Surpresa

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Acho que o lado bom de brigar é fazer as pazes depois, voltamos mais confiantes e com mais vontade de dar certo. O sexo de reconciliação então é uma delicia, Eduardo venerou meu corpo como se fosse um templo, beijando cada centímetro de pele e me levando as nuvens diversas vezes.

Na manhã seguinte antes do trabalho fomos direto ao seu consultório tentar ver mais uma vez o sexo do bebe, já havíamos feito quatro ultrassons nas ultimas semanas só que ele não anda colaborando, Eduardo tentou me dissuadi para fazer o exame de sangue, mas eu fui irredutível, sei lá eu queria simplesmente ver.

- Preparada – Eduardo me ajuda a deitar na maca e liga o aparelho para o exame.

Apesar de tentar não demonstrar eu conseguia ver como Eduardo estava ansioso para saber o sexo do bebe.

– Bebe, vamos deixar de mistérios e colaborar com o papai. – ele fala acariciando minha barriga antes de colocar o gel para o exame.

Eu de certa forma ainda achava estranho ele se autodenominar papai do bebe, nós tínhamos conversado sobre isso, ele dizia que nós três éramos uma família e ainda assim eu tinha receio de acreditar nisso e ele acabar desistindo no meio do caminho.

De repente surge sorriso enorme no rosto de Eduardo, não consigo me conter de emoção e já sinto uma lagrima escorrer no meu rosto.

- E então o que é? – pergunto já que não consigo ver direito o monitor com a minha visão embaçada por causa das lagrimas.

- Hum! é... – ele limpa a garganta e fica sério – eu não consigo visualizar – diz e fico um pouco confusa com toda a sua alegria de uns segundos atrás – está com as perninhas fechadas novamente.

Ele desliga o aparelho e começa a limpar a minha barriga, fico chateada e arrependida de não ter feito o bendito exame de sangue antes.

- Que droga – digo chateada – desse jeito só vou descobrir o sexo desse bebe na hora do parto. - Desço da maca resignada e Eduardo dá risada da minha frustração.

- Calma, semana que vem tentamos de novo. – ele diz.

A expectativa de descobrir o sexo do bebe até era divertida até algumas semanas atrás, agora já virou tortura essa incógnita.

Eduardo me levou ao trabalho e se despediu com um beijo demorado, fui trabalhar meio chateada em ainda não saber o sexo do meu bebe, tentava dizer a mim mesma que isso não importava, até mesmo por que eu não tinha preferência sobre sexo dele, mas eu queria começar a planejar o enxoval, escolher as roupinhas e decidir o nome entre outras coisas. 

Logo após o almoço Eduardo me ligou para dizer que tinha de fazer um plantão extra no hospital e que nos veríamos só no dia seguinte, o que me deixou um pouco mais chateada, já que tudo o que eu queria hoje era um pouco de colo do meu namorado gostosão quando chegasse em casa.

No fim da tarde a Tati apareceu na loja com os braços cheios de sacolas.

E Agora? - rascunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora