Choro

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E ali sentada naquele vaso, ainda não consigo entender o que estou vendo.

- Ali, vou chamar o segurança para arrombar esta porta se você não sair daí imediatamente.

- Positivo. – eu digo com a voz entrecortada enquanto saio do banheiro.

- Eu já imaginava – respondeu a Tati me abraçando apertado.

- O que eu vou fazer?

Pois é, o que eu vou fazer agora? Ter um filho aos 22 anos, sem casa própria, sem marido, sem família, e ainda por cima daquele idiota do... ainda não consigo nem pensar no nome dele. Definitivamente isso não estava nos meus planos.

Lagrimas escorrem pelo meu rosto e minha cabeça está uma confusão. Não consigo raciocinar direito, até respirar está difícil.

- Ai meu Deus! O que eu vou fazer? – continuo repetindo e repetindo volta e meia.

- Liguei para a Robe e ela já deve estar chegando.

Tati havia me escoltado até um banco do Shopping, as pessoas passavam por nos sem entender o motivo de tantas lagrimas, um segurança veio até nós e perguntou se precisávamos de alguma coisa, talvez um médico.

Foi nesse momento que Robe chegou e me arrastou para um abraço apertado.

- Nem acredito que vou ser titia! – ela estava eufórica, como sempre Roberta só via o lado bom das coisas, e eu ainda não conseguia ver este lado.

Só chorei em resposta, ainda estava em choque.

Fomos para a loja onde eu trabalhava e Tati explicou para a gerente a situação e ela acabou me dispensando o resto do dia.

- Vá para casa e descanse, preciso que amanhã você abra a loja, pode ser?

- Claro – respondi com minha voz rouca pelo choro – até amanhã.

Ela respondeu um até amanhã e me deu parabéns pela gravidez, o que me fez chorar novamente.

E Agora? - rascunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora