon enquanto seus olhos começavam a mudar de cor e suas veias ficarem escuras e soltadas na pele do rosto. - Ele vai nos ajudar se você estiver conosco.
–Deixem ele fora, ele nã...
Minha frase fora interrompida quando senti um baque violento me empurrar para trás. Fui atingida com um pedaço de madeira no meu ombro direito. Olhei para a estaca improvisada e o sangue que começava a sair do ferimento. Não tinha sentido dor até o momento em que forcei para tirá-la dali. Mordi o lábio para não gritar.
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Entre Suas Asas
FanficPatch não é o tipo de garoto que se apresenta pra família, que pensa em estudar e ter um bom emprego no futuro. Patch não é o cara "mauricinho", e que chama atenção à primeira vista por ser educado e gentil, muito pelo o contrário. Mas no...