A pratica de age play foi uma das ultimas que passei a praticar, e confesso tenho receio de sofrer preconceito por conta de ter esse prazer.
Muitos ao ler esse relato devem estar se perguntando sobre do que se trata, então aqui deixarei um texto para situar o leitor sobre a pratica e assim direi como me descobri como uma baby.
Age play
O age play é um jogo no qual adultos assumem papeis relacionados à idade que estão interpretando, pode ter caráter sexual ou não, pode ser interpretado com a idade desde bebes a idosos.
No bdsm é comum o bottom assumir um papel de adolescente ou criança e o Top ser a pessoa que irá cuidar dele (a) tendo ou não sua idade modificada... Não existe relação com atração sexual por pessoas mais jovens (crianças e adolescentes) até porque é um jogo consentido em que adultos praticam.
No infantilismo existe a regressão de idade o que difere do age play, pois no age play as pessoas podem interpretar a idade que quiserem. Muito se fala que DD/lg não é age play, porém para mim se trata sim de algo de dentro do age play.
O jogo consiste em uma pessoa assumir o papel de adolescente ou criança e agir de acordo com a faixa de idade escolhida tendo interação com a pessoa que será a mais velha e agirá de acordo com o papel escolhido. No meu caso sou uma baby e meu dono (pois sou escrava) é meu daddy que é papai. Não temos envolvimento sexual quando sou a baby dele, até mesmo o sadismo dele não está presente como quando estamos praticando SM. O sadismo presente no age play, por exemplo, poder ser bem mais leve do que em uma sessão de spanking.
Porém se tratando de bottoms que sejam Brats e/ou masoquistas o top poderia incorporar perfeitamente o sadismo no role play, pois as bottoms teriam os comportamentos semelhantes a crianças mimadas sendo "malcriadas".A relação DD/lg (daddy dom/ little girl: papai dom/ pequena menina ou filhinha) tem todo o contexto relacionado a ensinar, educar, brigar e punir quando necessário, cuidar e proteger enfim é uma relação em que o top realmente assume o papel de pai da bottom e pode Isso difere do contexto de uma relação D/s. É comum vermos Daddys mais velhos que sua little porque com a idade vem à maturidade. Nada impede que o Daddy seja um jovem maduro e se torne um bom pai.
As vestimentas são bem importantes para que o bottom realmente tenha atitudes voltadas a da idade escolhida. O uso de fraldas, mamadeiras, chupetas, macacões tornam a cena mais real. Alguns artigos por ai dizem que o bottom pode ser obrigado a usar fraldas com o intuito de humilhação, mas até agora não conheci nenhum bottom que tenha falado isso ou até mesmo tenha tido humilhação nessa pratica.
Também existem as mamães e os filhos, porém as siglas relacionadas a essa relação não são conhecidas, pela logica então seria MD/lb? Podemos também levar em conta que muitas dominadoras gostam de transformar seus submissos em sissys, no age play a transformação seria para uma menina.
Algumas pessoas preferem o role play em que o bottom é o aluno (a) e o top e o professor (a) ou até mesmo diretor (a) que para mim possui um contexto sexual maior. Outros falam do role play em que o Top é o médico e o Bottom o paciente, porém cabe dizer que só seria age play se houvesse realmente a mudança de idade. É raro vermos por ai pessoas que assumem papéis idosos como vovô ou vovó, mas não é impossível assim como netos e netas.
É comum também algumas pessoas da comunidade dos ABDLs (adult baby/ diaper lover: bebês adultos / pessoas com fetiche por vestir ou usar fralda ) praticarem age play com companheiros que sejam praticantes de BDSM. Porém assim como no infantilismo existe a diferença do age play podendo ser incorporados elementos no age play.
Quando comecei a praticar
Como ja disse anteriormente eu sempre me achei mais madura para as meninas da minha idade, mas mesmo assim o sentimento de carência estava presente em mim e a forma para esquecer isso era enfiar a cabeça no travesseiro e chorar.
Não tive pai, aliás nem sei se ele sabe que existe e pra dizer a verdade senti falta de ter tido um pai. ao completar 18 anos minha vó resolveu me dizer quem era meu pai, eu achava que era um coleguinha de escola da minha mãe, mas na realidade se tratava do ex marido da minha tia e na época ainda estava com ela, ela é irmã da minha mãe . Fiquei com muita raiva de tudo isso e foi o fato de terem esperado esse tempo todo para me dizer a verdade que me motivou a seguir independente sem dar satisfação alguma da minha vida a eles, porém ainda não tenho certeza e nem penso muito nisso pode também ter me motivado a buscar um "papai" na pratica do age play .
Ao conhecer meu dono através da internet senti que podia contar com ele para conversar, adorava a forma como me tratava sempre me chamava de criança e passei a estudar sobre o age play me identificando muito com a pratica.
O conheci pessoalmente sem a intenção de ter uma relação, conversamos e tivemos nossa primeira sessão juntos ( em outro momento entrarei em detalhes sobre ela). Percebi que era aquela dominação que eu queria sentir então após terminar nossa negociação iniciamos uma relação de Mestre e escrava, Dono e cadelinha, papai e filhinha.
Descobri um prazer indescritível nessa pratica, ser cuidada como uma bebe de 3 anos, brincar, usar fralda, mamar mamadeira, chupar chupeta. Fazer coisas que com certeza muito acham estranho, mas para mim é maravilhoso. Nessa pratica assim como em pet play esqueço dos problemas, esqueço que sou adulta, só aproveito o que a pratica tem a oferecer.
Espero que tenham gostado e até o próximo relato.
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Meu Despertar no BDSM
Non-Fiction(+18) Saber como é a iniciação de uma pessoa no BDSM faz parte da curiosidade de algumas pessoas. E levando isso em conta neste livro falarei não somente da minha antiga relação com meu dono mas sim de quando inciei passando conhecimento ao leitor s...