Deslocada

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Na semana seguinte tirei o dia de folga para me preparar para a festa beneficente do hospital do pai de Eduardo, eu havia comprado um vestido de gala a alguns dias que foi quase o meu salário inteiro do mês, mas minha vontade de ficar a altura de Eduardo nesse evento é mais forte do que minha prudência em gastar tanto dinheiro em um simples vestido.

Fiz pé, mão, maquiagem e um penteado bem elaborado onde os cachos bem desenhados desciam delicadamente no meu ombro esquerdo. Coloquei meu novo vestido rosa chá, tomara que cai com cintura imperial e me admirei no espelho.

- Você está deslumbrante – Eduardo diz atrás de mim terminando de ajeitar seu smoking – mas falta alguma coisa.

Olho assustada para o espelho procurando alguma falha, meu cabelo e maquiagem estavam perfeitos, o vestido estava em ordem com todas a predaria de seu busto intacta, conferi até os meus sapatos para ter certeza que estava tudo em ordem.

Eduardo coloca sua mão no meu pescoço e me olha intensamente através do espelho.

- Vou te dar um presente, mas antes quero que você prometa que não vai fazer nenhuma objeção. – ele fala com um sorriso nos lábios de quem vai aprontar.

- E se eu não gostar? – pergunto mesmo sabendo que vou adorar qualquer coisa que ele me dê.

- Você vai gostar. – ele afirma me entregando uma caixa de veludo.

Só pela caixa já sei que aquilo deve valer uma fortuna, bem mais do que meu vestido. Abri a caixa e fiquei literalmente sem folego com o que vi, havia um par de brincos longos com uma pulseira em conjunto, tudo cravejado com diamantes.

- Isso daria para sustentar uma família pobre por um ano, se não mais - digo ainda admirando as peças.

- Eu disse sem objeções – ele me repreende.

- Não é uma objeção, é um fato – digo a ele e o beijo nos lábios delicadamente marcando-o com o meu batom.

Limpo seus lábios com o meu polegar e me viro novamente para o espelho para colocar meu presente.

- São lindos – digo a ele assim que estou finalmente pronta sem faltar nenhuma peça.

Fomos de limusine para o evento, eu me sentia a própria cinderela com todo aquele glamour, só esperava não virar a gata borralheira até o fim da festa. O Motorista parou a limusine em frente de um dos salões mais badalados da cidade e fomos recepcionados por uma orla de jornalistas no tapete vermelho que nos levaria até a entrada, alguns reconheceram Eduardo e fizeram algumas perguntas a ele, uma delas era quem era sua acompanhante e ele respondeu com um lindo sorriso que era sua namorada.

Meu sorriso ficou mais brilhante com isso e nós prosseguimos pelo tapete para que os outros convidados tivessem a oportunidade de atravessar o tapete com a mesma atenção que nos foi dada.

Entramos em um salão muito bem iluminado com uma pequena orquestra tocando em um palco discreto no canto. Todo mundo estava muito bem arrumado, vestidos e smokings por todos os lados, havia também algumas celebridades, atores e cantores de renome circulavam livremente pela festa.

E Agora? - rascunhoOnde histórias criam vida. Descubra agora