Capítulo nove

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Pedro

Foi a mesma coisa que me jogar um balde de água fria, aquela brincadeira acabou com qualquer desejo que eu sentia por ela. Se é que é brincadeira, não sei. Sem pensar duas vezes empurrei-a para o lado e sai de perto, buscando um maior espaço entre eu e ela.

—Você está louca?— perguntei indignado.— Que brincadeira idiota é essa? — O espanto e o choque estavam sendo substituído por um outro tipo de sentimento: raiva e nojo.

— Não meu querido, eu não estou brincando, por acha isso?— ela falou com uma voz melosa e pegajosa, e veio para o mim, se inconstando em meu peito de maneira sensual. Mas agora eu estava imune aos seus encantos, e muito rapidamente me desfiz de seu toque, enojado.

— Não toque em mim!— Tornei a me afastar, empurrando-a um pouco mais forte do que antes. Eu não desejava machucá-la, mas também não queria que encostasse em mim. Ela me encarou e vi em seus olhos a fúria e o ódio? Não sei bem se foi isso que vi mesmo, nunca fui muito bom em ler olhares, mas desconfio que seja mesmo.

— Você está me esnobando, seu moleque insolente?— ela falou entredentes. Sim era ódio mesmo que vi.— Quem você pensa que é para me tratar assim?

— Como ousa brincar com uma coisa tão seria?— gritei.

— O que? Não acredita que eu sou sua vovozinha?— Como ela podia fazer ironia uma hora dessa?

— Não pode ser.— Só a ideia de ter desejado minha avó me repugnava, se ela achava que isso me faria cair, está totalmente errada. Em sã consciência eu nunca me deitaria com minha avó, nunca cometeria um incesto. Respeitos são valores que preso, mas que possivelmente ela desconhece esse conceito.

— Pois, eu sou, fui eu quem colocou no mundo aquela ingrata da Fernanda, sua mamãezinha querida. E você está tendo a honra de se unir a mim. — Ela ficou em silencio novamente, e quando voltou a falar, já não parecia a petulante que a pouco falava com superioridade, mas sim como alguém amorosa que só quer o bem.—Veja bem querido, eu posso lhe dar tudo aquilo que um dia desejou, amigos, companhia, amor, carinho e atenção. Nunca mais se sentirá sozinho, eu não tentaria isso se não fosse a única maneira de você cair, somente o desejo pode ser forte o suficiente para te fazer esquecer de tudo e se entregar.

Ela sabia exatamente o que eu desejava e o quando a solidão me perturbava e estava jogando sujo comigo, eu podia sentir. Mas ainda que significasse viver para sempre sozinho, eu nunca faria algo assim. Novamente ela veio em minha direção.

—Não se aproxima, estou avisando.— Seus olhos brilharam com raiva novamente.— Eu te desprezo.— falei.

— Seu idiota! Vai se arrepender por essa afronta, você não perde por esperar.— Ela saiu do quarto, senti um alívio muito agrande, mas minutos depois ela retornou com quatro caídos.

—Arranquem a roupa dele, deixe apenas de cueca e o amarre na cama, agora!

— Não!— Tentei gritar e lutar. Dei um soco em um deles, mas outro veio e me segurou por trás, me imobilizando, me debati, mas foi inútil, pensei que eles fossem me bater ou algo assim, mas não, apenas fizeram o que ela ordenara, e quando saíram do quarto eu estava exatamente como ela ordenara.

— O que você pensa que está fazendo?—gritei furioso e ela deu uma gargalhada.

—Eu não penso, eu estou fazendo. Quando eu terminar contigo, vai me implorar por meu corpo.— dizendo isso ela saiu do quarto, gargalhando, e frustrado me contorci, tentando escapar das correntes que me prendiam. Fiz uma prece silenciosa, torcendo para que o todo poderoso perdoasse minha transgressão e me ajude de alguma maneira a sair dessa situação.


Galerinha, por favor não fiquem bravos comigo por causa do tamanho do capitulo, eu sei ficou pequeno, mas não deu para evitar, mas vou tentar compensar, postando o mais próximo capitulo o mais rápido o possível. Tudo bem? E ai? O que acharam do capítulo? Deixe seu voto. Beijos e até breve.


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