Capítulo Vinte e Nove

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N/A: Coração quase não aguenta após revisar esse capítulo fortemente emocional e emocionante! 


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  Os acontecimentos do passado podem muito bem voltar para assombrar o presente...

   Essa bendita frase se formou em minha cabeça quando constatei que todos os que tinham me feito algum mau nessa vida estavam aqui. Onde tudo isso tinha começado e agora, olhando para Alberto, sabia que era onde tudo terminaria.

   Chega a ser até morbidamente engraçado as coincidências da vida...

—Você estava na Alemanha... —ouço pela primeira vez a voz de Júlio recitando o que eu também tinha pensado.

   Como é que ele estava aqui?!

—Eu tenho sombras, rapaz. —ele diz como se fosse obvio. —Para todos os casos eu ainda estou lá. Ninguém viu-me pisar neste país... além de vós é claro.

   A sua insinuação deixa sem sombras de dúvidas que éramos só nós contra ele e que, se morrêssemos agora, não daria para ligar nossas mortes a ele. Afinal, para todos os casos ele ainda está na Alemanha, como nós e todos pensavam.

—Vós realmente achastes que eu deixaria barato? Achastes que eu não viria a procura dos malditos que mataram meu sobrinho e ainda tiraram-me milhões de euros?! —ele riu levantando a mão a barriga protuberante me causando um evidente mal-estar.

   Ele olhou zombeteiro para gente que nos mantínhamos parados feito estatuas. Meus dedos se enrolavam no peito de Júlio como minhas tripas se enrolavam na minha barriga.

   O corpo tenso de Júlio e seu rosto virado firmemente para Alberto, me dizia que ele estava apreensivo e até mesmo aflito com a situação. Meu medo para com ele era imenso! Tão imenso quanto o dele que o fazia ter um braço de ferro a minha volta me prendendo fortemente a ele.

—Sabia que viria. —atira Júlio forte e tenso. —Mas ainda assim, é muito bom saber que ferramos de algum jeito você!

   —É evidentemente impressionante como os Sales tem que sempre entrar em meu caminho. Teu pai entrou múltiplas vezes atrapalhando-me de diversas formas. Mas aí eu o matei e cheguei a pensar que nenhum maldito Sales viria aborrecer-me mais. —ele começa acidamente até chegar a escarniar quando falou que matou o pai de Júlio. —Mas aí tu me apareces! Mais um Sales que eu irei liquidar. Diga-me rapaz, para quem devo mandar tua cabeça? Espero que tenha recebido a de teu pai.

—Júlio não! —eu exaspero segurando-o e impedindo que ele vá para cima de Alberto. Segurando seu corpo como se a minha vida depende disso e para falar a verdade, dependia mesmo, tentei pará-lo de se jogar para morte bem na minha frente. Pois vi quando o subordinado de cabelos ruivos levantou a arma junto com de cabelos escuros. Eles claramente impediriam a ação de Júlio antes mesmo dele dar um passo. —É isso que ele quer! Ele está brincando com a sua cabeça!

—Brincando, decapitando... —Alberto ri fazendo um sinal para os dois subordinados ao seu lado abaixarem a arma. Mesmo parecendo receosos eles abaixam e eu engulo em seco ainda mantendo meus braços ao redor de Júlio, que eu sentia praticamente tremer de raiva. —E tu es Lívia, certo? A mulher que meu sobrinho ficou fascinado. Não nego que tu tiraste de meus negócios um imprestável. Aquele traste não me era muito inteligente, e por ele estar morto, isto comprova as minhas suspeitas. Ele não podia ver um belo rabo de saia...

Perdendo-se pelo CaminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora