Acidente

13 0 0
                                    

- Harry...

- Ah, qual é, fala logo, eu morro assim - ele me cortou, ansioso

- Como se você não soubesse que eu vou dizer que eu aceito - falei, rolando os olhos - Até parece que eu ia dizer não, sério, depois de tudo o que passamos você... - me cortou com um beijo apaixonado

- Você é muito tagarela, garota - sorriu abertamente

- Bobo - dei um tapinha em seu braço

- Que você ama - piscou e voltou a encarar a paisagem, me colocando em frente dele e me abraçando e provocando com mordiscadas na orelha.

- É maravilhoso - suspirei

- Eu? Eu sei, mas obrigada - falou convencido

- Não você, bobo, o lugar - apontei para a nossa vista

- Ah, isso também - riu no meu ouvido e voltamos a ficar em silêncio, apenas nos abraçando e trocando afagos de vez enquanto e soltando suspiros apaixonados - Sabe, eu nunca pensei que traria uma namorada para Paris e que estaria perdidamente apaixonado por ela, eu sempre fui do tipo que não namora, que só transa com as enfermeiras do hospital e não se importa com o que elas pensam, sempre abominava os caras que faziam coisas românticas por suas namoradas ou noivas, eu pensava que nunca faria isso - apontou para nós dois abraçados

- E o que você pensa agora? - perguntei um pouco receosa, com medo de que ele dissesse que ainda não faz o tipo romântico

- Que eu era um babaca, que magoei mulheres e pessoas com meu temperamento, que eu perdi maior parte do meu tempo pensando apenas em sexo enquanto eu poderia estar sendo feliz ao lado de uma namorada que pode me proporcionar amor e sexo ao mesmo tempo - falou sincero e eu ri de sua careta no final

- Ser um príncipe é muito melhor do que um ogro, acredite em mim - lhe dei um selinho delicado

- Ah é? - perguntou, se virando de frente para mim - Então o príncipe aqui vai te levar na carruagem para o hotel e te fazer sentir uma princesa, talvez uma princesa selvagem, na cama, no chuveiro, em todos os cantos daquele quarto maravilhoso de hotel.

Descemos os vários lances de escada e logo estávamos no carro voltando para o hotel. Ao subir, Harry fez questão de cumprir com sua promessa de batizar todos os cantos do quarto. Alguém não dormiu a noite.

[...]

Um som estridente me impedia de continuar a dormir, sentia meu corpo pesado, sem vontade nenhuma de levantar ou até mesmo abrir os olhos. Ao ouvir um baque no chão e um xingamento alto vindo de Harry, abri os olhos preocupada, encontrando Harry esticado no chão em frente à mesinha de centro que estava na sala, me segurei para não rir e corri até ele.

- Você está bem? - perguntei risonha

- Ha ha - foi irônico - Tropecei nessa arma que vocês chamam de salto alto - fez cara de brabo e eu ri alto - Atende essa merda - jogou o celular em mim e eu atendi.

- Alô?

- Bom dia, gostaria de falar com Anna Fell - uma voz serena e feminina soou do outro lado do telefone

- É ela, quem gostaria? - perguntei

- Aqui é Margareth Trews, do Saint Mary's Hospital, seu pai sofreu um grave acidente na noite de ontem e foi trazido para cá com ferimentos graves, passou por uma cirurgia longa e foi internado na UTI, os médicos temem que talvez ele não se recupere, por isso contatamos você, contra a vontade de seu pai, que parecia não querer sua presença - quando ela terminou de falar, eu deixei o celular cair no chão e caí sentada no chão. Harry pegou o telefone e colocou no ouvido, me olhando preocupado

HypertermyaOnde histórias criam vida. Descubra agora