De forma resumida para se dar uma introdução ao tema, TPE (Total Power Exchange), significa troca total de poder, o bottom é escravo na sessão e fora dela, deve satisfação ao top de tudo que faz, necessita de autorização para coisas que podem parecer algo simples, não possui segredos com seu dono, pode possuir poucos limites e esses se explorados pelo dono deve ser com maestria, só toma iniciativas quando lhe for ordenado ou quando for algo urgente, pode interromper uma sessão quando sentir que algo não esta dando certo.
Um top que opta por ter um escravo nessa relação deve ser capaz não apenas de ordenar, mas sim observar, liderar, ser capaz de fazer com que seu escravo sempre se sinta bem psicologicamente e fisicamente.
O escravo que opta por esse tipo de relação deve ter em mente que não deve ser subserviente, que deve estar disposto a observar suas próprias atitudes. Essa relação requer extrema confiança de ambos. Dizem que as bases mais adequadas para este tipo de relação é a CCC e o RACK.
Mitos mais comuns que muitos espalham por ai é que a relação só tem fim quando um dos lados morre, que no TPE o bottom não pode interromper uma sessão quando algo esta errado, que esse tipo de relação não tem contrato, o bottom não tem limites e muito menos negociação. Por eu viver uma relação TPE me atreveria a dizer que é o tipo de relação que mais necessita de negociação, pois a intensidade do domínio e controle do top sobre o bottom existente nela é maior do que em PPE e EPE, sendo assim o risco das praticas podem ser maiores tanto fisicamente quanto psicologicamente.
Contrato e negociação
A negociação ocorre como em qualquer outra relação, com a exposição de práticas preferidas, desejos, limites, exposição de visões importantes a respeito de tudo. Nesse tipo de relação o top deve ser um líder para o bottom, sanidade e consenso são aspectos que não podem ser esquecidos, pois são coisas que claramente demonstram a linha entre o abusivo e o permitido. Contrato como muitos já sabem não tem valor legal, não é algo obrigatório nem proibido, mas é algo importante para que se deixe claro o que foi negociado entre ambos, fora o valor simbólico que ele representa.
Então você iniciante, tire essa ideia de que você não tem limites e fará tudo que seu "dono" mandar, pois você não faz ideia do que realmente é uma relação e das consequências que você pode ganhar ao entrar no BDSM com esse pensamento. Algumas pessoas nem negociam e já entram em relações com o pensamento acima, se sujeitam a muitas coisa não por prazer, mas sim por comodidade e falta de estrutura psicológica.
Sobre limites
Uma relação TPE necessita ser prazerosa para ambos, sendo assim uma escrava PODE SIM TER LIMITES ou até mesmo deixar que o dono os explore (que posso dizer que é algo comum). Uma pessoa que diz não possuir limites não faz ideia das inúmeras praticas existentes, quer de certa forma se colocar como superior as outras, pois se for pra colocarmos em uma lista as praticas existentes e ver a respeito das mesmas garanto que apareceria muitas coisas que não apreciamos e não veríamos prazer.
Uma escrava não é obrigada a gostar, por exemplo, de práticas hards, scat, humilhação, uma escrava tem sim literalmente seu prazer baseado no do Dono, pois COMPATIBILIDADE é algo que deve existir para que uma relação assim realmente de certo, sendo assim dizer que uma escrava não pensa mais por si é outro equívoco que muitos cometem.
Não sei se é algo que apenas eu percebi, mas no meio virtual também vemos a prática de empréstimo sendo bastante ligada a esse tipo de relacionamento, eu e meu dono não somos adeptos
e mesmo assim somo bastante procurados por muitos caras que sequer são praticantes, maioria atrás de suruba. Venho aqui dizer que em um relacionamento assim a escrava também não é emprestada a outros se não quiser.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Despertar no BDSM
Não Ficção(+18) Saber como é a iniciação de uma pessoa no BDSM faz parte da curiosidade de algumas pessoas. E levando isso em conta neste livro falarei não somente da minha antiga relação com meu dono mas sim de quando inciei passando conhecimento ao leitor s...