change your mind (c.y.m.) // muke

Six

               👁‍🗨Michael's POV👁‍🗨

No caminho de volta pra casa, escutei um barulho de música eletrônica.

Fui seguindo o som até que encontrei uma portinha no fundo de um beco, a abri e me deparei com uma festa fantástica.

Olhei pros lados, pra checar se nenhum conhecido estava por perto, e então olhei pra festa:

- Vamos beber.

    
                            👁‍🗨

Bati na porta de casa. Os efeitos do álcool já haviam passado, e podia me lembrar de ter ficado com duas garotas que se mostraram disponíveis demais na festa.

Ninguém abre a porta, provavelmente todos estão dormindo. Decido entrar pela janela que eu sempre brincava de passagem secreta quando era criança.

Ao entrar na casa, percebo que ninguém estava dormindo. Minha mãe estava na sala, com a cabeça mergulhada no pescoço do meu pai, e não parava de chorar.

- Mãe? Pai? O que houve?

Minha mãe levantou lentamente a cabeça, e meu pai respondeu:

- Sua mãe foi demitida, Mike. E não sabemos se poderemos sustentar essa casa apenas com o meu salário.

- A empresa faliu, filho - ela falou em meio às lágrimas - eles tiveram que demitir todos os funcionários, incluindo eu.

- Mãe eu... sinto muito - me dirigi à ela e a abracei - você vai conseguir um novo emprego, eu tenho certeza.

O telefone tocou, e minha mãe deu um pulo.

- O QUE FOI AGORA, PORRA! - ela gritou.

- Karen... - meu pai tentava tranquilizá-la, enquanto eu buscava o telefone.

Ela se levantou do sofá pra pegá-lo, e foi para a cozinha.

- Alô? Quem fala? - pude escutar ela falando - Sim, sim. Eu sei quem você é... da escola... sim eu sei... sério? Eu não estou acreditando nisso.

Ela colocou a mão na testa:

- Me desculpe, me desculpe muito senhora, eu vou falar com ele agora, espero que seu filho esteja melhor.

No momento que ela disse "seu filho" eu já sabia de quem era a ligação. Era a mãe de Luke ligando pra me dedurar. Filha da mãe.

Minha mãe chegou andando apressada até a sala, e quando me encontrou com os olhos, foi tomada por raiva.

- Chega. - ela disse - Chega, Michael. Não quero mais saber disso. Amanhã eu e você vamos à psicóloga ter uma conversa.

- Mãe, por favor... não precisa de tudo isso, eu estou bem, eu vou melhorar, prometo - eu não iria consultar uma psicóloga nem por baixo do meu cadáver.

- Eu não acredito. Isso já foi longe demais. Está virando doentio.

- EU NÃO SOU DOENTE, MÃE! - comecei a chorar. Como ela podia achar algo assim do seu próprio filho?

- EU NÃO QUERO SABER MICHAEL, ISSO JÁ ESTÁ FORA DE CONTROLE - ela foi andando para a cozinha novamente, dessa vez discando um número.